Capítulo 47

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*Marília*

Cantei uma música pra Maraisa, foi pedido da minha mãe que eu cantasse, mais não podia perder a oportunidade, vi uma moça se aproximando e só conseguiu reconhecer quando ela estendeu a mão pra me ajudar a descer.

— Oi Mari, fico feliz que tenha aceitado meu convite. — a abracei sorrindo. — Na verdade achei que não viria mais.

— E você acha mesmo que eu perderia a oportunidade de vir ver as noivas mais bonitas que já conheci?

— Não seja exagerada. — sorri pra ela.

— Meus parabéns pelo casamento, não desejo menos que toda felicidade a vocês duas,a festa está incrível. — ela sorriu.

— Muito obrigado Mari. — apertei sua mão.

— E a outra noiva, onde está?

— Bom eu a deixei ali mais à frente naquela mesa. — apontei. — Só não consigo enxergar se ela ainda tá lá.

— Me lembro bem a falta que o óculos fez na festa de despedida. — ela riu. — Mais já enxerguei ela lá.

— Muito bom ser agraciada com o dom de ter uma boa visão né. — gargalhamos. — Vamos até lá?

— Vamos sim.

Caminhamos até as mesas e Maraisa não estava mais lá, Mariana cumprimentou todos e se sentou perto de Luisa.

— Onde está minha esposa?

— Acho que foi ao banheiro com a Maiara.  —Mioto respondeu.

Fui caminhando em direção a casa, mais pude avistar elas próximas a represa, Maraisa parecia nervosa.

— Amor... tudo bem por aqui? — questionei olhando se uma pra outra.

— Siiim amor... foi só uma crise de ansiedade.

A abracei, e beijei sua testa.

— Tudo bem, eu te entendo, quer conversar sobre isso?

Ela só negou com a cabeça.

— Quer ir pra casa? Já está tarde, e precisamos descansar depois de tantas emoções.

— Quero sim, na verdade é tudo que preciso agora.

Maiara estava com uma cara estranha, olhando pra longe.

— Ei nanica tudo bem?

— Sim Lila, tudo bem. — ela olhou pra irmã que soltou uma lufada de ar.

— Vem vamos nos despedir. — peguei nas mãos das duas e as levei de volta pra festa. — Bom gente, a festa tá ótima, mais eu e minha pequena já vamos, aproveitem e bebam todas por mim. — sorri pros nossos amigos.

Mariana se levantou e veio até onde estávamos, puxou Maraisa pra um abraço e sussurrou algo no ouvido dela que não consegui identificar.

— Afinal meus parabéns Maraisa, a festa está incrível, vocês são um lindo casal.
— ela sorriu gentil.

— Obrigado, vamos amor? — ela pegou na minha mão na saímos para avisar o restante do pessoal.

Peguei o microfone e agradeci a todos pela presença, percebi que Maraisa ficava encarando a mesa dos nossos amigos, como se algo tivesse ficado lá, já dentro do carro a olhei.

— Ei... – sorri pra ela segurando seu rosto. — Tudo bem? — Perguntei manso, passando o polegar em sua bochecha.

— Saudade, muita saudade de poder ficar sozinha com você. — ela respondeu sorrindo, parecia melhor depois da crise.

Segurou meu rosto mais firmemente com as duas mãos e pressionou nossas bocas em um selinho apertado.

— Eu também senti muito a sua falta. — eu disse sorrindo e beijando sua testa.

Senti a boca dela roçar na minha, ao mesmo tempo em que a mão dela subiu por minhas costas, colando ainda mais nossos corpos. Maraisa segurou minha nuca com uma das mãos, deu um beijo sugado em meu pescoço e logo em seguida me beijou sem dar tempo de assimilar qualquer coisa.

— Vamos logo pra casa, ou eu vou tirar esse seu vestido aqui mesmo Marília.

Ela encostou os lábios nos meus vagarosamente, apenas colidindo a boca na minha de uma forma tão lenta que era entorpecente ao mesmo tempo. Porque só de pensar que ela sairia colidindo a boca daquela mesma maneira em meu corpo inteiro, fazia minha pele se eriçar por inteira e todo o meu ser acender.

— Vamos pra casa, é melhor...

Maraisa desceu a mão aproveitando que meu vestido estava levantado e foi até a liga que estava em minha perna, enganchou um dedo nela e depois soltou, fazendo aquele barulhinho de estalido em contato com a perna, suspirei alto.

— Maraisa... amor por favor.

— Vou parar. — falou mordendo os lábios e sorrindo, ela colocou os dedos entre meus cabelos, depois senti os beijos sugados e mordidas, sendo espalhadas por meu pescoço.

Eu precisava sair desse estacionamento o mais rápido possível, ou daria pra Maraisa aqui nesse carro mesmo. Tentei ligar o carro da melhor forma que consegui e arranquei para nossa casa nova, em minutos já havíamos chegado.

Mau fechei a porta de casa e Maraisa me puxou para seus braços, me apertou contra ela e iniciou uma série de beijos leves em toda a extensão do meu pescoço e ombros.

— Eu quero te ouvir implorando por mim hoje. — Maraisa disse baixo, enquanto apertava meu corpo contra o dela.

Logo senti as mãos dela se colocarem nas alças minúsculas do meu vestido e fazê-las escorrerem pelos meus braços, pra logo depois Maraisa se encarregar de tirar sozinha o seu vestido, e descartando despreocupadamente, sua roupa junto a minha no chão, ela me abraçou pela cintura com força, nos fazendo dar uma intensidade enlouquecedora ao beijo.

Ela se afastou encarando a liga e a calcinha branca que eu usava, sim a minha intenção era provocar a Maraisa , e acho que havia conseguido, ela me olhava mordendo a boca com tanta força, que parecia querer sangrar, além de não deixar as mãos quietas e respirar pesadamente.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora