Capítulo 50

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*Marília*


Acordei sentindo os lábios gélidos de Maraisa, em contato com a pele das minhas costas, me mexi na cama, sentindo um arrepio gostoso tomar conta do meu corpo. Só ela sabia fazer aquilo da maneira mais afetiva possível, cada beijo dela, mesmo sendo os mais leves possíveis, me fazia sorrir bestamente.

ㅡ Bom dia meu amor. ㅡ ela disse baixinho e beijou o meio das minhas costas.

ㅡ Bom dia amor. ㅡ falei meio grogue de sono e me virei completamente, ficando de barriga pra cima. ㅡ Meu corpo está bem dolorido. ㅡ falei me espreguiçando na cama.

ㅡ Ontem você não reclamou. ㅡ ela disse com um sorriso brincando em seus lábios. ㅡ Vai tomar banho, preparei café pra gente.

Bocejei e esfreguei os olhos, depois o rosto, baixei as mãos ainda com o sono tomando de conta do meu corpo, me levantei e fui andando até o banheiro.

ㅡ Para de olhar pra minha bunda! – disse fazendo ela soltar uma gargalhada.

ㅡ Não dá, amor. Ela é linda, bem redondinha. ㅡ ela falou me deixando vermelha de vergonha. ㅡ Mulher gostosa.

ㅡ CARLA MARAISA. ㅡ me olhei no espelho e meu corpo estava muito marcado.

ㅡ Eu sou inocente amor. ㅡ ela gritou do quarto.

ㅡ Merda Maraisa, como vou vestir um biquíni na nossa viagem, COMO EU VOU ME VESTIR NORMALMENTE. ㅡ esbravejei brava, estava terminando minha higiene matinal.

ㅡ Se eu for aí tomar banho com você. ㅡ ela estava na porta me olhando com as sobrancelhas arqueadas, fez um bico. ㅡ Você me perdoa?

ㅡ Não, senhora! Não ouse, isso não muda nada Maraisa. ㅡ a olhei revirando os olhos. ㅡ E sem piadas idiotas, por favor.

ㅡ Não seja tão má meu amor, estava muito empolgada ontem, não fiz por mau. ㅡ ela fez um biquinho.

ㅡ Tudo bem, tudo bem, mais não faça isso de novo, não assim. ㅡ apontei para meu pescoço. ㅡ Você não tem que marcar território aqui, não precisa disso.

Ela beijou meu ombro e depois me virou depositando um selinho em meus lábios, ela abriu um sorriso incrivelmente lindo, me fazendo rir, coloquei a mão no rosto e depois dei um tapa em seu ombro.

ㅡ Você sempre consegue o que quer né, me deixe tomar banho amor. ㅡ ela beijou meu pescoço.

Ela subiu o olhar da minha boca para meus olhos, e eu fiz o mesmo, foi questão de segundos para um sorriso de canto brotar nos seus lábios.

ㅡ Eu tenho uma banheira cheia me esperando agora. — apontei para a banheira, e ela olhou naquela direção por alguns segundos.

A encarei por alguns segundos, fiz um barulho com a boca e então sai dali, mas quando tentei me afastar, ela segurou meu braço e me puxou de volta, colando seu corpo ao meu.

ㅡ Amor... ㅡ sussurrei sem forças. ㅡ Me deixe ir tomar o meu banho.

— Eu quero muito repetir a dose de ontem. — ela falou em meus lábios e eu sorri, mordiscando meu lábio inferior.

— Eu não me recuperei nem da de ontem amor, agora vai, me espera lá embaixo.

Maraisa saiu do banheiro depois de mais algum tempo de insistência da minha parte, tomei um banho, e vesti uma roupa fresquinha antes de descer.

— Senta aqui, vamos comer, nem só de mulher gostosa se sobrevive o ser humano.

Gargalhei da piadinha dela, nós comemos enquanto conversávamos sobre o trabalho e vez ou outra, acabamos trocando alguma provocação, que não dava em nada além de risadas.

— Eu já te falei que você é a coisa mais linda do mundo quando fica emburrada? — ela falou.

— Eu só não queria ficar sozinha hoje amor.

— Esse é o último antes da nossa viagem de lua de mel amor, você sabe como tentei cancelar.

— Eu sei amor, não é culpa sua. — segurei na mão dela.

— Porque não faz um jantar com nossos amigos hoje a noite, assim você não fica sozinha e ainda apresenta a casa nova pra eles.

— Uma boa ideia, porém você não estará aqui.

— Chego a tempo de beber todas com você e ainda repetir a dose. — ela sorriu.

— Você está de castigo até que essas marcas sumam.

— Isso é injusto Marília. — ela revirou os olhos.

— Vamos assistir um filme comigo, e desfaz esse bico porque não vai mudar em nada.

Passamos a manhã assistindo filmes aleatórios, até Maraisa pegar no sono, peguei meu celular e mandei mensagem pros nossos amigos pra ver quem não estava fazendo show hoje, mandei msg pra Luisa, ela me disse que teria show e era em outro estado, lembrei de pedir o número da Mariana, gostei bastante dela, e acho que Maraisa não iria se importar.

Fiz algumas ligações, e fui pra cozinha preparar um lanche pra Maraisa, ela não podia sair sem comer nada, precisava encontrar alguém para nos ajudar com a casa, Mazé não deixaria minha mãe nem por mim.

— Amor... — dei um beijinho no ombro, outro na nuca, depois na bochecha. — Acorda amor, eu fiz um sanduíche pra você.

— Huuum, um sanduíche cheio de gordura? — ela resmungou.

— Não senhora, um sanduíche natural, levanta amor, antes que a Maiara venha aqui e derrube nossa casa.

— Só levanto se você me der um beijo. — ela resmungou de novo e eu sorri.

Ela se virou com um sorriso brincando nos lábios a beijei. 

Maraisa comeu  e depois me convenceu a tomar um banho rápido com ela, essa foi a palavra que ela usou pra me convencer, o que na prática foi completamente diferente.

— Bruno vai te maquiar aqui em casa mesmo amor? 

— Não amor, ele já está maquiando a Maiara, preciso ir pra casa dela. — ela me deu um selinho. — Prometo não demorar, eu te amo.

— Bom show, te amo muito, qualquer coisa pode me ligar. — sorri pra ela recebendo um abraço. — Já estou com saudade.

— Eu também Marília, eu também. — um último beijo e ela foi.

Depois de confirmar as bebidas e os petiscos, subi para meu quarto, precisava me vestir antes que todos chegassem.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora