De quem é a culpa?

Capítulo 51

*Marília*

Agradeci aos céus por não estar fazendo calor hoje, assim poderia esconder as marcas pelo meu pescoço com mais facilidade, vesti um vestido preto, curto, estilo tubinho, de gola alta e mangas compridas, fiz uma maquiagem simples e coloquei meus óculos.

Estava descendo as escadas quando avistei Murilo, com uma moça, que até onde me recordo é Nick a médica bonita.

— Ei, Lila!

— Huff! — Fui até ele, para lhe dar um beijo no rosto. — Não achei que viesse, olá Nick, seja bem vinda. — sorri pra ela lhe dando um beijo no rosto também.

— Obrigado Marília, sua casa é linda. — ela sorriu.

— Obrigado Nick. — sorri.

— Eu não vinha. — Murilo riu, passando a mão por seu cabelo. — Mas o show que eu tinha agendado pra hoje foi cancelado, então resolvi aparecer.

— Ouvi dizer que não se perde festa de Marília Mendonça. — Nick disse dando uma risadinha.

— Olha... Não mesmo. — eu disse rindo.

— Cadê a Maraisa? Não vai me dizer que ela realmente não conseguiu cancelar aquele show? — Huff abriu um sorriso de lado.

— Ela infelizmente não conseguiu, vai chegar mais tarde. — respondi ainda com um sorriso em meus lábios.

— Ia perguntar como anda o casamento, mais esse sorriso quando fala dela responde minha pergunta. — Huff disse, me fazendo rir sem jeito. Deus, quando se trata de Maraisa, eu me torno uma boba apaixonada.

— Fiquem a vontade, vou atender a porta. — suspirei e me virei, começando a andar em direção a porta.

— Eu atendo Rosana, obrigado. — gritei para Rosana, a moça que Mazé recomendou para me ajudar.

— Olha só quem resolveu aparecer! — disse quando Cristiano se aproximou, me dando um abraço. — Você não me disse que vinha!

— E você acha que iriamos perder uma festa sua? — Zé Neto perguntou, virando-se para me abraçar também, passando seus braços pelo meu pescoço.

— Que saudade! — Luiza estava logo atrás deles.

— Meu Deus, como você me ama Luiza, também estava com muita saudade. — Aproximei meu rosto do dela lhe dando um beijo demorado na bochecha, assim como em Marcela. — Entrem.

— Cadê a Maraisa? — Lauana questionou, enrolando uma mecha do meu cabelo em seus dedos, enquanto olhava para todos que estavam na mesa.

— Está fazendo show. — abri um sorriso de lado para ela.

Em um único gole, esvaziei o copo de dose que estava em minhas mãos, Jorge que havia me oferecido, e soltei em cima da mesa, enquanto pensava se deveria pegar outra bebida, passei meus olhos por todo o grande jardim da minha casa, e sorri ao ver todos meus amigos se divertindo tanto quanto eu, ouvi a campainha tocar e fui em direção a porta.

— Achei que você não viria. — sorri.

— Eu não recusaria um convite seu Marília. — Mari me abraçou. — Sem contar que eu precisava me divertir um pouquinho. — ela sorriu de maneira travessa.

— Vem, entra vou pegar bebida pra gente. — peguei na mão dela, vendo ela sorrir em confirmação, saímos em direção ao jardim.

A noite seguiu bem tranquila, todos pareciam bem confortáveis, Mariana não conversa muito, bebericava a bebida que tinha em mãos, mais sempre que olhava em sua direção ela estava me encarando com um sorriso no rosto.

Mariana se aproximou da mesa onde eu estava sentada e pegou o copo de dose da minha mão, virando de uma vez.

Sentia meu corpo relaxado da melhor maneira possível. Não lembro quantas doses de pinga acabei bebendo, sei apenas que secamos aquela garrafa em minutos, fui em direção ao bar, pegando uma garrafa d'agua.

— Água? Alguém deve estar pedindo uma trégua. — ouvi um riso e quando olhei pro lado, o rosto de Mari preencheu meu campo de visão.

— Nem só de pinga se vive o ser humano não é mesmo. — sorri antes de dar um longo gole na água em minhas mãos.

— Não mesmo. — ela deu uma risada.

— Você aceita? — ela negou com a cabeça, fechei a garrafa d'agua e peguei uma caneca de chopp.

— Já o chopp eu não vou recusar. — ela falou virando o restante do líquido do seu copo.

A servi e ficamos em silêncio, observando a conversa dos outros.

— Você é incrível, Marília. — Ela fez uma pausa apenas para sorrir e encarar meu rosto. — Foi muito bom poder conhecer você.

— Obrigado Mari, foi muito bom te conhecer também. — sorri pra ela.

— Esse vestido te cai muito bem. — Ela disse enquanto bebericava sua bebida, me virei pra ela sorrindo e agradeci.

— Maríliaaa — Huff me chamou. — Se importa se eu pegar um vinho na sua adega? Os que trouxe pra Nick, já acabaram.

— Eu pego pra vocês Murilo. — sorri pra ele.

— Não quero incomodar Marília. — Nick me disse.

— Não é incômodo nenhum gente, parem com isso. — entrei em casa e fui até a adega, acabei me esquecendo de perguntar a Nick qual vinho ela preferia.

Vou levar de acordo com meu gosto, se ela não gostar eu troco a garrafa, estava distraída quando Mariana entrou me assustando.

— Precisa de ajuda Marília?

— Você me assustou Mari.

— Me desculpe não era minha intenção.

— Tudo bem Mari. — sorri pra ela.

— Hmm... Bom... — Ela murmurou, dando alguns passos, me empurrou para a parede mais próxima e encostou seu corpo no meu, me prensando contra a parede fria. — Não acho que a Maraisa se importaria caso eu te beijasse, porque você tá extremamente gostosa hoje, mais do que o normal... — Mari comentou, aproximando seus lábios do meu rosto e roçando-os na minha bochecha.