Capítulo 19

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ATENÇÃO ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS

*Marília*

Subi até o quarto para procurar uma blusa, aparentemente só eu estava com frio, mais se for considerar o quanto eles já beberam, faz sentido, entrei no quarto e fui até o armário, aproveitei pra olhar minhas redes sociais, ouvi um barulho na porta e achei que fosse a Maraisa.

— Aconteceu alguma coisa Mara... Henrique. — eu esperava qualquer pessoa menos ele. — O que tá fazendo aqui?

— Primeiro Murilo, depois Maraisa, nossa Marília, e eu que sempre estive aqui?

Henrique e seu descontrole com bebida.

— Que viagem é essa Henrique?

— Marília eu quero você. — ele se aproximou de mim.

— Henrique eu te amo, mais é apenas como um irmão, e você sabe disse.

— Era pra esse filho ser meu Marília. — ele alterou a voz me fazendo recuar um pouco.

DROGA, DROGA.

— Você enlouqueceu mesmo em Henrique. — fui saindo até sentir ele puxar meu braço com força.

— Eu quero você Marília, quero agora, nessa cama, você também me quer eu sei. — ele me puxa e me cerca contra a parede, me deixando sem saída.

Coloco as mãos no seu peito e tento afastar ele de mim, mais ele só se aproxima mais, deixando nossos corpos colados, me fazendo sentir sua respiração e o cheiro de bebida, ele segura minha cintura com força me prendendo mais ainda a ele.

NÃO, NÃO, NÃO

— Porra Henrique o que você pensa que está fazendo? — empurro seu peito mais continuo presa.

— Estou fazendo o que a gente queria fazer a muito tempo. — sua voz arrastada e grossa fez meu estômago revirar.

— ME SOLTA HENRIQUE. — gritei.

— Quero te tocar, te beijar, quero o seu corpo, quero você só pra mim Marília! — seu tom de voz me assustou.

Engoli em seco, senti meu estômago revirar de novo.

— Eu sou apaixonado por você Marília, será que é tão difícil assim pra você perceber que eu te amo? OLHA PRA MIM! — ele gritou me fazendo estremecer.

— Você está bêbado Henrique, a gente pode conversar depois, você está me machucando.

Isso não pode tá acontecendo.

Ele puxa meu rosto em um movimento brusco juntando nossas bocas e coloca sua língua dentro da minha, me fazendo sentir o gosto de whisky, tento empurrar seu corpo de novo, mais ele não se move nenhum centímetro, ele morde meu lábio inferior e nos separa do beijo, sem soltar meu corpo.

— Henrique por favor me solta. — o desespero já tomava conta de mim. — O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?!

Senti uma das mãos dele subindo pela minha coxa, por baixo do vestido, até minha bunda.

— Você está certa Marília eu não estou bem. — ele falou em um tom suplicante. — Só vou ficar quando provar pra você que seu lugar é ao meu lado.

— Henrique eu quero que você me solte, isso é errado e você sabe disso. — tento me afastar mais ele me segura com mais força.

Senti as lágrimas descerem tão fortes que causaram uma enorme dor de cabeça. A sensação era que explodiria a qualquer momento, juntamente a minha vontade de gritar.

— Por favor, para Henrique, você tá me machucando. — Eu suplicava  — MARAISA — gritei chorando, senti umas de suas mãos tapar minha boca.

— Oh... Marília... O que... você faz...comigo? E a dor que você me causa não conta?

Senti lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto, senti meu corpo fraco, pesado contra a parede, meu ar falhou e encarei Henrique que tinha um olhar possesivo.

— SOLTA ELA AGORA HENRIQUE. — Maraisa entrou no quarto junto com Murilo.

Uma onda de alívio me atingiu.

— O que você quer Maraisa, você acha mesmo que vai conseguir satisfazer a Marília. — ele me soltou, senti meus braços arderem. — Nem o Murilo conseguiu.

Maraisa deu um murro no rosto dele, fazendo ele gemer em protesto.

— Não fala da minha família. — ela esbravejou na cara dele.

Minha mãe e João apareceram na porta, Maraisa ia bater no Henrique de novo, João segurou ela, Murilo veio até mim.

— Maraisa por favor amor chega. — olhei pra ela.

— Ele merece levar uma surra Marília, ele não pode forçar uma mulher a ficar com ele. — nunca tinha visto ela com tanta raiva.

— Eu sei, mais eu preciso de você. — disse entre soluços.

— Filha o que aconteceu? — Minha mãe perguntou preocupada.

— Eu amo sua filha tia Ruth e ela não enxerga isso. — Henrique gritou me fazendo encolher.

— Tira ele daqui Murilo, ajude João, vamos agora. — minha mãe mandou.

Maraisa veio até mim me abraçando, só ela podia me deixar tranquila agora.

— Desculpa por ter te deixado sozinha amor. — ela me olhou preocupada.

— Não é culpa sua amor, só fica comigo agora. — fitei seus olhos.

— MARÍLIA, MARÍLIA — ouvi Maiara me gritando no corredor. — O que aquele infeliz fez com você minha nenê? - ela colocou as mãos no meu rosto me analisando.

— Eu estou bem nanica.

— eu vou socar a cara dele. — bufou de raiva.

— Sua irmã já fez isso por todo mundo. — peguei na mão da Maraisa, olhando o machucado.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora