Capitulo 68

855 107 74
                                    

*Maraisa*

Quando cheguei Murilo era só sorrisos para a MINHA esposa. Eu não o culpava tanto, pois sabia que ela era irresistível mas... Oi? Ela é minha, e o pior é que ela também estava com aquele sorriso estonteante no rosto pra ele. Como assim?

— Não se faz de desentendida, Marília, eu não sou cega, eu vi o seu sorrisinho pra ele.

— Pelo amor de Deus, Maraisa, eu não posso mais sorrir? — Ela me olhou, irritada novamente.

— Isso não te dá o direito de flertar com seu ex Marília.

— Eu não acredito que você disse isso, ele é seu amigo também Maraisa e pai do nosso filho, nem se eu fosse a pior das vagabundas eu faria isso.

— Não foi o que pareceu. — Ela arregalou os olhos.

— Deu, Maraisa, você sai cedo, não atende o telefone, e ainda chega se achando no direito de me acusar dessas suas paranóias. — ela se virou para sair, porém a puxei pelo braço.

— Onde você vai?

— Ficar longe de você. — ela puxou o braço, e se distanciou subindo as escadas.

Eu sabia que havia exagerado e me precipitado. Era tão difícil que eu e Lila brigássemos e, quando isso acabava ocorrendo, eu não sabia lidar com a situação calmamente.

Depois de uma hora, descemos para almoçar e Marília em momento algum me olhava, ficou conversando com minha irmã e Mioto, Maiara as vezes me lançava um olhar questionador.

O restante da tarde se seguiu da mesma forma, os pombinhos se trancaram no quarto de hóspedes e Marília no escritório, fugindo de mim, não a importunei em momento algum, aproveitei pra tirar um cochilo no sofá, acordei assustada sentindo meu celular vibrar embaixo do meu corpo.

{Ligação ON}

— Não acredito que você ainda está dormindo metade. — Maiara praticamente gritou do outro lado da linha.

— Estava sim, porque está me ligando se está no quarto?

— Estou na minha casa Maraisa, estava dormindo tão pesado que nem me viu sair. — ela deu uma risada.

— Tudo bem, aconteceu alguma coisa?

— Não metade, mais hoje é noite das garotas, vá se arrumar, pq nos vamos sair.

— Maiara eu não...

— Você não vai me dizer não, eu preciso espairecer metade, e faz tempo que não saímos todas juntas.

— Eu não sei se a Marília vai querer...

— Já combinei até o horário com ela Maraisa, levanta essa bunda bronzeada desse sofá e vá se arrumar, sua esposa já está pronta, passo aí em meia hora.

— Maiara espera...

{Ligação OFF}

Que falta de educação desligar na cara das pessoas assim, bufei e me levantei do sofá, subi até nosso quarto e Marília não estava, tomei um banho rápido e fui me arrumar, me arrumei o mais rápido que consegui, desci as escadas na mesma hora que Maiara entrou pela porta da frente gritando.

— Você está linda metade, cadê a Marília?

— Eu? — olhamos para a escada, e puta merda, Marília estava simplesmente deliciosa em um vestido preto.

— Hoje você mata a minha irmã cunhadinha. — Maiara disse rindo da minha cara.

Percebi um leve sorriso sacana nos lábios da loira, e praguejei, eu comecei essa guerra, difícil seria aguentar todos os "ataques" a partir de agora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Percebi um leve sorriso sacana nos lábios da loira, e praguejei, eu comecei essa guerra, difícil seria aguentar todos os "ataques" a partir de agora.

— Vamos, antes que minha irmã alague a casa com a baba dela.

Marília seguiu na minha frente, e porra essa bunda enorme nesse minúsculo vestido, ela vai me matar essa noite.

A música já estava alta quando chegamos na Pulsar, encontramos a mesa com nossas amigas, cumprimentamos todas e nos sentamos.

Ao me relembrar da briga pela centésima vez, pedi ao barman, que me trouxesse mais duas doses de tequila.

— Está tudo bem entre vocês? — Luiza me perguntou, olhando de mim pra Marília.

Play Música
Sky - Rihanna

Balancei a cabeça negando, virei uma das doses e achei que o efeito estava subindo rápido demais quando passei meus olhos pela pista de dança, Marília estava dançando com Marcela, por que ela tem que ser tão sexy assim? Minhas mãos coçavam de tanta vontade de tocar aqueles cabelos loiros.

Ela continuava me torturando ao não dirigir nenhum olhar a mim, sendo que sabia que eu estava com meus olhos cravados nela.

Ela aproveitou que eu a seguia com os olhos e começou a se mover, rebolando um pouco exageradamente, ela sabia como me provocar.

Ela se afastou de Marcela, dando alguns passos para trás, e começou a dançar sozinha, levou uma das mãos ao cabelo, enquanto descia a outra pela lateral de seu seio, até seu quadril.

— Puta merda. — peguei a outra dose de tequila e virei com raiva, quase quebrando o copo ao depositá-lo de volta na mesa, Marília queria brincar com fogo e eu deixaria, mas faria questão de que ela se queimasse junto.

Ela continuava rebolando no ritmo lento da música, foi descendo um pouco seu corpo e levou uma de suas mãos à coxa exposta, começou a se levantar novamente enquanto arranhava sua pele com suas unhas e, quando estava novamente de pé, fechou seus olhos e voltou a rebolar.

Me aproximei dela minha respiração descompassada e quente perto de seu pescoço, prendi cabelo em minha mão e o puxei, trazendo seu corpo de encontro ao meu.

Ela abriu os olhos assustada, até eu sussurrar em seu ouvido com a voz rouca.

— Você está me deixando louca com esse joguinho. — um gemido escapou de seus lábios.

Levei minha outra mão ao seu pescoço, descendo pela lateral de seu corpo até chegar à sua mão, a puxei até o sofá mais próximo onde não havia ninguém, coloquei minhas mãos em sua cintura e a empurrei contra a parede ao lado.

— Que porra você pensa que está fazendo Marília?

— Dançando.

— Você está estupidamente gostosa nesse vestido, mas tudo que eu quero agora é tirá-lo do seu corpo, você está me provocando dançando daquele jeito.

— Não estou provocando ninguém Maraisa, me larga. — ela tentou se desvencilhar do meu aperto até que comecei a roçar meus lábios nos dela, a paralisando.

A pressionei mais ainda contra a parede, apertando com mais força minhas mãos em sua cintura e deixando meus lábios a centímetros dos dela, seu hálito convidativo caía dentro de minha boca, fazendo com que eu me esquecesse de respirar.

Ela não consegue resistir e deixar de responder a mim, somos como um ímã, esse clima gostoso que eu tanto amo no nosso relacionamento voltando a rondar sobre nós.

— Vou te levar pra casa, chega de showzinho pra essa galera por hoje. — percebi ela se arrepiar.

— Eu não vou com você pra lugar nenhum.

— Vai sim, por bem ou por mal, como você preferir. — Marília suspirou — Vamos logo. — tomei sua mão e eu suspirei com o choque que sempre corria pelo meu corpo quando nos tocávamos.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora