Rafa Kalimann

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HISTORIA NOVA, MAS COM AS MESMAS REGRAS, TUDO AQUI É FICÇÃO, E EM NENHUM MOMENTO MINHA INTENÇÃO É OFENDER, SE TIVER ALGO QUE DESAGRADE, ME COMUNIQUE QUE REVISAREMOS JUNTOS!

BOA LEITURA E DEIXEM COMENTARIOS PARA ESSA AUTORA CARENTE!


Março de 2015 - São Paulo

POV RAFAELLA

-Rafinha, acorda filha. – Ouvi minha mãe bater na porta do meu quarto e eu praguejei por ter ido dormir tão tarde. – Você vai se atrasar meu anjo.

-Já estou de pé, mãe. – Me levantei com os olhos pesados e respirei fundo.

-Já estou indo, vê se não atrasa. – Minha mãe colocou a cabeça por dentro da porta para se despedir. – Esquente a comida quando vocês chegarem, Tato já saiu.

-Ta bom mãe. – Fui até ela e deixei um beijo estalado em sua bochecha. – Te amo.

-Também te amo meu amor. – Minha mãe deu tchau e eu fui em direção ao banheiro.

Entrei no banho e comecei a pensar sobre a minha vida, e em como eu desejo mudá-la. Sou Rafaella Freitas Ferreira de Castro e tenho 18 anos, moro com minha mãe Genilda e meu irmão Renato, meu pai foi embora de casa há alguns anos e não tenho tanto contato com ele assim. Meu desejo de mudar de vida vem desde o dia em que meu pai passou por aquela porta e minha mãe teve que se desdobrar para cuidar de mim e meu irmão, a pobre mulher teve que começar a trabalhar com faxina e eu sabia do esforço dela para não deixar que nada nos faltasse. Não culpo meu pai por essa fase ruim, mas também não quero aceitar que ele viva confortavelmente em sua fazenda com sua nova esposa, enquanto seus filhos precisam dar um duro danado para sobreviver.

Eu sempre fui muito sonhadora e para conseguir realizar meus sonhos eu me esforço bastante, sempre estudei muito e consegui bolsas de estudos, para não explorar minha mãe ainda mais, atualmente eu curso moda em uma das universidades mais conceituadas de São Paulo e estou no primeiro período. Na parte da tarde eu trabalho em um brechó da mãe da minha melhor amiga e confidente Manu, não ganho muito, mas pelo menos consigo algumas roupas de grife a um preço mais em conta. Desliguei o chuveiro e fui me produzir, já estava com o tempo corrido e nem conseguiria tomar meu café.

Escolhi uma calça jeans com uma lavagem clara, um cropped e um Blazer Oversize, estava frio em São Paulo, para completar o look coloquei uma boina e um tênis nos pés. Passei um pouco de maquiagem apenas pra disfarçar minhas olheiras, e não chegar tão abatida no meio das minhas amigas. – Nota mental: Não ficar até de madrugada assistindo pela milésima vez "coco antes de chanel".

Sai do meu quarto quando ouvi a buzina do lado de fora, tranquei a casa e desci correndo, se eu perdesse a carona de Manoela, ela me mataria.

-Bom dia amiga. – Dei dois beijinhos de comadre e o motorista dela arrancou com o carro.

-Bom dia Rafa, que cara abatida é essa? – Mesmo de olhos na tela de seu iphone 5 ela reparou meus olhos caídos.

-Dormi tarde amiga, e me ferrei por isso. – Sorri de lado e ela balançou a cabeça. – Mas o que você tanto olha nesse celular ai?

-Estou convencendo o Zé Roberto a me dar um celular novo, não aguento mais ficar com esse celular ultrapassado. – Ela revirou os olhos e eu nem ousei em tirar meu pocket de dentro da bolsa. – Torce por mim amiga, se eu conseguir eu até te passo esse aqui.

-Você vai conseguir amiga, e não precisa se preocupar comigo. – Apesar de ser uma patricinha mimada, Manu tinha um coração de ouro.

Em poucos minutos Fernando, o motorista particular de Manoela estacionava em frente a universidade, a maioria dos alunos já estavam aglomerados na entrada e eu só queria ir pra minha sala logo, mas logo avistamos nosso grupinho de amigos, que tagarelava eufóricas. Marcella e Geovanna falavam algo enquanto Eusébio olhava fixamente para um grupinho do outro lado da rua.

-Bom dia galera. – Cumprimetei todos e Eusebio me encarou sorrindo.

-Bom dia Deusa, Bom dia Manuzinha. – Ele se levantou e me beijou no rosto. – Já tenho fofoca pra vocês.

-Bom dia Rafa, bom dia Manu. - As meninas falaram juntas e eu abracei todas elas.

-Vocês não vão acreditar. – Eusébio falava empolgado e olhando para as meninas do outro lado da rua. – A Boca Rosa está distribuindo convites pra festa de aniversário dela.

-Eu já recebi meu convite, mas eu não irei nessa festa. –Manu disse sem tirar a cara da tela do telefone.

-Como assim Manu? Todos os calouros estão morrendo por esse convite. - Confesso que queria muito poder ir nesse evento que eram as festas de Bianca Andrade. – Fala para ela ir e levar a gente Rafa.

-Baby, você sabe que a Manuzinha não gosta desses eventos. – Tentei convencer meu amigo, mas torcendo para que Manu mudasse de ideia. – Mas como assim você já tem o convite?

-Meu pai é amigo do pai dela, e até pediram pra eu cantar lá, mas não estou afim. – Manoela dificilmente mudaria de ideia, então essa festa ficaria só de imaginação.

-Entendi. – Dei os ombros e continuamos falando da tal festa.

Estudo em uma universidade particular, a melhor de São Paulo e por aqui a galera tem um poder aquisitivo lá em cima, isso não me incomoda muito, mas também não preciso deixar que saibam que eu sou filha da faxineira e que tenho bolsa de estudos, a única que sabe disso é a Manu, e eu tenho certeza que ela jamais contaria isso para alguém.

-Hey Rafa, espera ai. – Estava entrando quando ouvi uma voz atrás de mim. – É Rafa mesmo, né?

-O..oi.. sim, é Rafa. – Bianca Andrade sabia meu nome? Como assim?

-Então linda, não sei se você está sabendo, mas sábado vai rolar uma festinha. – Ela tirou um envelope da bolsa e me entregou. – Selecionei alguns calouros e gostaria que você aparecesse por lá, pode levar seus amigos, além do convite tem cinco pulseiras de acesso ai.

-Você está falando sério? – Perguntei desacreditada.

-Claro que sim! Pode não parecer, mas eu reparo muito nas gatinhas desta universidade. – Ela piscou pra mim e saiu rapidamente se juntando ao grupinho de Ivy, Marcela e Mari.

-RAFAELLA DO CÉU. – Eusébio disse desacreditado, da mesma forma que eu estava. – Eu não acredito que Bianca Andrade flertou com você.

-Amiga, não acredito que vamos na festa da Boca Rosa. – Marcella pulava de alegria e Geovanna batia palminhas.

-Calma que o convite é meu e eu ainda não selecionei quem vou levar. – Falei despretensiosamente e Eusébio quase pulou em mim.

-E quem você levaria além da gente? – Ele me encarou arqueando a sobrancelha. – O boneco de cera?

-Eusébio, já pedi pra parar com esse apelido. – Meu amigo não suportava meu namoro com o Daniel, então colocava apelidos desagradáveis no pobre coitado.

-Não tá mais aqui quem falou. – Ele passou um zíper imaginário nos lábios. – Mas sério Rafa, nós precisamos ir nessa festa, isso é muito importante pra nós.

-Eu ainda não sei Baby, mas vamos entrar já estamos atrasados. – A primeira aula era de história da arte e a professora Silvia não tolerava atrasos.

Concordamos e subimos de braço dado, Manu já havia ido para a sua sala, ela cursava Música Geovanna e Marcella já tinham ido para o prédio de publicidade. Dei um oizinho discreto para a minha mãe e ela sorriu de lado. Estávamos distraídos andando pelo corredor quando senti alguém esbarrar em mim e nem ao menos pedir desculpas. Olhei pra trás massageando meu ombro e vi uma garota passando como um furacão.

-GIZELLY EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ. - Ouvi uma mulher gritar de dentro de uma das salas e pude sentir a raiva vindo de lá.


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Primeiro capitulooo!

Galera é só um esquenta pra hoje, talvez eu poste um outro hoje, essa historia é do zero e espero que vocês gostem!

(Pausa para um assunto serio)

Vamos continuar mandando energias boas para o Maurilio, e para o pessoal da Bahia, quem puder ajudar, lá na frente vem tudo em dobro pra nós!!!

Without meOnde histórias criam vida. Descubra agora