Malvina Bicalho é um dos nomes mais temidos no meio da moda. Por onde passa deixa as pessoas de cabelo em pé, Miranda Priestly teria medo dela, a única pessoa que debatia de frente com a mulher, era sua filha Gizelly, que apesar de ser bocadura com...
Eu sai daquele bar com um sorriso de orelha a orelha, Gizelly quase me beijou e eu não estava conseguindo acreditar naquilo, ela queria me beijar, se não fosse pela mulher que nos interrompeu, o beijo tinha acontecido. Peguei um taxi e segui pra minha casa, meu pensamento estava a mil e eu precisava agir, mandei uma mensagem pra Manu e logo ela me ligou quando eu comecei a contar o que tinha acontecido.
-AMIGAAA! – Manu deu um grito e eu gargalhava. – Mas e ai? E depois?
-Depois eu peguei minha bolsa e fui embora. – Suspirei, pois lembrei que Gizelly ficou lá com a chata da Fernanda.
-Rafaella? Você não vai fazer nada? – Não tinha muito o que fazer.
-Manu, eu não posso ir com muita sede ao pote, Gizelly baixou a guarda, mas talvez tenha sido pelo álcool.
-Em partes você está certa. – Manu concordou comigo. —Mas ela precisa saber que você está no jogo, pensa em algo.
-Não quero parecer oferecida. – Relaxei os ombros e me encolhi no banco. – Fora que Gizelly tá rodeada de mulheres
-Então não tenha medo de se oferecer. – Dei um sorriso. – Você tem alguns passos à frente, sabe dos pontos fracos dela, ataque. Preciso ir agora amiga, me dê notícias, beijos.
Encerramos a ligação e em poucos minutos o taxista entrou no meu condomínio. Entrei em casa e todos estavam dormindo. Entrei para o meu quarto com o pensamento a mil, eu devo mesmo me arriscar assim? Me jogar? Entrei pro banheiro e fiquei um tempinho pensando. Me encarei no espelho por alguns minutos, a imagem que refletia era a Rafa Kalimann, a armadura que eu criei ao longo desses anos, mas sei que quem vai trazer Gizelly de volta era a Rafa de antes, mas agora sem medo de ir atrás do que quer. Peguei meu celular e mandei uma foto pra Gizelly, sorri com a minha audácia.
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Ela respondeu na mesma hora, sinal de que Fernanda não estava tão interessante assim, fiquei esperando ela render o assunto, mas não aconteceu, fiquei com o celular na mão esperando uma interação, desisti quando percebi que ela não ia responder mais, tomei meu banho e deitei pensando nos próximos passos.
Acordei cedo e estava me sentindo confiante, tomei banho, me produzi e desci pra tomar café, minha mãe e minha filha já estavam me esperando, beijei as duas e me sentei com elas.
-Bom dia meus amores. – Me servi de café.
-Bom dia, filha. – Minha mãe sorria pra mim.
-Tá linda mamãe! – Sofia me elogiou e eu sorri.
-Obrigada.
-Como foi ontem? – Minha mãe perguntou.
-Foi ótimo, eu estava precisando. – Sorri ao me lembrar.
-Que bom meu amor, você estava precisando se divertir. — Minha mãe fez um carinho em minha mão por cima da mesa. –Por falar nisso, no fim de semana vou pra casa da sua tia Gelda, posso levar a Sofia?
