Faz ou Bebe?

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POV RAFA

Ultimamente minha cabeça andava cheia, recentemente descobri que minha mãe e Gizelly viraram amigas e isso me deixava de orelha em pé, eu sei que minha mãe não faria nada para me prejudicar, mas eu sei que Gizelly é inteligente que facilmente poderia ligar alguns pontos. Por outro lado eu estava feliz por alguém daquela faculdade enxergar minha mãe como ser humano, quando minha mãe me contou que ela a defendeu de Tassia eu quis ir até lá agradecer, mas eu sabia que não podia. Hoje era sábado e minha mãe iria com Tato ao show, com os ingressos que Gizelly deu à ela.

-Já decidiu se vai sair, filha? – Estava em meu quarto pensando na vida, quando minha mãe bateu na porta. – Meu amor, você precisa se divertir um pouco.

-Eu sei mãe, mas eu acho que não devo ir. – Suspirei dando os ombros. – Eu não faço parte do mundo deles.

-Que isso Rafa, a Gi é a pessoa mais humilde que eu já conheci naquela universidade. -- Minha mãe defendia Gizelly como ninguem – Tenho certeza que ela jamais te trataria mal na casa dela.

-Eu sei mãe, mas eu não sinto que me encaixo. – Minha mãe veio até mim e beijou meus cabelos.

-Vamo parar com isso, se vista e fica linda. – Sorri de lado. – Manu já deve estar chegando e não quero você sozinha aqui sábado à noite, ainda mais pra ficar pensando naquele bobo do seu ex namorado.

-Ai nem me fale, ele já me ligou a semana toda. – Minha mãe fez uma cara de nojo e eu gargalhei. – Ta bom, vou me arrumar e a senhora trate de se divertir nesse show.

-É claro que irei me divertir, melhor presente que eu poderia ter ganhado. – Minha mãe saiu sambando e eu fui me produzir.

Minha mãe tinha razão, eu precisava me divertir um pouco, eu não me sentia desconfortável na presença de Gizelly, ela nunca se gabou por ser filha de Malvina, e parecia não ligar para status, o que me preocupava era o que os outros pensariam de mim.

Gizelly e eu criamos uma afinidade desde o dia em que contei a ela sobre o pedido de Malvina, ela criou uma confiança em mim e nossa convivência passou a ser mais agradável, conversamos sobre muitas coisas quando estávamos juntas, e sem saber já tínhamos muitas coisas em comum, uma delas era um amor por música sertaneja, gostávamos dos mesmos cantores. No ateliê, ela ainda implicava com algumas coisas, principalmente quando se tratava de Rodolffo, ela não gostava do homem de jeito nenhum, mas eu consegui que ela aprendesse um pouquinho a mais sobre o mundo da moda.

Desfiz meus pensamentos e fui me arrumar, Manu já tinha avisado que estava a caminho e ela odiava esperar. Escolhi um vestido rosa, era da coleção de primavera da Malvina, que eu comprei no brechó da mãe de Manu, o vestido estava com etiqueta e foi vendido por preço de banana. Lembro que no dia que ele chegou eu logo experimentei e foi como se ele tivesse sido feito pra mim, agradeci a Deus pela alma que colocou aquele vestido à venda por um valor extremamente baixo. Depois de caprichar na maquiagem e arrumar o cabelo, desci para esperar Manuzinha.

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Without meOnde histórias criam vida. Descubra agora