Podemos conversar?

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POV GIZELLY

Os dias se passaram e minha vida estava bem estranha, a faculdade estava cada vez pior, todos os dias eu precisava ouvir várias piadinhas sobre minha mãe e o desfile catastrófico, eu tentava não me importar, mas as vezes era impossível, e com isso eu passava mais tempo com a dona Gê no banheiro. Ela era uma das poucas pessoas em que eu me sentia bem, e como Rafaella não estava indo na aula, eu desabafava com ela.

-Ai dona Gê, eu juro que estou tentando não birgar. – Entrei no banheiro e joguei minha mochila no chão. – Qualquer dia desses eu juro que jogo essa Tássia pela janela.

-O meu bem, eu imagino como deve estar sendo dificil. – Ela me abraçou e beijou meu cabelo. – Mas eu sei que você é forte e não vai deixar isso te abalar.

-Obrigada, eu nunca imaginei que ter uma sogra seria tão bom. – Fiz ela gargalhar.

-E eu nunca pensei que teria uma nora como você. – Ela acariciou meu rosto. – Fico feliz de Rafa ter você ao lado dela.

-Eu gosto muito da sua filha. – Dona Gê me puxou pra um abraço. – Agora eu preciso ir.

Despedi de dona Genilda e sai, mesmo Rafaella meio distante, eu não consigo negar o quão apaixonada eu estou, ultimamente ela anda estranha, mas sei que ela está ocupada no ateliê, e por isso não está vinda à faculdade, porém eu estava morrendo de saudades. Tratei de dissipar os meus pensamentos e fui de encontro ao meu motorista, pelos caminho ainda escutei algumas piadinhas, mas ignorei todas elas. Passei pelos portões da faculdade e abri um sorriso enorme quando vi meu pai escorado no carro.

-PAAAAAI. – Corri e o abracei apertado.

-Meu amor, que saudades. – Ele me levantou no colo. –Você está ainda mais linda.

-E você ainda mais bobo. – Ele me colocou no chão e fez um carinho em meu rosto. – O que você está fazendo aqui?

-Vim ver você, minha princesa. – Meu pai beijou meu rosto. – Como você está?

-Estou bem, pai. – Suspirei antes de responder.

-Está mesmo? – Acenei que sim, mas meu pai me conhece como ninguém. – Vem, vamos tomar um sorvete.

Entramos no carro e fomos conversar sobre amenidades, eu amava conversar sobre qualquer assunto com meu pai, ele consegue deixar tudo mais leve. Chegamos em nossa sorveteria favorita e ele fez nossos pedidos.

-Ei, que carinha é essa? – Estava apoiada em meu punho com o pensamento lá em Rafaella

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-Ei, que carinha é essa? – Estava apoiada em meu punho com o pensamento lá em Rafaella.

-Nada, só queria que a Rafa estivesse aqui. - Respondi me endireitando na cadeira.

-Liga pra ela. – Meu pai tinha um sorriso ligeiro nos lábios. – Eu gostaria de conhecer minha nora.

-Liguei mais cedo, mas ela não me atendeu. – Dei os ombros e nossos pedidos chegram. – Ela estava no ateliê da mamãe.

Without meOnde histórias criam vida. Descubra agora