POV RAFASuspirei chateada, esperei uns cinco minutos e a resposta não veio, ela visualizou e nem se deu o trabalho de dizer "não" . Tomei banho e continuei curtindo minha solidão. Talvez eu esteja predestinada a ficar sozinha, sofrendo por ela, talvez faça parte do meu castigo. Desci até a cozinha pra guardar a taça, até que ouvi a campainha tocar desesperadamente.
-Demorei? – A dona daquele sorriso que me faz perder as estribeiras estava em pé escorada na porta da minha casa. – Acredita que está tendo obras noturnas e o trânsito estava um caos?
Puxei ela pela mão e grudei nossas bocas, ainda estava sem acreditar que Gizelly veio. As mãos dela foram parar na minha cintura, entramos pela casa colada uma na outra, a sensação de beijar ela, era a mesma quando nos beijamos pela primeira vez. O ar nos faltou e eu deixei alguns selinhos pelo seus lábios.
-Hey, eu vi pelo vinho. – Ela disse sorridente. – Pare de se aproveitar de mim, Kalimann.
-Vem, eu guardei o vinho. – Puxei ela pela mão e fomos pra cozinha.
-Cadê o povo? – Ela perguntou meio receosa.
-Foram passar o fim de semana na casa de uma tia. – Peguei a garrafa e enchi a taça dela. –Vamos pra varanda do meu quarto, a vista de lá é linda a noite.
Ela não respondeu, peguei a garrafa e subimos em silêncio. Eu estava nervosa, mas só dela estar ali eu estava feliz. Sentamos na varanda do quarto e enchi minha taça.
-Isso é estranho. – Ela quebrou o silêncio.
-Você não está confortável? – Perguntei com medo da resposta.
-Não é isso, é tudo que nos envolve. – Gizelly suspirou e deu um gole no vinho.
Tirei a taça das mãos dela e fiz um carinho em seu rosto antes de encostar nossos lábios, não queria dar tempo dela desistir. O beijo era lento, e Gizelly me puxou para o colo dela, a segurei pela nuca e nossas línguas bailavam em sintonia. Senti seu toque leve subindo pela minha coxa enquanto eu desabotoava sua blusa, e só aí eu me toquei que estava completamente nua debaixo do roupão, arrepiei com o toque e me levantei trazendo-a junto a mim.
Guiei Gizelly até minha cama, quando entramos me livrei do roupão ficando completamente nua e nossos olhares se encontraram em puro desejo. Gizelly tinha um olhar de luxuria, e não demorou muito pra me jogar na cama, ela subiu em cima do meu corpo e começamos a nos beijar novamente, os beijos iam se intensificando, a perna dela estava entre as minhas pernas pressionando meu sexo, eu não conseguia conter seus gemidos, ela direcionou seus beijos para o seu pescoço e eu senti os pelos do seu corpo arrepiarem. Gizelly continuou o caminho até chegar em meu seio, passeava a língua por cima chupando e dando leves mordidas e com a outra mão apertava o outro. Depois de um tempo dando atenção devida ela seguiu a linha imaginária do meu corpo, Gizelly se posicionou entre minhas pernas e eu estava ansiosa pelo contato, o calor de sua boca em contato com as minhas coxas estavam me deixando fora de órbita, soltei um gemido manhoso quando senti a língua quente de Gizelly em contato com meu clitoris, eu contorcia cada vez mais, ela começou a movimentar a língua da forma que eu gostava, e eu tentava controlar o tesão que sentia, eu estava enlouquecendo e em um movimento rápido ela trocou a boca pelos dedos e introduziu sem aviso, me fazendo fazendo ela gritar alto de prazer, nossos corpos suados estavam ligados um ao outro, eu pedia por mais, eu queria gozar o quanto antes, mas ela não permitiu, diminuiu o ritmo fazendo me fazendo encara-la, ela queria me torturar, me fazer implorar por mais. Gizelly me olhou nos olhos e não sei bem explicar, mas era o mesmo olhar da nossa primeira vez, vi ela balançar a cabeça como se quisesse desfazer algum pensamento, agarrei seus cabelos grudando nossas bocas, aumentei o contato, minhas unhas passavam pelas suas costas, desabotoei o sutiã dela, e mordi seu pescoço quando senti meu corpo dar sinais de que forte orgasmo se aproximava.
Nossas respirações descompassadas se misturavam no silêncio do quarto, eu não fazia ideia do que ela estava pensando, mas não queria dar chance pra ela pensar demais. Me virei e capturei seus lábios em um novo beijo. Gizelly me segurava firme e me fazendo movimentar em seu colo, passei a distribuir beijos em seu pescoço e minhas mãos passeavam livre pelo seu corpo. Desabotoei a calça dela e me levantei pra tirar o que me impedia de ter ela toda pra mim.
-Tira logo. – Ela disse impaciente e eu dei um sorriso malicioso.
-Tá com pressa? – Puxei a calça e a visão dela só de calcinha preta na minha cama era tentadora demais.
Gizelly revirou os olhos me fazendo ficar ainda mais louca, passei a distribuir beijos molhados por sua barriga e sentia ela se contorcer embaixo do meu corpo. As mãos de Gizelly estavam em meus cabelos e era impossível me segurar ouvindo gemidos que teimava em sair da boca dela. Definitivamente Gizelly é a minha perdição.
Não faço ideia de quando paramos, mas sei que ela dormiu e eu aproveitei pra me enroscar no corpo dela, deitei em seu ombro enquanto ela me abraçava pela cintura, queria memorizar cada segundo da nossa noite.
Acordei com a claridade entrando pela porta, abri os olhos lentamente e me situei de tudo que aconteceu, me despertei por completo e passei a mão pela cama, estava vazia, e um sentimento horrível invadiu meu coração, me levantei e fui até o banheiro com o mínimo de esperança, mas ela não estava lá, não havia nem sinal dela, ela foi embora, saiu antes que eu acordasse, sem dizer tchau. Depois da noite incrível que tivemos, só me resta a solidão e o vazio.
POV GIZELLY
-Burra, como você é burra Gizelly. – Falava pra mim mesma enquanto dirigia. – Parece que nunca viu mulher na vida.
Hoje de manhã quando acordei na cama de Rafaella, me bateu um choque de consciência. Quando olhei pro lado e vi ela dormindo no meu peito, todo aquele sentimento ruim do passado me dominou, eu me senti fraca, me senti uma idiota por ceder tão facil, por esse motivo eu sai da casa dela, antes que ela acordasse, Ivy está certa, eu não posso dar ela o poder de entrar e sair da minha vida quando ela quer.
Flash back on:
Sai da sala de Rafaella como um foguete, o gosto da boca dela ainda estava na minha e meu coração batia apressado.
-Onde cê tava, trem? – Ivy perguntou assim que eu entrei em seu camarim.
-Fui pegar alguns papéis com a Rafaella. – Respondi de cabeça baixa.
-Cê tava aprontando né? – Ela se aproximou me encarando. – Cê não toma jeito, Gizelly.
-Do que você está falando? – Perguntei, me fingindo de boba.
-Eu sou sua amiga, e só quero o seu bem. – Ivy segurou meu rosto entre as mãos. – Olha, eu sei que a gente não tem controle sobre quem entra no nosso coração, mas também não podemos dar poder a quem não merece, não deixe ela entrar e sair a hora que bem quiser.
-Não aconteceu nada, Ivy. – Me desviei do olhar dela. – Só fui pegar uns papéis que minha mãe precisa.
-Ok, vamos pra casa? – Concordei e saímos do ateliê.
Flash back off:
Não dá pra negar que Rafaella mexe comigo, eu não posso ser hipocrita a esse ponto, mas tambem não posso ser idiota a ponto de me entregar de corpo e alma novamentete e receber um belo não na cara. Eu fiz bem em ir embora, e talvez agora isso passe, foi só sexo.
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Etâ, tenho nem o que dizer.
Gente, me mande o email quem quiser ler os capitulos da nova fic, ou preferem um grupo de wpp? Não sei se vai ser Girafa, pois é muito tensa e triste, mas como vocês gostam, talvez eu faça.
Volto logo!!!

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Without me
FanfictionMalvina Bicalho é um dos nomes mais temidos no meio da moda. Por onde passa deixa as pessoas de cabelo em pé, Miranda Priestly teria medo dela, a única pessoa que debatia de frente com a mulher, era sua filha Gizelly, que apesar de ser bocadura com...