Muita coisa mudou!

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POV GIZELLY

Acordei com o barulho do meu celular, estranhei o ambiente e aí me lembrei que eu não estava em casa, ouvi a loira resmungar quando me levantei pra atender o telefone.

-Oi pai. – Eu falava baixo para não acordar a garota.

-Onde você está, filha? – Falava de forma ansiosa. – Estou em sua casa. 

-Dormi fora. – Falei voltando a atenção para Ashley que dormia tranquila. – Mas já estou indo pra casa.

-Venha logo filha, precisamos conversar. – Eu odiava aquela frase. – E precisa ser pessoalmente.

-Adianta o assunto pai. – Pedi de forma ansiosa.

-Quando você chegar a gente conversa. – Ele respondeu calmamente.

-Ok, estou indo. – Desligamos e fui encontrar minhas roupas espalhadas pela casa.

Fiquei preocupada, pois meu pai não aparecia no meu apartamento tão cedo. Vesti minha calça e me abaixei pra calçar o salto.

-Volta pra cama, baby. – Ashley disse com uma voz dengosa.

-Preciso ir pra casa, linda. – Fui até seus lábios e deixei um selinho. – Te ligo depois.

-Liga mesmo, quero repetir a dose. – Ela sorriu e eu vesti a camisa pegando minha bolsa.

Sai do apartamento da loira com um pouco de preocupação, ontem eu resolvi não pensar na proposta do Charlles, fui me distrair com as gêmeas e acabei acordando na cama de uma delas, nem sei onde Johanna foi passar a noite. Entrei no meu carro e parti para o meu apartamento.

-Oi pai. – Entrei em casa e meu pai estava sentado ao lado de Samantha. – Oi Sam.

-Oi Filha. – Abracei os dois e me sentei também, meu pai estava preocupado. – Como você está?

-Estou bem, mas me fala o que está acontecendo. – Eu já estava ansiosa.

-Calma. – Meu pai se agachou em frente a mim. – Sua vó me ligou hoje de manhã.

-O que aconteceu com a vó Madah? – Eu já comecei a pensar o pior. – Fala logo, pai.

-A sua mãe está no hospital. – Meu coração parou de bater por alguns segundos. – Ela sofreu um AVC, mas ela já está bem, Claudia a encontrou caída no banheiro.

-Como está bem, pai? Ela sofreu um AVC. – Me levantei apavorada.

-Filha, calma. – Meu pai segurou minha mão. –Sua mãe está estável, eu estou indo pro Brasil.

-Eu também vou, é a minha mãe. – Levei a mão nos cabelos.

Meu pai me abraçou tentando me acalmar, minha consciência começou a pesar, pois eu não via minha mãe há oito anos, se algo acontecer a ela eu não iria me perdoar nunca mais.

Depois de um tempo consegui me recompor e fui preparar uma mala, não levaria muita coisa, eu só precisava ver como minha mãe estava. Samantha e meu pai foram pra casa, ele precisava se organizar na empresa dele antes de embarcar para o Brasil. Liguei para o Charlles e avisei sobre minha mãe, ele foi bastante solidário e disse que eu não precisava me preocupar com nada, e que enviaria outro advogado para o caso do amigo dele, o agradeci e continuei arrumando minhas coisas.

-Oi Gigi. – Talles entrou em meu quarto me despertando a atenção. – A sua funcionária me deixou subir.

-Oi Talles, entra. – Eu terminava de fechar minha mala.

Without meOnde histórias criam vida. Descubra agora