Otaria

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POV GIZELLY

Eu não esperava rever Rafaella, não hoje, não com uma filha nos braços, eram muitas informações e ao mesmo tempo eu não sabia de nada. Ela visivelmente também não esperava me ver, pelo jeito surpreso que ela ficou quando bateu os olhos em mim com sua filha no colo, a garotinha era uma graça, uma cópia de Rafaella.

-Vamos, filha? – Minha mãe me despertou dos meus pensamentos.

-Vamos. – Respondi com meio sorriso. – Tchau Fernanda, te vejo depois.

Pisquei pra loira que retribuiu com um sorriso aberto, confesso que a secretaria da minha mãe é uma gata, muito diferente da que trabalhava aqui quando eu estagiava no ateliê.

-Você gosta de crianças? – Perguntei à minha mãe assim que entramos no carro.

-Eu sempre gostei, na verdade eu ainda espero o dia que você vai me dar netos. – Minha mãe respondeu sorrindo.

-Vai esperar muito então. – Sorri pra ela que negou com a cabeça.

-Se o Talles for o pai, serão crianças lindas.

-Credo mãe. – Fiz uma cara feia e o sinal da cruz. – A Sofia é uma graça.

-Ela é o nosso xodozinho, todos ficam encantados com ela. — Minha mãe disse com um brilho diferente no olhar. – Inteligente, esperta, me lembra até você quando era pequena, serelepe e sapeca.

Sorri com as palavras da minha mãe, a garotinha tinha uma carinha de sapeca mesmo, mas a curiosidade estava me matando, eu queria saber quem era o pais, se Rafaella era casada, se ela era feliz com essa nova vida, mas eu não queria perguntar isso pra minha mãe, e a única pessoa que seria sincera comigo seria minha tampinha.

Chegamos em casa e rapidamente peguei meu celular, marquei um jantar com a Manuzinha

que topou logo de primeira, abri um sorrisão e fui me arrumar pra encontrar minha baixinha.

-Titchela, que saudades.. – Manu se aproximou toda serelepe. – Você tá linda.

-Você também está, toda antenada na moda. – Abracei minha amiga apertado. – Eu estava morrendo de saudades.

Manoella se sentou e começamos a colocar o papo em dia, tínhamos muito o que conversar, e assunto não faltava pra gente. Era louco a conexão que nós duas temos, eu me sentia bem em falar sobre qualquer assunto com ela.

-Toma, convite do meu show na próxima semana. – Manu me entregou um par de ingressos. – Não aceito desculpas, quero você lá

-É claro que eu vou. – Peguei o envelope.

-Tem dois ai, pode levar quem você quiser. – Ela disse sugestiva.

-Vou levar o Talles, ele anda reclamando que eu não levo ele pra sair. – Manu sorriu.

Conversamos sobre o trabalho dela e como ela estava empolgada pra iniciar a turnê, eu estava mega feliz pela minha amiga, e ansiosa pra ouvir ela contar de pertinho.

-Eu encontrei a Rafaella hoje. – Falei e Manu me olhou surpresa.

-E ai? O que conversaram? – Ela perguntou empolgada.

-Nada, nós duas não temos mais assuntos. – Respondi dando um gole em meu drink. – Foi estranho revê-la depois desses anos, ela está diferente.

-Diferente? – Manu tinha um sorriso ligeiro nos lábios.

-Madura, talvez. – Dei os ombros. – A filha dela é uma graça.

-Você conheceu minha afilhada? Ela é uma fofura mesmo. – Sorri ao me lembrar da garotinha.

Without meOnde histórias criam vida. Descubra agora