Without me

Ela gosta?

Oie tudo bem??? Voltei!!!
Eu só precisava de uns dias pra me reorganizar, agora flui, obrigada por sempre estarem aqui!

POV RAFA

Depois do incidente com Ivy, eu passei os dias apreensiva, com medo de que a história chegasse aos ouvidos de Malvina, porém Gizelly me garantiu que a amiga não faria isso, e que ela só estava irritada, consegui me acalmar e segui minha vida. Eu estava totalmente envolvida na nova coleção assinada por mim, mas estava conseguindo conciliar meu tempo entre trabalho, minha família e Gizelly. Na verdade Gizelly e eu dormíamos juntas quase todos os dias, e isso me deixa completamente feliz, pois eu não imaginava que isso iria acontecer um dia.

-E quando você vai pedir ela em casamento? – Manu veio me visitar no ateliê.

-Meu Deus, Manu. – Quase engasguei com a pergunta. – Acabamos de nos acertar e você já quer casamento?

-Claro, já perderam tempo demais. – Ela respondeu com naturalidade. – E eu quero ser madrinha.

-É claro que você vai ser, mas ainda precisamos de mais um tempo. – Depositei minha xícara de chá na mesa. – Amiga, ainda tem Malvina.

-Ainda nessa, amiga? – Suspirei fundo. – Eu acho que já está passando de hora de assumirem o romance pro mundo, vocês não são mais adolescentes.

-Eu sei disso Manu, mas eu ainda tenho receio das consequências. – Lembrei das palavras de Malvina quando descobriu o beijo de Gizelly e Olivia. – Mas agora eu tô preparada pra enfrentar qualquer coisa, o que eu não quero é perder Gizelly novamente, eu a amo. 

-Eu estou tão feliz, amiga!  – Manu bateu palminhas. – Você e a Gi foram feitas uma pra outra, eu torço pelo casal desde o dia em que descobri que ela arrastava uma asa por você.

-Você sempre foi a nossa maior apoiadora, fazia de tudo pra juntar nós duas. – Sorri nostalgica. – Minha mãe também, você precisa ver como ela trata a Gizelly, eu fico até com ciúmes, Sofia então, só falta trocar de mãe.

-Vocês são uma família linda, por isso quero o casamento logo.

Passamos a tarde papeando, Manu conseguia me acalmar apenas com algumas palavras. Ela tentava me convencer de que eu precisava resolver minha vida com Malvina, pois não dava pra viver escondendo meu relacionamento pra sempre, mas antes eu precisava conversar com Gizelly.

No início da noite me despedi de Manu e fui pra casa, Gizelly já havia me avisado que estava lá com Sofia, pois minha mãe estava em Goiânia e só voltaria amanhã, sorri com a foto das duas cozinhando e corri pra casa.

-Mamain. – Entrei na cozinha e encontrei Sofia em cima de uma cadeira com Gizelly ao lado.

-Oi meus amores. – Beijei o cabelinho dela e dei um selinho em Gizelly. — Que cheiro ótimo.

-Que bom que chegou, deusa. – Gizelly tinha as mangas dobradas e mexia algo na panela. – Me desculpe por invadir sua cozinha, mas eu queria fazer algo pra gente.

-Pode ficar a vontade, Gi. – Dei outro selinho nela e Sofia olhou a cena sem falar nada. – Vou tomar um banho rapidinho e já desço.

-Não demore, Soso e eu já estamos famintas. – Minha filha deu um joinha confirmando.

-Já desço, vocês duas são dois sacos sem fundo. – Peguei minha bolsa e subi.

Não demorei no banho, vesti uma roupa confortável e desci, pois meus dois furacõezinhos estavam famintas. Encontrei as duas sentadas à mesa, papeando e brincando juntas, sorri com a cena.

-Até que enfim, mamãe. – Sofia bateu palminhas.

-Vamos comer? – Gizelly nos serviu.

A comida estava simplesmente divina, Gizelly ahazou na lasanha, e minha filha aprovou também. Conversamos amenidade sobre nosso dia, Sofia me falou como foi seu dia na escolinha e que a tia Gi ajudou ela com o dever dela.

-Tia Gi? – Sofia chamou a atenção de Gizelly. – Eu "quelia" que você morasse aqui, não gosto quando você vai "embola".

-Oh meu amor, eu também não gosto de deixar vocês. – Eram momentos como esse que meu coração derretia. – Mas eu prometo que sempre estarei aqui.

-Você pode dormir com a minha mamãe. – Ela argumentou e eu prestava atenção na conversa. – Minha mãe gosta de dormir com você, ela disse pra vovó.

-Ela gosta, princesa? – Gizelly olhou pra mim me deixando envergonhada. – Então vou dormir mais vezes.

Sofia fez festa com a informação e continuamos nosso jantar. Logo após a sobremesa, ajeitamos a cozinha e subimos pra colocar Sofia na cama, minha filha já estava cansadinha, mas queria esperar a tia Gi terminar, para contar historinhas pra ela, Gizelly mima minha filha de todas as maneiras possíveis e eu amo essa sensação. Dei boa noite minha filha e fui pro meu quarto, precisava terminar um croqui que comecei, Gizelly passaria a noite comigo, então deixei que ela fizesse Sosô dormir.

-Ela apagou, estava cansada, brincamos muito hoje. – Ela entrou no meu quarto com um sorrisão.

-Vem cá? – Bati a mão no colchão pra ela se aproximar.

-Preciso embora, deusa. – Ela se aproximou e eu a segurei pelo pescoço colando nossas bocas.

-Sofia não mentiu. – Gizelly sorriu entre meus lábios. – Eu amo dormir com você, fica?

-Tudo bem, vou tomar banho rapidinho. – Acenei e nos beijamos mais algumas vezes.

Gizelly não demorou muito no banho, cinco minutos depois ela já estava de volta ao quarto e eu guardava meus croquis. Ela se acomodou ao meu lado e eu me deitei em seu ombro, me aconchegando ao seu corpo.

-Como foi seu dia? – Ela perguntou cheirando meu cabelo.

-Passei a tarde com Manu, ela mandou um beijo pra você.

-Saudades da minha tampinha. – Gizelly disse sorridente.

-Ela quer saber quando é o nosso casamento. – Me virei pra ela e a gargalhada dela preencheu o quarto.

-Você nem me pediu em namoro. – As palavras dela tinham um pouco de seriedade.

-Eu estava pensando... – Respirei fundo antes de falar. – Acho que nós duas devíamos conversar com sua mãe.

-Você acha? – Gizelly se sentou melhor na cama.

-Sim. – Acompanhei o movimento. – Eu quero que o mundo saiba que eu sou completamente apaixonada por você.

Gizelly me puxou me beijando apaixonadamente, estávamos tão entregue uma à outra, sabemos quando é verdadeiro e eu descobri isso há muito tempo atrás.

Amanhã vou falar com Luiza. – Ela disse assim que nos soltamos. – Acho que já está na hora.

-Tem certeza? – Ela acenou que sim.

-Também quero que você conheça o pai, já está passando de hora. – Eu ainda não tinha sido apresentada ao pai dela. – Pensei em sairmos pra jantar.

-É uma ótima ideia, amor. – Abracei sua cintura.

-Ele está louco pra conhecer a Sosô. – Gizelly dizia com alegria. – E quer conhecer minha sogrinha também.

-Minha mãe volta amanhã.

-Então marcamos pra amanhã. – Concordei e mudamos de assunto.

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Talvez volto ainda hoje!!!  Vem aí