Havertz-Belle

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Vamos considerar que Alexander-Arnold e Kai Havertz são da idade da Belle e não do Kylian, ok?

Hey, eu sou a Belle Mbappé.
Certeza que vocês já ouviram falar de mim. Seja pelo meu pai, o famoso ex-jogador de futebol, seja pelo meu término traumático com Trent Alexander-Arnold.
Namoramos por quase 5 anos, desde que eu tinha 15. Ele foi meu primeiro amor, meu primeiro beijo... O motivo do meu primeiro coração partido.
Eu o amava mais que quase tudo, até que o encontrei na cama com minha prima.
Se aguçar bem os ouvidos ainda consigo ouvi -lo dizendo
"Ah, qual é, Belle, eu tenho minhas necessidades, né?"
Ela parecia tão sentida, tão arrependida... se levantou e foi embora sem me dirigir uma palavra. Foi melhor assim, afinal de contas.
Nós nunca fomos próximas.
Eu era completamente apaixonada pelos pais de Amelie. Tio Ney e tia Kayla eram meus padrinhos e como meus segundos país, mas em compensação, nunca me dei bem com a filha ciumenta deles.

Mas por quê mesmo que eu tô lembrando disso depois de 2 anos?
Ah sim, é porque Kai Havertz acha mesmo que eu vou cair no papinho dele.
Eu vim visitar meu tio Ethan no treino e o alemãozinho veio até mim e começou com suas histórias de sempre. Conheço o Kai desde antes da época do meu namoro, quando meu tio veio jogar no Chelsea ainda muito jovem, eu tinha uns 13 anos e o alemãozinho tinha acabado de ser transferido da base na Alemanha pra cá e foi estudar na minha escola. Acabamos ficando amigos. Trent não gostava dele, dizia que ele era falso e que tinha certeza que ele gostava de mim. Eu sempre dizia que ele tava vendo coisas e que o ciúme era infundado. Mas acabamos nos afastando nessa época.
Para quem tinha tanto medo de ser traído, Trent não pensou duas vezes em meter um par de chifres em mim.
Otário.
- Kai, desiste. - sorri pra ele
- Eu não desisto nunca. - ele devolveu sorrindo
- Mas isso não é frase de brasileiro? - indaguei com a testa franzida lembrando que o meu padrinho sempre diz " Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca"
- Sim, aprendi com o Vini Jr - gargalhou
- Só você mesmo, Havertz - ri
- ah não, não me chama assim, dá um ar tão impessoal, até parece que não somos amigos e que você não gosta de mim - fez um biquinho que eu não pude não achar fofo.
- 1 - apontei com os dedos - nós não somos amigos, 2 eu não gosto de você. - provoquei.
- Tá bom. Um dia você vai sentir minha falta, quando eu achar alguém que goste de mim e criar vergonha na cara. Você vai ver - brincou fingindo-se de ofendido e logo emendou - vamos, vai... só um suco Belloca. - piscou risonho
- Belloca? Me poupe. Se eu for, você me deixa em paz?
- Não mesmo. Mas pelo menos você vai comer de graça.
- ok. É um bom argumento. - sorri

Kai e eu jantamos e depois fomos caminhar pelas calçadas da gelada capital inglesa, não sei exatamente como chegamos àquela conversa mas enfim.
- Sabe que ele odeia você, né? (Sobre Trent) - o olhei
- Sei. Mas não me importo. - sorriu
- Como assim? - franzi o cenho
- Ele me odeia pelos motivos certos. - deu de ombros
- Mas... ele te odiava porque achava que você queria algo comigo e isso é loucura, cara - fiz uma pausa esperando que ele concordasse, mas prossegui quando ele não disse nada - Não é, Kai? - o incentivei
- Não. Não é, Belle. Ele me ouviu dizer que estava apaixonado por você. Eu tava conversando com seu tio Ethan e com o Vini Jr e ele ouviu. Eu ia me declarar mas quando criei coragem para ir até você, você me recebeu cheia de sorrisos, me abraçou e soltou muitos gritinhos de empolgação dizendo que estava namorando com ele. - sorriu triste - Então eu me calei e lá se foram 7 anos, né? - manteve o sorriso, só que dessa vez me olhando
- Por que não me contou quando eu e ele terminamos? - indaguei
- Não queria que achasse que eu estava me aproveitando da situação. Além do mais, você precisava de um amigo, não de um admirador e outra, eu sabia que não era recíproco. Se fosse você não estaria sofrendo com saudades dele mesmo depois de tudo. - pegou na minha mão em conforto.
- e por que está me dizendo isso agora?
- porque você perguntou, baby - tocou a ponta do meu nariz
- Poxa, Kai. Eu sinto muito por você ter passado por tudo isso. - apertei sua mão na minha
- Tá tudo bem... Eu fiquei bem. Eu aprendi que a vida não é um conto de fadas.
- É, mas não diga isso perto dos meus pais e padrinhos, porque eles viveram histórias dignas de Disney. No fim das contas acho que nem amei o Trent, eu só achei que ele seria o cara certo para me fazer viver mais um conto da família Mbappé. - repuxei um sorriso amarelo pra ele
- Você vai encontrar alguém para amar, Belle. É impossível passar muito tempo perto de você e não se render aos seus encantos. - beijei sua mão
- Você ainda sente algo por mim? - ela indagou
- Você quer a verdade? - devolvi
- sim, por favor.
- Sim, Belle. Eu nunca deixei de amar você - a olhei de forma a tentar transparecer tudo que sentia
- Eu não sei o que eu sinto por você, Kai - ela parecia aflita
- Não precisa dizer nada, fica tranquila - passei meu braço em volta de seus ombros enquanto continuávamos caminhando
- E fazer? Eu posso? - ela colocou a mão no meu ombro e me parou
- Como? - franzi o cenho
- Assim - sussurrou antes de arrumar uns fios desajeitados do meu cabelo.
Depois ela desceu a mão até meu pescoço onde ficou fazendo carinho e eu imóvel, não conseguia reagir. Era a mulher da minha vida ali me enxergando como homem pela primeira vez.
Continuou sua exploração por mim, dessa vez com a boca. Beijou minhas duas bochechas, meu queixo, meu pescoço, até que olhou nos meus olhos como se pedisse permissão e me fez despertar do transe.
Segurei em sua cintura, a puxei pra mim e a beijei.

Droga, eu tava ainda mais apaixonado!






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