Marco Verratti

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Não houve um dia desde que entrei nesse mundo que eu não tenha trocado farpas com Marco Verratti. 

Ele é insuportável.

Sim, pessoas que são apaixonadas por ele ao redor do mundo, vocês estão amando o cara errado.

Eu convivo com esse 0 a esquerda há 5 anos, desde que fui contratada para trabalhar como assessora de imprensa do zagueiro Marquinhos e não houve um dia em que ele tenha sido menos detestável.

ok, talvez tenha tido um dia. mas não vale a pena lembrar.

Eu tinha acabado de chegar.
Imediatamente me dei bem com meu patrão. Mas como um homem de família, ele não era o cara mais livre do mundo pra bater papo. Então encontrei em outra pessoa essa facilidade.
Marco Verratti foi a personificação da disponibilidade nos primeiros meses.
Ele tinha um jeito infantil que eu achava engraçado mas no fim das contas, era muito bom tê-lo ao lado.

Lembro de uma vez em que estávamos conversando sobre como ele era crushado, ele rebateu dizendo que era mais difícil do que parecia ficar com alguém por quem ele se interessasse.
- Becca, meu truque é simples... Eu vou ocupar seus pensamentos. Seja porque você me quer, seja porque me odeia. - e piscou acompanhado de um  sorriso travesso

Pensando bem. Não é que fazia sentido?
Ele estava sempre ocupando minha mente.
Quando era legal, porque era legal demais.
Agora, porque é irritante.

A mudança brusca se deu numa noite de balada.
Saímos juntos e estávamos tomando um drinque quando, na brincadeira, eu disse que nunca ficaria com ele.
Ele respondeu:
- Hora de partir para o plano B, então. - sorriu
- Como? - ri de volta
- Você vai ver.

E aí ele começou a implicar comigo e lá se foram 4 anos.
Seja lá qual fosse o plano B, era beeeeeeem longo.

Perdida em pensamentos eu esbarrei nele.
Justo nele.
Mais de 400 funcionários e eu tinha que esbarrar nele.
- Pensando em mim, Little Becks? - ergueu uma sobrancelha em provocação
- Só nos seus sonhos - ri em deboche
- Ah, neles com certeza. - sorriu
- Você é um idiota, sabia?
- É um dom - passou as unhas na camisa e depois olhou-as com ar de superioridade forçada
- Ok. Agora, se me der licença... - ia passando, quando ele segurou meu braço
- Você quer sair comigo? - mordeu o lábio inferior com um sinal de nervosismo
- Por que eu quereria? Você vive pegando no meu pé. Bendito seja esse seu infindável plano B - revirei os olhos e só então percebi que havia falado demais.
- Ah, então você ainda lembra do plano B. Pois é. Se você não aceitar sair comigo, então os 4 anos de plano B estarão indo por água a baixo. Coopera, vai. - sorriu
- Como é que é? Qual é o plano B? - franzi a testa
- Lembra que eu disse que a meta é estar sempre na mente? Pois é.  Tentei do primeiro jeito e não funcionou. Então o plano B é estar na sua mente por raiva e esse deu muito certo. - riu
- Você é um otário mesmo. Eu tava brincando, bobo. Já naquela época eu sairia com você - revirei os olhos.
- Você tá me dizendo que foram 4 anos de um plano B desnecessário?
- Sim - debochei - isso é que dá não agir como adulto. Adulto conversa, Marco. Você sabe o que é isso? - mudei meu tom pra uma bronca que é quase flerte
Parece que ele entendeu.
- Olha, talvez eu não saiba, mas se você chegar aqui mais perto pode me ensinar - falou isso e se aproximou ainda mais, deixando nossas respirações já misturadas.
- Eu posso tentar - sussurrei
Quando nossos lábios iam se encostando, ouvi um pigarro. Meu chefe em carne, osso e cachinhos estava na nossa frente com um semblante indecifrável.
Antes que eu pudesse pensar em dizer algo, ouvi o italiano sussurrar em meu ouvido:
- se ele te demitir, eu te contrato. Levo bem mais cartões vermelhos que ele. A mídia me odeia mais. - olhei pra ele de canto de olho e ele sorria
Estava me sentindo uma adolescente pega no flagra pelos pais.
- o senhor não vai falar nada? - perguntei apreensiva
- Carol chamou vocês pra jantar lá em casa. Eu disse que ia dar ruim porque se odeiam. Mas pelo visto ela sabe mais sobre vocês que eu que convivo com os dois. O jantar começa às 8. - virou -se de costas e ia saindo quando disse.
- Eu ouvi, Marco. Ache uma assessora pra você. Rebecca continua trabalhando pra mim. - piscou pra ele em escárnio.
- Droga - ouvi o italiano reclamar baixinho
- Você quer que eu saia  com você ou que eu trabalhe pra você?
- Definitivamente 1a opção
- Então fique quieto.
- Onde é que estávamos mesmo? - foi  se aproximando novamente
- Não mesmo, não vou correr o risco de passar por essa vergonha de novo.- Me afastei
- Ok. Te pego as 6 pra irmos pro jantar
- 6 É muito cedo, Verratti. O  jantar só começa às 8 - coloquei a mão em seu peito o impedindo de passar por mim
- Só se você for louca pra acreditar que eu vou pra esse jantar sem terminar o que começamos aqui - riu - Você sabe, amore mio, ou estou na sua mente porque você me odeia ou porque você me quer. Pode decidir o que vai ser hoje. Até mais tarde. - beijou o canto da minha boca e desapareceu pelo corredor. Me deixando atônita com tamanha cara de pau.













MAIS UUUUUUM CAPÍTULOOOOO
Mais um sobre Marco Verratti. Vocês que lutem.
Beijo da Lu💜

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