Salada

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Sim, eu tinha que encerrar 2 imagines e tava sem ideia, então eles vão estar juntos e vocês que lutem.
Deem Oi pro Toni, Luka e Pablo. E não esqueçam da Ivana e Alana também.
Beijos da Lu💜

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Depois de 6 meses que a princesinha tinha simplesmente sumido do mapa, Luka e  Toni estavam num jantar junto com o elenco culé. Por mais aleatório e impossível que isso pareça, a federação tinha o costume de promover um jantar entre os finalistas da supercopa da Espanha, e naquele ano, a final seria jogada entre Real e Barça.
As cadeiras da grande mesa de jantar eram alternadas e nomeadas fazendo com que qualquer tentativa de panelinha caísse por terra.
Naquela noite, Pablo Gavi estava sentado ao lado de Toni Kroos e à frente de Luka Modrić.
Mas antes de falar do meio-campo barcelonista, vamos nos ater ao melhor do mundo de 2018 e sua história inacabada e conturbada com a Zidane mais nova.

Depois daquela breve e complicada conversa, Ivana simplesmente sumiu do mapa.
Luka a procurou e quase socou Toni porque tinha certeza que o amigo sabia e não queria lhe contar onde ela estava.
Mas depois de algumas semanas ele desistiu e Toni agradeceu por isso. Não aguentava mais as ameaças constantes do amigo croata.
Naquela noite quente de setembro, o volante alemão foi surpreendido por mãos em seus olhos. Depois do susto inicial, sentiu o cheiro de sua princesinha e levantou esbaforido para abraçá-la. Apesar de se falarem sempre, nunca tinham ficado longe por tanto tempo.
Do outro lado da sala, Luka olhava embasbacado para Ivana que usava saltos altíssimos e um vestido que deixava muito pra imaginação.
Vendo a alegria de Toni, todos se voltaram para o reencontro do outro lado da mesa.
Luka tinha vontade de ser invisível naquele momento. Queria poder olhá-la a noite inteira sem que ela pudesse testemunhar quão mexido ele estava por aquela situação. Era saudade, ele sabia. Mas era outra coisa também. Quando o namoro deu errado semanas após a discussão com Ivana ele finalmente deu o braço a torcer e sabia que apesar de negar, aquela menina mexia com ele. E se isso lhe faria levar uns socos de Zinedine, ele estava preparado.
Depois de um abraço que deve ter durado uma eternidade. Ivana dirigiu seu olhar ao croata.
Ele estava visivelmente nervoso e sorria como se tivesse prestes a ter um ataque cardíaco.
- Hey, Luka. - ela cumprimentou educadamente como se ele fosse no máximo um conhecido.
Ele abria e fechava a boca sem conseguir efetivamente respondê-la. Desistindo de tentar falar, ele apenas meneou a cabeça e, internamente Ivana fazia daninhas da vitória por notar como ele estava se comportando.
- Antonio, eu vim só te dar um beijo, sei que vocês precisam cumprir formalidades. Estarei em casa se você quiser passar lá quando sair daqui. - grudou nele de novo e foi saindo desejando que o croata viesse atrás, e ao mesmo tempo se repreendendo por ainda esperar alguma coisa dele.
Luka, ainda sentado na mesa lutava consigo mesmo internamente sobre ir ou não ao encontro daquela mulher que virava sua cabeça e o tirava completamente do eixo.
Levantou esbaforido e lançou um olhar para Kroos como se pedisse cobertura.
Ele alcançou Ivana antes que ela saísse do salão.
De tal forma que os eventos que se seguiram foram vistos por todos os 60 homens sentados na mesa.
- Ivana, você pode me dar um minuto? - Luka segurou brevemente o cotovelo da espanhola.
A pele dos dois esquentou com aquele toque. Era um indício indiscutível de que química não faltava entre eles.
- Pode falar, Modrić - ela se virou pra ele e finalmente seus olhos encontraram e o jogador finalmente podia ver aquelas íris escuras de quem ele sentiu tanta falta. Ao mesmo tempo, olhou com mais afinco e viu a pupila da mais nova dilatar.
Tudo que passou em sua mente naqueles poucos minutos foi que ele era um grande filho da mãe sortudo porque sua menina ainda nutria sentimentos por ele mesmo depois do papelão que ele fez.
Ivana, por sua vez, olhava o homem parado a sua frente sem dizer nada e já começava a se arrepender de ter parado ali pra conversar com ele.
- Eu senti sua falta - ele disse finalmente em sussurros.
Ela arqueou a sobrancelha como se se lembrasse do que disse a ele anteriormente e ele prosseguiu
- Eu sei que você disse que eu não teria esse direito. E eu não tenho. Mas, eu tô cansado de fingir que eu não sinto nada. Talvez eu não chegue perto de todo esse sentimento avassalador que você sentia, mas eu tenho uma proposta.
- que seria?
- Paixões tórridas não são o meu forte. Talvez eu nem tenha mais idade pra paixões. Mas aparentemente contra tudo que eu penso, minha pele arrepia quando te toca. Meu estômago gela e eu pareço um idiota sem conseguir formar uma frase coerente. Então minha proposta é simples. Me deixa experimentar esse combo de sentimentos e sensações contigo. Me deixa te amar. Um amor tranquilo que é o que eu posso te oferecer. - o jogador respirou fundo enquanto permanecia olhando pra baixo. Não tinha coragem de olhá-la.
- E o que aconteceu com todo aquele papo de que nunca íamos dar certo? - ela sustentou o tom de quem não se importava mesmo que tivesse fervendo por dentro.
- Eu sou um covarde, tá legal? - ele finalmente a olhou - nunca fui conhecido por ter coragem. Você me tira do eixo. Minha vida sempre foi tão simples. Depois de todo o histórico da minha infância com a fuga da guerra, eu sempre procurei correr de qualquer coisa que me assustasse. E você parece um furacão Ivana. Eu sabia que você ia me tirar da minha zona de conforto e eu só fiquei com medo. - passou a mão pelo cabelo de forma nervosa
- E agora? O que mudou?
- Eu ainda tô com medo mas não posso continuar assim. Eu quero experimentar. Porque eu não quero passar o resto da minha vida como passei os últimos meses, me arrependendo de não ter feito. Sentindo falta do teu cheiro, do teu abraço e até das tuas piadinhas de duplo sentido. Eu que nunca quis ser de ninguém, quero ser seu. - colocou seu cabelo pra trás da orelha em um gesto de claro nervosismo, enquanto a encarava com olhos pidões.
Ivana ficou realmente mexida com aquelas palavras. Mas ainda tinha certo receio de que ele mudasse de ideia logo depois, mesmo que soubesse que ele não costumava tomar decisões sem pensar.
Olhando por cima do ombro do croata, viu Antonio olhando atentamente para os dois. Quando seus olhos se encontraram, ele assentiu, como se dissesse pra ela ir em frente. E com essa confirmação, ela pegou as mãos juntas de Luka e chamou sua atenção pra si. Encarando-o fixamente deu a resposta que o coração de ambos precisava.
- Você sabe o que eu sinto por você. E, sim, quero que seja meu.
Nesse momento, passou as mãos por seus cabelos, o puxando pra si. Quando suas respirações se encontraram e seus lábios se tocaram, ambos experimentaram duas coisas: as famosas borboletas no estômago e a certeza absoluta de que esperaram a vida inteira por aquele encontro.



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Distante dali, Pablo Gavi acompanhava com olhos de lince o reencontro do casal e era impossível não imaginar Alana e ele naquela situação. Fazia apenas 2 semanas que tudo tinha acontecido e sua ferida não estava ainda somente aberta, mas também sangrando. Ele olhava o casal não com inveja, mas com o sentimento triste de que ao contrário do croata aos beijos com a francesa, ele havia sido rejeitado.
A noite se arrastou e o casal voltou pra mesa. Antonio estava visivelmente animado com aquela paz entre os dois e Pablo só queria que a noite acabasse e ele pudesse ir pro seu quarto de hotel lamentar-se mais um pouco por não ser bom o suficiente para Alana.
Quando aquela tortura acabou, se arrastou até o ônibus do clube, colocou fones e se encolheu na última cadeira do automóvel. Como karma a música que tocava era de sua playlist brasileira "se esse sorriso for pra mim eu sou o cara com mais sorte no mundo" ele ouviu e se lembrou do carro e da conversa posterior.
Enxugou com raiva a lágrima que caiu e mudou a música e a playlist.
Quando chegou no hotel viu a silhueta da menina na porta do estabelecimento e quis dar meia volta. Mas sem outra escolha, seguiu decidido a passar direto por ela. Outro plano frustrado pois assim que se aproximou ela o chamou.
- O que tá fazendo aqui? - ele questionou
- a gente precisa conversar - ela respondeu
- Eu já disse tudo que eu tinha pra dizer. Não tenho nada a acrescentar. - cruzou os braços em postura defensiva. Não ia dar a chance dela machucá-lo mais.
- É, mas eu não disse nada, Pablo e essas semanas foram intensas e assustadoras. Eu simplesmente não conseguia dormir. Eu anoitecia e amanhecia pensando em você e no porquê de eu ter sido tão idiota em não arriscar. Caramba, eu te conheço quase a minha vida toda, você não é o Pedro - ela falava efusivamente e cheia de movimentos. - E eu deixei a mágoa me cegar. Você não devia pagar o preço pelo que ele fez! Me desculpa. Eu não vim aqui pedir que fique comigo por mais que eu queira, eu vim me desculpar, você não mereceu o tratamento que eu te dei. É, é isso. - ela fez menção de sair, mas interrompeu seu movimento, voltou até ele e disse:
- Só mais uma coisa.
- O quê? - ele inquiriu com o cenho franzido
- Isso - segurou em sua nuca e o puxou para um beijo de tirar o fôlego.
Inicialmente Gavi ficou sem reação, mas logo resolveu aproveitar e agarrou a mulher à sua frente.
Quando a falta de ar os alcançou. Ela sussurrou ainda de olhos fechados:
- Você quer namorar comigo?
- Você sabe que sim - ele devolveu da mesma forma partindo para o segundo beijo daquela noite.

Aquela noite de setembro começou mal e terminou com o xodó espanhol e o veterano croata aquecidos nos braços daquelas que eram parte dos seus desejos mais escusos e de seus amores mais intensos.
Apesar de estarem separados por 18 anos de diferença, Gavi e Modrić tinham a certeza de que a melhor parte de suas vidas começava agora.

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