Capitulo 19

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Olá. Bom dia!!!

Meu Twitter: @dani_savre 

Preparados??


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Eu não sabia se Carina estava falando sério, mas a acompanhei até seu quarto e recebi as peças de roupa que pôs em minhas mãos.

Provavelmente ela sabia que eu não me importaria que me visse trocar de roupa, mas Carina se limitou a me indicar o banheiro e onde poderia guardar minhas roupas e disse que me esperaria no outro quarto.

-Maya, você está ficando louca - balbuciei para meu reflexo no espelho e pela primeira vez encontrei algo em mim que se assemelhava a da pequena criatura que saiu de meu ventre.

Os olhos. O formato era o mesmo. Desde a curva aos cílios.

Foi o momento em que eu precisei admitir estar sentindo medo pela primeira vez naquele dia. Será que Carina olhava para ela e me via?

Balancei a cabeça para espantar o fluxo de pensamentos que viriam e saí do quarto usando um moletom e camiseta de Carina.

As duas riam de alguma coisa e o trequinho estava em pé enquanto Carina estava sentada de pernas cruzadas a sua frente, franzindo o nariz a medida em que o dedinho esticado a sua frente se aproximava.

A coisinha ergueu os olhos - meus olhos - assim que passei pela porta e abriu um sorriso que atraiu o olhar de Carina para mim.

-Venha - me chamou, acenando com a mão.

-Ok - murmurei e me sentei a seu lado.

-Ótimo, escolhe uma cor - pediu e nossos olhares se encontraram.

Linda.

-Hm, a cor de seus olhos - soltei e Carina corou - ou a cor de suas bochechas.

-Ah, cale a boca - balbuciou e me entregou o pote azul - Cake.

-Esse - a menina disse erguendo o pote vermelho.

Carina ergueu o azul.

-O objetivo é ver quem consegue pintar o maior espaço. Não vale passar por cima do desenho da outra e quem ganhar leva um prêmio.

-Sorvete! - exigiu o trequinho.

-Entendeu? - perguntou e assenti - em suas posições... valendo!

Eu estava em uma ponta, Carina em outra e a coisinha no meio, mas assim que Carina deu o sinal para começarmos percebi que não sabia o que fazer e comecei a perder espaço para o trequinho.

-Hey! - protestei e tentei afastá-la com um braço enquanto mergulhava os dedos da outra mão e manchei ao lado de seu desenho.

-Não! - a coisinha protestou e tentou pintar por baixo do meu braço, mas como sou mais esperta que uma criança de três anos, troquei de braço e a afastei colocando a mão suja sobre sua cabeça e pintei com a outra enquanto ela ria e tateava procurando se livrar de mim.

-Eu vou ganhar! - me gabei, mas a menina conseguiu se livrar de mim recuando e passando por debaixo do meu braço para subir em minhas pernas e pintar a minha frente - você está roubando!

Eu sabia que ela provavelmente não estava entendendo meia palavra, mas como a abusada ria, ignorei completamente e a puxei com um braço tentando impedir que ela alcançasse a parede e me tornando vítima de suas mão sujas de tinta.

-É assim? - perguntei, mudando o objetivo de pintar a parede para pintar a criatura, que revidou me sujando mais ainda.

Ela já estava parecendo um duende quando ouvi uma risadinha diferente invadir nosso momento.

With All My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora