Capitulo 51

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Voltei com mais um capítulo graças a Juliana, cafezinho e Clara que passaram o dia comentando e chegaram a 800 comentários 😂 São malucas!!!
Capítulo fofinho dedicado a elas que não são fofinhas, mas ultrapassaram a meta 😂










Eu deslizava o carrinho ansiosamente para longe da ala de doces o quanto mais eu pudesse adiar aquele encontro.

Ao meu lado, Carina remexia nas prateleiras procurando a embalagem certa do alimento.

Dentro do carrinho de compras, Dahlia estava sentada brincando de empilhar a comida.

Era apenas as compras quinzenais para a casa de Carina. O mercado estava tranquilo e não havíamos tido nenhum momento de birra com a coisinha, o que apenas significava que ela estava distraída o suficiente para não notar as embalagens coloridas nos corredores.

-Por que não podemos levar miojo? - perguntei, olhando as prateleiras com macarrão instantâneo.

-Porque eu não quero minha filha comendo essas porcarias enquanto eu puder evitar - falou Carina, concentrada em procurar alguma coisa.

-Porcaria? Isso é comida dos deuses da preguiça, Carina.

-Eu sei, uma porcaria viciante - concordou - nada de miojo para essa aqui.

A encarei, pasma.

-Está dizendo que ela não come nenhuma besteira? Como eu nunca reparei nisso antes?

-Não sei o que está falando, ela come besteiras. Só não essas coisas super industrializadas.

Franzi o cenho.

-Nada de Doritos?

-Não.

-Cheetos?

-Não.

-Coca cola?

-Não.

-Biscoito recheado?

-Eu faço doces, por que deixaria minha filha levar essas bombas industrializadas se posso fazer algo para ela comer?

Escolheu uma embalagem e deixou no carrinho. Andamos.

-E como sabe se ela não come nada dos coleguinhas da escola?

-Não tenho como saber, apenas posso fazer minha parte para evitar que ela faça parte desse sistema alimentício venenoso tão logo.

Ergui uma sobrancelha para ela.

"Sistema alimentício venenoso"?

-Uma hora ela vai comer essas coisas. Sabe disso, não sabe?

-Sei - parou a minha frente com as mãos na cintura - enquanto eu posso cuidar da alimentação dela de forma quase exclusiva, eu cuido para que seja boa. No momento certo vai ser apresentada para tudo isso.

-Entendi - engoli em seco, porque isso me limitava a não comer besteiras perto dela para não incita-la a querer.

O celular de Carina vibrou e ela franziu o cenho ao ver a tela.

-Pegue os tomates para mim, eu preciso atender - disse e se afastou - Alô...

Direcionei o carrinho de compras para onde ficavam os legumes e as verduras e comecei a escolher os tomates.

-Maya, olha - chamou a coisinha e olhei para onde apontava.

As embalagens de comida estavam organizadas por cor. Aquela era uma habilidade normal para uma criança de três anos e meio?

Ela me encarava, esperando minha reação.

-Bem legal, Coisinha.

Ela sorriu e suas covinhas ficaram a mostra.

With All My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora