Capitulo 54

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Desde que começou a me chamar de mamãe, Dahlia não parou mais.

Foi difícil nos separarmos para que pudéssemos ir embora da escola, porque nenhuma de nós parecíamos dispostas a largar o abraço. Eu permanecia chorando e ela agarrada às minhas pernas, até que notei a professora nos olhando curiosamente, louca para que informações fossem soltas quanto ao que estava acontecendo, mas era nosso momento e nada poderia se infiltrar ali.

Por fim, conseguimos nos desvencilhar e enquanto ela buscava a mochila abandonada a meio caminho, eu secava o rosto.

A volta para casa foi cheia de "mamãe isso" e "mamãe aquilo", como se ela tivesse adorado pronunciar aquela palavra e decidisse que menciona-la a cada frase soava perfeito.

Como fazia com Carina, me contou cada parte de seu dia, desde quando a professora fechou a porta com todos os alunos dentro até o momento em que ouviu minha voz enquanto conversava com a Tiffany.

Chegamos em casa e passamos pelo mesmo processo do dia anterior de jantar e fazer o dever, até que quando ela estava ocupada brincando com uma girafa de pelúcia meu telefone tocou e a pessoa que por algum milagre passou o dia quieta surgiu na tela.

-Hey, Carina.

-Maya, me desculpe! Eu simplesmente perdi meu celular - falou, soando quase desesperada.

-Ei, tudo bem - garanti - bem que estranhei o silêncio. Achava que ia ficar em cima de nós o dia todo.

-Eu perdi o celular - repetiu, fungando de leve.

-Mas está tudo bem? Parece cansada.

-Estou um pouco cansada, foi um dia corrido - tombou a cabeça para trás, suspirando, mas logo se recuperou e me olhou com empolgação - faz tempo que não fazia trabalho de campo, acho que vou precisar abrir uma nova loja aqui, mas isso é coisa para se pensar no futuro.

Sorri de lado.

-Adoro seu sucesso, você fica tão feliz quando fala do trabalho.

-Eu amo o que faço - suspirou - mas e vocês? Sobreviveram? Não estou vendo nem ouvindo minha filha.

-Pode-se dizer que sobrevivemos - garanti, erguendo os olhos para buscar pela criança que simplesmente sumiu.

Meu coração gelou.

Silêncio total na casa, nem sinal dela por perto.

-Cake! - chamei, dando um sorrisinho amarelo para Carina e me levantando para procura-la.

-Você a perdeu? - perguntou Carina.

-Só um pouquinho - murmurei, saindo do quarto de brinquedos e vasculhando a casa.

Fui na sala, nada.

Cozinha. Nada

Quarto dela. Nada

Banheiro. Nada.

Só restava...

Abri a porta do quarto de Carina e meu coração parou.

-Garota do céu! - exclamei exasperada ao avista-la em meio a um monte de roupas espalhadas no chão.

Ela ergueu os olhos para mim numa ingenuidade tão grande que comecei a rir.

With All My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora