Caminhava a passos largos pelas ruas de Utah, a temperatura de Salt Lake City fria o suficiente para usar casacos grossos e sentir as pontas dos dedos gelados, mas eu não poderia esperar menos, já que o fim de ano se aproximava apressadamente.Ao telefone, meu chef, era colocado a par da situação da empresa ao qual eu era responsável.
-Não, senhor. Eu troquei a equipe depois do último incidente e devo dizer que eles são muitíssimo mais competentes.
-Espero que sim, Bishop . Não esperava menos de você, que sempre foi devidamente cautelosa.
-Obrigada, Senhor.
Sabia que meu jeito cauteloso havia sido o que fez minha carreira crescer aceleradamente. Eu tinha três vezes mais cuidado que os outros funcionários e isso fazia com que meus trabalhos fossem mais precisos e acertivos.
-No próximo mês devo passar uma semana em Utah para acompanhar a produção e quero que você e a senhorita Hughes tenham os relatórios prontos.
-Eles estarão, chefe.
Parei em frente a porta de vidro da Cookies n Coffee, já podendo sentir o clima agradável que vinha de dentro.
Despedimo-nos e entrei, o cheiro doce invadindo meus sentidos. Olhando no celular, vi que estava quase no horário de Carina chegar com a menina, mas o que vi me surpreendeu.
Carina estava detrás do balcão, recostada sobre a bancada em frente a uma mulher alta e esguia de cabelos lisos presos em um coque. Eu podia ver que usava um avental e tinha o cenho franzido para a mulher que aparentava ser poucos anos mais velha e lhe dizia algo que parecia ser realmente sério.
-Maya! - uma voz fininha ao qual já estava acostumada me gritou e me virei a tempo de senti-la se chocar contra meus joelhos e agarrar minhas pernas.
A puxei para o colo, soltando um breve gemido ao sentir seu peso.
-Ei, coisinha. Chegou cedo da escola hoje, hm?
-É porque eu chorei e a tia chamou a mama - explicou e franzi o cenho, avaliando seu rosto a partir de sua voz dengosa.
Ela tinha a expressão de pura manha. Estranhei. Até onde sabia a menina gostava de ir a escola.
-E por que você chorou?
-Porque eu queria a mama - fez bicou e levou uma mão fechada ao olho direito, o coçando.
Convincente. Eu também queria a mama dela, mas chorar não a faria me levar embora do trabalho.
Eu acho...
Talvez eu devesse tentar um dia.
Lancei um olhar para Carina, que observava minha interação com a filha.
-Muito bem, vamos esperar sua mãe. Acho que ela está um pouco ocupada.
Olhei em volta e localizei uma mesa no canto bem visível a quem estivesse no balcão e exatamente onde haviam papéis e lápis coloridos espalhados.
Me aproximei com a menina e sentei com ela em meu colo.
-Tudo bem, vamos guardar isso para irmos lá para casa.
Estendi a mão para juntar os papéis, mas o trequinho segurou meu braço em um abraço apertado. Olhei para baixo e flagrei seu olhar agoniado.
-Não, Maya ! - chiou.
Franzi o cenho. Aquilo tudo era muito estranho.
-Ei, o que foi?
-Quer ficar com a mama.
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With All My Heart
FanfictionSegunda temporada de With All My Love Formada, com a carreira a mil, me mudando para um novo estado como chefe em uma nova filial da empresa onde trabalhava e todos os meus planos no caminho certo. Perfeito, não é? Exceto por um detalhe: eu não cons...