Capitulo 52

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Hoje é aniversário da peste da Clara, então, dedico a ela esse capítulo ❤️






Carina andava de um lado a outro no quarto verificando se tinha tudo o que precisava na pequena mala que levaria. Havíamos combinado que ela iria sozinha para o aeroporto porque não tinha como carregar Dahlia para lá e para cá a uma distância tão grande sem um carro com uma cadeirinha adequada.

Mais um ponto para eu insistir com Carina de que ela deveria ter um carro.

Havíamos chegado a pouco da escolinha da pirralha, onde Carina  deixou sob aviso de que eu seria a responsável por levar e buscar a criatura nos próximos dias e eu insistia que minha namorada parasse um pouco para fazer seu lanche mais tranquilamente, mas ela estava elétrica em nervosismo.

Sentada na cama comigo, a coisinha olhava com uma expressão confusa a mãe andar atordoada pelo quarto. Então Carina parou.

Nos localizando a encarando de cima da cama, Carina caminhou até nós e disse:

-Bom, está tudo em ordem.

-Então termine de comer para poder ir.

Ela negou com a cabeça.

-Eu como no caminho, estou quase atrasada.

-Então você já vai? - meu coração errou uma batida quando ela assentiu.

-Cake - se inclinou para ficar no mesmo nível que a filha - lembra que a mama disse que precisaria sair uns dias para longe e você ficaria com Maya ?

-Lembro, mama - a menina respondeu, a voz dengosa como se já soubesse que era uma despedida.

-Então, a mama precisa ir agora - suspirou - você precisa obedecer a Maya, entendeu?

-Sim - assentiu.

-Eu volto logo, prometo - falou Carina, lhe deixando um beijo no rosto - vou ligar para vocês toda noite.

-Você tem repetido isso desde que decidiu viajar - a lembrei.

Carina fez bico.

-Estou nervosa - admitiu - nunca fiquei tanto tempo longe dela.

-Ela vai ficar bem, Carina - garanti.

Ela assentiu.

-Eu sei, só... cuida bem da minha filha.

Soou como uma ameaça, mas sorri para ela.

-Vou cuidar. Vá tranquila

Carina suspirou pesadamente, mas assentiu.

-Vou chamar um carro - disse, sacando o celular do bolso - lembre-se, a carteirinha do plano de saúde dela está...

-No armário, junto com os remédios - completei, inevitavelmente revirando os olhos - mas ela não vai precisar.

Carina me olhou um tanto sem graça.

-Não vou matar a criança, Carina - bufei.

-Eu sei que não. Estou nervosa mais por mim do que por isso.

-Eu sei, amor - lhe deixei um selinho nos lábios e seus ombros relaxaram.

-Eu tenho que ir - sua voz soou frágil.

-Vamos com você até a porta.

Levantei e puxei a coisinha para meus braços e ela imediatamente se enganchou em mim.

Carina praticamente se arrastou com a gente até a porta.

Um carro se aproximava. Encarei Carina para ver se era o que estava esperando e ela fez bico, parando a nossa frente e me olhando com os olhos brilhantes de lágrimas.

With All My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora