Livro 02
Como um velho clichê, Jace é aquele garoto considerado badboy; "mau" e pegador entre as garotas.
É quase isso!
Jace Campbell, é o mais cobiçado pelas garotas na faculdade. Mas o mesmo nunca foi visto com ninguém, o que deu uma certa curiosi...
No começo da semana, a Fernanda nos ligou e conversamos sobre o assunto. Percebi que ela é uma boa pessoa, gentil, simpática. E além de que é profissional. Acertamos sobre o salário, e nessa semana ainda, meu pai voltará para casa.
Suspiro por ter algo resolvido. Agora, preciso ficar nos estudos.
Visto minha roupa que havia separado, calço meu tênis e passo somente um hidratante nós lábios e no rosto. Prendo meu cabelo no alto e pego minha mochila, saindo do quarto.
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Coloco meu pijama de calor pois hoje o tempo está quente. Escovo os dentes e faço minhas necessidades antes de sair do banheiro, apagar a luz e fechar a porta.
Eu não havia visto Jace de manhã, nem nas salas por causa de não termos nenhuma matéria juntos hoje, e não o vi no refeitório com o Collin. Passei os intervalos somente com as gêmeas.
Olho para o quarto percebendo que o mesmo não está por aqui. Suspiro e vou para minha cama, pegando meu celular e ligando para meu pai. Converso com ele por um bom tempo, e desligo em seguida.
Pego meu livro e continuo a leitura. Estava tão atenta com cada palavra que passava diante dos meus olhos, que nem percebi que Jace havia entrado no quarto, somente percebi por causa do barulho da água em contato com o chão.
Tempo depois, ele sai do banheiro vestido e secando os fios com uma toalha menor. O observo se sentar em sua cama e focar o olhar para o nada, pensado em algo.
Analiso seu corpo, e paro meu olhar em seu braço que está exposto por causa da manga curta da blusa. Por sua pele ser clara, posso ver perfeitamente, algumas marcas roxas no local.
Encaro Jace, percebendo que seu rosto está com expressão assustada e angustiada.
— Jace — largo meu livro e me levanto, indo até ele — o que houve?
Seu olhar se encontra com o meu, e posso ver seus olhos vermelhos. Ele balança a cabeça em negação enquanto os fecha com força. Pego seu braço delicadamente, passando meu dedo levemente pela mancha roxa. Tem algumas marcas de unhas.
Penso um pouco, e junto as peças. Karen.
Jace fica nervoso e parece outra pessoa quando ela está por perto, ela é ex- namorada dele, faz de tudo para ficar perto do garoto, mas os trigêmeos a impedem.
Balanço a cabeça em negação ao chegar em uma conclusão. Me levanto e vou ao banheiro procurar por minha bolsa onde guardo remédios.
Abro e procuro por uma pomada própria para passar em seu braço.
Devo agradecer Dona Maria por me entregar essa mini farmácia antes de me mudar.
Volto ao quarto e me abaixo abrindo o tubo, passo o gel um pouco gelado no braço de Jace que apenas observa calado. Deixo a pomada na minha cama e paro em sua frente, abrindo os braços.
Ele me encara, antes de passar os braços timidamente por minha cintura. O puxo para mais perto, deixando sua cabeça perto dos meus seios por causa da nossa diferença de tamanho.
Acaricio seus cabelos tentando de toda forma, lhe passar calma e carinho. Ficamos assim até eu sentir sua respiração calma. Me separo um pouco pensando que ele dormiu, mas seus braços me apertam mais forte.
— Calma, vamos deitar. Fica mais confortável — digo calma, e um pouco relutante, ele se separa.
O ajudo a se aconchegar na cama e quando o feito, pego a toalha que ele estava usando antes, e vou até seu banheiro deixando-a no local próprio sem reparar muito no local para não ser muito invasiva.
Volto e o vejo encolhido na sua cama, mexendo nos dedos. Deixo meu celular em cima da mesa de cabeceira e apago meu abajur, me acomodando debaixo do fino lençol.
O trago para mais perto, depositando sua cabeça sobre meu peito e acariciando seus fios enquanto o observo.
Minha família sempre diz que eu sou muito carinhosa até com quem não conheço, gosto de ajudar as pessoas independente do acontecido. Gosto de vê-los sorrindo, sei que um sorriso não significa que está tudo bem, mas eu me sinto feliz por pelo menos tirar isso daquela pessoa.
Isso acontece comigo e Jace. Nos conhecemos por quase dois meses, o ajudo sempre quando o vejo diferente. Me preocupo quando não o vejo e agora, vou fazer de tudo para "protegê-lo" de Karen.
Estava tão perdida em pensamentos, que não vi a mão do garoto acariciando meu seio por cima do tecido. Olho para seu rosto, vendo-o com o olhar vago, não parecendo perceber que sua mão se encontra alí.
Me lembro do último acontecimento entre nós, e suspiro.
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Desculpem a demora, ontem começou a chover quando fui escrever e eu não toquei no celular por causa dos relâmpagos.
