Capítulo 33

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"Se sou arte
Porque me toca?
Se sou flor
Porque me apanha?
Se sou ave
Porque me prende?
Se sou poesia
Porque me rasga
Se sou livre
Porque me prende?"

Meus amores eu começo a escrever um capítulo normal e assim do nada surge um hot 🤪
Então, se preparem o clima esquentou 🔥🔥🔥

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

- Por Luana Tavares -

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- Por Luana Tavares -

       Não sabia mais como lidar com tanto silêncio, me sentia sozinha, não consegui sair nem pra caminhar, sempre fui extremamente preguiçosa e houve uma altura da minha vida em que estava depressiva (um pouco depois da Ayanna nascer), comecei a frequentar um ginásio porque a Katiana insistiu que o fizesse, no fim do terceiro mês desisti porque àquilo estava a fazer-me mais mal que bem.

        Ao vir pra Chicago não aguentava ficar o dia todo fechada, eu estive por meses trancada precisava de estar com pessoas, ouvir o riso de crianças, esbarrar em alguém ou então ficar simplesmente olhando pra elas, aí eu comecei por caminhar todas as manhãs e aos fins de tarde, haviam vezes até que corria um pouco (pela primeira vez na vida corria por iniciativa própria), só pelo facto de estar em liberdade era gratificante pois a única pessoa que se preocupava em falar comigo era o Hakim (eu não o respondia, mas ele não deixava de falar pra mim). E ainda que fosse por uns breves minutos eu ansiava por aquele momento em que ele vinha ver-me.

       Essas vinte horas que nunca mais acabavam deixavam-me ansiosa. Por várias vezes peguei no telemóvel para ligar pra ele mas voltei a pousa-lo depois que não me ocorreram idéias suficientemente lógicas para o fazer sair do trabalho correndo para vir ficar comigo porque estava quase tendo um ataque de ansiedade.

         Tentei me focar em preparar o jantar porque o almoço já estava perdido (estava a tornar-me perita em ficar sem comer). A mãe do Hakim foi impecável em ter deixado comida suficiente para um mês.

         Eram quase nove da noite, consegui jantar depois do banho e estive quase o tempo todo à janela controlando pelo momento em que ele fosse chegar, o vi descer do carro, quando esteve aqui mais cedo não tinha reparado em como estava vestido, mas agora conseguia ver que usava um terno preto de bom corte, camisa branca e gravata preta (qual é o problema desse homem com preto? Desde que chegamos à Chicago está sempre de preto!).

       Fui correndo abrir a porta, fiquei no batente a espera que ele chegasse, quando ele viu que eu estava a sua espera na porta arqueou uma sombrasselha.

-Há quanto tempo estás aí? - Ele pergunta com um meio sorriso

-Vi você chegar pela janela... - Digo enquanto ele entra já tirando a gravata e o paletó deixando em cima do sofá, achava que fosse sentar mas depois de eu fechar a porta ele voltou pra onde eu estava e agarrou-me pela cintura.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora