Capítulo 51

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"Porque é cruel demais saber
Que a vida é única e que não
Temos como garantida se não
A fé, então respondo com a
Pureza de uma alegria indomável!
Recuso-me a ficar triste"





Capítulo não revisado. Pode conter erros.


- Por Luana Tavares -

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- Por Luana Tavares -

Depois do ano novo os meses passaram correndo na sua ordem natural, o Inverno se tornara Primavera, o Hakim ficava aborrecido por estar separado do meu processo de gestação (para ele, ele também devia sentir tudo que eu sentia), e eu tinha inveja dele por eu estar enorme enquanto ele continuava com a mesma silhueta.

        Aquela pequena vida que desabrochava na minha barriga e que agora me dava cotoveladas e me pressionava a bexiga com os pés, seria um jogador de futebol dizia o Hakim, afinal ele sempre esteve certo, eu esperava por um rapaz e devia ser grande porque a minha barriga que aos três meses era inexistente, aos seis meses parecia que eu ia parir a qualquer momento.

       E depois veio o Verão, esse que se tornou especial pra mim. Na verdade era novidade pra mim e pra minha filha. Vimos o céu ficar claro até tarde, sentimos o calor apertar (era bem quente mesmo).

Fazia várias caminhadas até ao lago Michigan, era incrível o que as mudanças de estações traziam consigo. O lago Michigan ficava repleto de de barcos à vela o que era raríssimo de ver em outras estações. Tínhamos as nossas vidas exteriores a vento e popa, consegui um trabalho temporário na Câmara Municipal onde trabalhava a mãe do Hakim, eles precisavam de ajuda com os arquivos, e como era o processo de transformação em dados no computador não exigia muito esforço e era temporário porque eles não tinham assim tantos arquivos. Eu gostava porque mantinha-me activa e não dependente de ninguém.

Andavamos a procura de uma casa maior porque seríamos 4 agora e nem o apartamento do Hakim, nem a casa da minha sogra era grande o suficiente. E também estavamos loucos para voltar a nossa privacidade, andavamos a abusar já há 6 meses eu consegui convencer a minha sogra dizendo que iriamos encontrar uma casa grande o suficiente que ela teria até um quarto para ela ficar quando quisesse.

Era o último mês da minha gestação, a qualquer momento o meu filho ia nascer. Eu estava calma, era o segundo filho que traria ao mundo, o mesmo não podia dizer do Hakim. Este que andava nervoso, embora não tivessemos qualquer controlo sobre os acontecimentos acabamos ficando com a sensação de estar tudo sob controlo e que planeamos tudo ao pormenor mas no fim as coisas nunca correm como o planificado.

No fim do dia de 11 de Junho senti as primeiras contrações dolorosas. Eu já andava a procrastinar o dia todo, mas agora vieram com força. Desci as escadas me apoiando pelo corrimão, o Hakim devia estar a voltar do trabalho e a minha sogra estava a preparar o jantar com a Ayanna. Não aguentava mais e soltei o primeiro grito vieram as duas correndo da cozinha, e no exato momento que ele abria a porta a minha bolsa estourou.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora