Capítulo 48

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"Arranca metade do meu
Corpo, do meu coração
Dos meus sonhos. Tira
Um pedaço de mim, qualquer
Coisa que me desfaça.
Me recria, porque eu não
Suporto mais pertencer
A tudo, mas não caber
Em lugar algum"

José Saramago

Capítulo não revisado.Pode conter erros.

- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

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- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

O universo parece trapaceiro, e muitas das vezes achamos que somos movidos pela sorte e por azares, quando na verdade as coisas não são bem assim.

Tudo tem haver com àquilo que fazemos segundo a Sua vontade, no entanto, nós somos e sempre seremos donos da nossa vontade. E acredito que este é e sempre será o nosso maior poder, o de livre arbítrio, o poder de escolha.

Mas Deus sempre espera que as nossas decisões sejam as mais acertadas, ou seja nós podemos sempre ignorar os Seus sinais mas temos é de saber suportar as consequências. Eu estava chateado com a vida, com o universo, com tudo achando que nunca mais a teria. E no momento em que pedi a Deus que não permitesse que ela se fosse, ela acordou.

Já tinham passado mais de trinta minutos desde que começaram a fazer-lhes os exames, embora me dissessem que era mais do que normal aquele tempo de espera mesmo sendo um caso "fora do normal" e que eu já havia esperado por quase um mês, era inevitável começar a panicar com tanta demora e indefinição.

No entanto, a Luana parecia tranquila.

- O Senhor pode entrar - Olhei para a enfermeira apavorado - Senhor Cavil? Já pode entrar, a sua namorada não parou de perguntar quando o senhor iria entrar. - fala e põe-se a caminhar pelo enorme corredor.

Eu mal aguentava-me em pé, estava trêmulo e comecei a suar por todo lado. Quando abri a porta o Dr. Will estava de saída, era o único que ainda estava no quarto com ela.

- Um verdadeiro milagre! Ela é uma mulher extraordinária. Que sorte Henry! Presumo que queiram ficar sozinhos, nada de fortes emoções. Eu volto para tentar explicar esse milagre... Ainda não encontrei explicações lógicas - fala o Dr. Will ao passar por mim, sai e fecha a porta.

Eu continuava imóvel no mesmo lugar, com fortes palpitações.

- Amor... - ela chamou por mim com a voz tão doce e meiga, os olhos mais lindos que eu já vi sorrindo pra mim. Curri como um louco até a cama dela e abracei, abracei tão forte, ela soltava pequenos soluços. Eu parecia uma criança de tão feliz que estava, comecei a depositar pequenos beijos por todo o seu rosto e ela soluçava agora com pequenos sorrisos. - Amor... - voltou a chamar por mim.

- Sim - respondi, a minha voz ficou embargada e as lágrimas começaram a escorrer lentamente pelo rosto, me ajeitei para que ela não me visse chorar. Ela pegou o meu rosto com as suas mãos delicadas e beijou-me. Um beijo cheio de significado e emoção. Quando a soltei ela estava tão linda e erradiava uma luz só dela. - O teu coração parou de bater Luana... - limpa-me as lágrimas com o polegar

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora