Capítulo 39

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" Minha'lma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver! Não es sequer a razão do meu viver. Pois que tu es já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é fragil, tudo passa...
Quando me dizem isso, toda a graça
Duma boca divina fala em mim

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah! podem voar mundos, morrer astros. Que tu es como o Senhor:
Princípio e o fim"

Florbela Espanca

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

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- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

- Hakim... - olhei para a minha mulher que chamava por mim, tinhamos chegado ao apartamento em meia hora. Elas estavam a terminar de colocar a mesa do jantar e eu fiquei com a missão de escolher um filme que fosse de acordo com a idade da Ayanna. Escolhi a Idade da Pedra III. Mas fiz tudo isso no automático, era suposto ser um dia alegre, mas a atitude da minha mãe com a Luana deixou-me apreensivo. - Hakim?? - Ela volta a chamar.

- Sim am... Luana

- Estava a chamar-te faz tempo - ela fica me olhando a espera de uma resposta

- Desculpa Lú... Mas diz-me, o que se passa?

- Estava a chamar-te para nos sentarmos pra jantar. - fala num tom calmo.

Levantei-me, fui lavar as mãos ao banheiro, quando voltei encontrei ela e a filha falando sobre a angariação de fundos. A minha mãe conseguiu ganhar o coração da Ayanna, ela tecia vários elogios sobre como a mais velha a tratou. A Luana não fazia esforço nenhum para esconder o seu cepticismo, não a podia culpar afinal até a bem pouco tempo encontrava-me um pouco aborrecido com ela também.

Depois do jantar fomos nos sentar na sala, a Ayanna sempre preferia ficar no tapete. Meia hora depois estava jogada dormindo. A mãe levantou-se para a levar mas não aguentava com o peso, a situação era a seguinte: a Ayanna havia crescido (pouco) no tempo em que a Luana esteve em cativo e a Luana estava magra. Mesmo depois de um mês livre não conseguia recuperar o peso, e por ter perdido alguns meses do crescimento da filha ela tentava de alguma forma repor, ou compensar o facto de não ter estado presente.

Quando ela contou-me como se sentia lamentei muito por ela achar que tem culpa de tudo o que aconteceu. Hoje ia tentar fazer com que ela aceitasse a minha oferta de se consultar com o meu psicólogo.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora