Capítulo 45

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Sou a favor de todo tipo de amor❤, os temas abordados nesse capítulo, são tratados com alguma delicadeza e sensibilidade. Se de alguma forma lhe causar desconforto, por favor não continue ou salte para o próximo capítulo.

"Amo como ama o amor
Não conheço nenhuma outra
Razão para amar, senão amar,
Que queres que te diga
Além de que te amo. Se o
Que quero dizer-te é que te amo"

Fernando Pessoa


Capítulo não revisado. Pode conter erros.

Atenção que é hot 🔥🔥🔥

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Atenção que é hot 🔥🔥🔥

- Por Abul Rashid -

Eu a tinha novamente comigo, mas não senti-me exatamente como esperava. Ela estava diferente, eu estava diferente, não consegui sentir a mesma atração que tive quando estavamos em Catar, era para a ter feito minha assim que ela voltasse a estar a minha mercê, mas eu não a desejava com a mesma intensidade.

Olhava pra ela e não a via da mesma forma, era como se ela tivesse perdido o encanto. Mas, a pesar de não a desejar da mesma forma, ainda assim eu não queria e nem podia deixar ela livre para viver feliz com o meu irmão. Era algo que me incomodava profundamente e não podia simplesmente deixa-los "viverem felizes para sempre" quando eu nunca soube o que é ser feliz.

Peguei no copo de Ballentinnes (whisky) e dei um gole, fui até a janela e fiquei olhando para o nada. Quando comprei esse imóvel parecia a coisa mais certa a fazer naquela altura, mas agora vejo que nada do que fiz foi porque realmente era importante pra mim, fiz simplesmente porque estava tentando provar o meu valor a todos.

Lembrei-me da criança que fui... Eu não era uma criança feliz, mas tinha sonhos diferentes dos que tenho actualmente. De um momento pro outro me vi tentando ser melhor que o meu irmão em tudo, eu amava o Hakim, mas era constantemente comparado com ele pelos meus pais... (tu deves ser melhor que ele, dizia a minha mãe. Porquê tu não es mais como o seu irmão? Perguntava o meu pai. Eu era só uma criança tentando agradar os pais e... E nem percebi quando tornei-me nesse Abul ganancioso, antipático, cheio de ódio pelo próprio irmão). Eu só queria que eles me amassem sem ter de estar o tempo todo em competição com o meu irmão.

Hoje vejo-me a desejar a morte dele, porquê? Eu sequer faço idéia. Mas não consigo tirar esse desejo de dentro de mim. É como se, com a morte do Hakim tudo na minha vida será como devia ter sido desde o início.

Eu devia ser o primogênito, eu devia ser herdeiro do meu pai por direito, e não somente porque o meu irmão foi "solidário" comigo e abdicou de tudo. Eu devia ser merecedor de tudo que é meu.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora