Capítulo 47

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"...Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante
Eras o universo...
Agora que te tenho
Es só do teu tamanho
Estavas-me longe na alma
Por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma
Que eu a não sentia
Só quando o meu ser te perdeu
Vi que não eras eu..."

Fernando Pessoa

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

- Por Luana Tavares -

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- Por Luana Tavares -

Não conseguia ver nada, estava escuro, e sentia o meu corpo ser puxado por algo como se estivesse num lago lamacento, fiquei aflita sem entender pra onde estava indo. Mas depois já não era escuro, a primeira coisa em que eu senti foi o cheiro: fresco, puro, flores com um ligeiro aroma de limão.

Era uma sensação muito agradável, e a luz era brilhante e suave ao mesmo tempo, nao conseguia ver exatamente a sua origem, mas sabia que vinha do céu. Quando voltei a enxergar direito era um vale extenso, muito verde cheio de flores e repleto de borbuletas, sentia uma tranqüilidade infinita. Onde Eu estava?

A última coisa que me lembro é das duas esferas azuis, eu amava aquele azul, mas estavam tristes. Eu lembro-me de estar triste naquela altura, mas agora sinto-me bem, é uma sensação boa.

Voltei a fechar os olhos inspirando pelo ar puro que agora me cercava era maravilhoso, a Sua obra é tão maravilhosa Senhor.

- Luana por favor volte pra mim! - era o Hakim, fiquei procurando por ele naquela imensidão e não o achava.

Eu estava bem, porque ele estava chamar-me? Eu vejo Ele* em todas as coisas ao meu redor, Ele* está o tempo todo aqui. Já não sinto-me agustiada ou ansiosa. Eu quero ficar aqui. Com Ele*.

Não sei quanto tempo estou aqui, não importava-me de ficar aqui pra sempre. Será que todos que morrem vêem pra esse lugar? Eu tinha tantas questões...

- Mãe por favor, você prometeu que não ia me deixar... Eu não tenho ninguém agora. - Era a minha pessoa pequena, Deus... que dor! Era doloroso ouvi-la e não conseguir ve-la.

Porquê continuo ouvindo todo mundo se estou morta?

- Vá - Virei-me para ver àquela voz desconhecida mas me era tão familiar, quando a vi parecia ter voltado aos meus 12 anos

- Mãe? - era a minha mãe, vestida com roupas simples mas com azas, era linda. Corri para os seus braços e chorei, chorei copiosamente

- Minha menina linda... - ela fala me apertando forte nos seus braços, ninguém nunca me amou tanto como ela. E se existe um amor no mundo que quase se aproxima ao amor de Deus por nós, é o amor de mãe. - Você precisa voltar pra eles filha.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora