Capítulo 35

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" Eu já não espero
Sou aquele
Por quem se espera
Sou eu e minha mãe
A esperança somos nós
Os teus filhos
Perdidos para uma fé
Que alimenta a vida"

Agostinho Neto
(Sagrada Esperança)

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

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- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

Nunca irei compreender àquelas pessoas que não gostam de outras pelo simples facto de serem diferentes ou sentirem-se ameaçadas. Eu sei que a Katiana não gosta de mim, e está tudo bem ela não gostar, ninguém é obrigado a gostar do outro só porque sim. Da mesma forma que eu não posso odiar alguém sem uma razão aparente, ela sequer deu-se a oportunidade de conhecer-me e já foi fazendo juízos de valor só pelo olhar.

Não me incomoda o facto de ela não gostar de mim, incomoda-me se de alguma forma ela consiga influenciar negativamente a Luana, eu sei e sinto que ela também me ama, mas também sei que a Katiana exerce muita influência sobre a ela.

Viemos o caminho todo do aeroporto até aqui sem eu falar com nenhuma das duas, sei que estavam a falar de mim (a Luana tentou emendar, mas sei que eu era o assunto).

Ia explicando uma ou outra coisa à Ayanna sobre Chicago, ela é tão inteligente e curiosa, criamos uma ligação quase imediata que eu já a quero adotar como minha, é uma menina linda e educada.

Quase não se parece em nada fisicamente com a mãe, é tão segura com as palavras e fala tudo o que lhe vai na alma, ela está a fazer um excelente trabalho com a criação e educação da filha.

Ajudei-as a levar as coisas para dentro do apartamento, despedi-me delas e pedi que a Luana me acompanhasse até ao carro.

- Tudo bem? - ela Pergunta-me com aquela ansiedade típica dela. - Hakim?

- Espera, vamos falar no carro... Vamos! - Ela subio no carro contrariada.

- Sobre o que você ouviu não... - Não a deixo terminar

- Não quero falar sobre isso agora! Mandei-te subires para dar-te isso - tirei do meu bolso as duas embalagens uma com os contraceptivos e a outra com a pílula do dia seguinte.

Sentia-me terrível, nunca levei uma mulher ao meu apartamento onde estava a Luana, sempre tive os meus encontros em moteis. Quando vim ter com ela ontem não imaginava encontra-la tão receptiva a mim.

Tudo com a Luana é urgente e intenso, os momentos são únicos como se eu não fosse ter uma segunda oportunidade, eu me comporto como um adolescente quando a minha lucidez desaparece. E voltei a cometer o erro de não levar preservativos.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora