Capítulo 32

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"Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dento de nós"

Agostinho Neto

Capítulo não revisado. Pode conter erros.

- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

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- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim) -

       A priori eu já tinha noção que a reação dela seria desoladora. Não sabia como a pôr tranquila, o olhar dela mudou totalmente.

- Você falou que o seu irmão mandou o seu antigo segurança à Calomanhengue para sequestrar a MINHA FILHA?? - ela levanta-se muito rápido e volta a cair sentada. Eu levanto-me e vou ter com ela pegando em suas mãos.

- Calma Lú, calma...

- Não! Não me mande acalmar! O seu irmão é um psicopata perturbado que se regozija com o sofrimento alheio. EU VOU MATA-LO! - ela levanta novemente, e começa a andar em círculos. Eu vou novamente ter com ela e a paro.

- Ele não vai chegar perto da Ayanna. - digo e ela olha pra mim como se eu estivesse delirando.

- COMO HAKIM? COMO?

- Eu mandeia-as vir à Chicago Luana. A Katiana está a traze-la, hoje mesmos sairão de Calomanhengue. Não as posso proteger lá, mas aqui ele não vai chegar perto de vocês. Ele não a fará mais mal. - É, eu sei da sua aflição meu amor.

         O declínio é algo que pode revelar-se difícil de medir, sobretudo quando somos apanhados no meio. Eu estava na frente de uma mulher que no dia anterior erradiava luz, e agora eu olhava pra ela e tive medo.

       Ela parecia uma Leoa que lhe foi tirada a cria. Tive a impressão que os olhos castanhos escuros dela estavam agora num tom mais negro e olhava fixamente pra mim.

- Você as mandou vir pra cá? - falou num tom quase imperceptível, tenho a certeza que na cabeça dela estava a pensar nas diversas formas de matar o Abul, porque é o que eu queria fazer.

       Peguei na sua mão e conduzi-a até o sofá e voltamos a nos sentar.

- Mandei, elas já devem estar no aeroporto. - ela continuava com o mesmo olhar.

- Porquê a Katiana não me disse nada? - ela pergunta ainda desconfiada com o sobrolho franzido.

- Ela não teve tempo! Eu pedi que fizessem tudo às pressas, e eu é quem fiquei com a responsabilidade de te contar. Sei que como mãe a última palavra devia e deve ser sempre sua mas não podia esperar até vir pra aqui contar-te e depois ligar pra sua amiga.

- Elas estão bem?

- Elas estão bem Lú, tu podes ligar pra elas agora... - Vi quando ela baixou todas as suas guardas e ficou com o mesmo olhar que tinha no primeiro dia em que a vi. Senti o meu coração doer, não suportava a ver assim.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora