"A minha poesia
Apessar de pouca e rala,
Cabe na tua boca,
Dentro da tua fala,
Apesar de leve e rouca,
Chora em silêncio
Mas nunca se cala,
E apesar da língua sem roupa
Não engole papel
Cospe bala"Sérgio Vaz
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
- Por Henry Cristiano Cavil (Hakim)
Não conseguia descrever nem distinguir o que estava a sentir quando ela mandou-me sair. Estava dentro do carro, no para e arranca a que obrigava os semáforos. Estava arrasado, sentia-me horrível, culpado, arrependido... mas não sabia qual o sentimento que resultava daquela junção de sensações.
Tudo fica mais fácil quando sabemos exatamente o que estamos a sentir, eu nunca havia falhado com ninguém que amava, e o pior é que só agora consigo ver que estava a ser manipulado pelo Abul.
Eu caí na armadilha dele e magoei a Luana. O que me leva a ter a certeza de que ele sempre soube que eu e ela estavamos juntos.
Quando queremos uma resposta e uma explicação para justificarmos as nossas acções elas sequer existem, tornando tudo difícil. A interpretação acabará sempre por ser um pouco subjectiva.
Eu próprio não sei como deixei-me levar por um sentimento tão baixo e acusei-a tão rudemente. Ela não me vai perdoar.
Estou estacionado há precisamente vinte minutos, não consigo descer do carro. Tenho de contar tudo à minha mãe e enfrentar a sua decepção. Ela tem um tipo de mentalidade parental brilhante, tem uma espécie de neutralidade quase impossível de derrubar ou perturbar, não emite juizos de valor imediatos e muito raramente ela dá palpites. Mas eu havia feito "merda" e merda da grossa.
- Hakim... - olho pra janela e é a minha mãe. Desço do carro e a abraço.
- Oi mãe...
- O que se passa filho? O que você estava fazendo trancado no carro há mais de dez minutos? - pergunta
- Nada mãe...
- Eu sou sua mãe Henry! Se não quiseres falar tudo bem, mas não minta pra mim! - me repreende
- Está bem mãe, podemos entrar eu vou contar tudo pra senhora, só preciso de um banho. - a respondo.
- Vamos filho... - Ela diz pegando na minha mão pra dentro de casa.
A minha mãe nunca gostou de luxos, por mais dinheiro que os meus avós possuíssem, eles sempre levaram uma vida simples. Isso se reflete na casa em que a minha mãe vive. É simples nos subúrbios de North Side (Chicago, Illinois) Magnificent Mile. Desde que nos mudamos pra aqui ela nunca quis chamar atenção desnecessária, e tem sido assim desde então.
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Luana, a Vendida (Concluída)
ChickLitQuanto de nós é exigido na vida? De certeza que será bastante. Até que ponto seríamos resistentes? Qual é realmente a nossa missão de vida, o nosso propósito? Qual era o nosso limite? O que resta no fim de tudo? O mundo pode ser cruel, arbitrário, b...