Capítulo 52

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"Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
Enfim,
Tem de ser devagarinho, Amanda,
Que a vida é breve, e o amor mais breve ainda... "

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- Por Luana Tavares -

Por vezes aparece-nos grandes desafios que nos são impostos pela vida e nós achamos que nunca os iremos superar, a verdade é que nada acontece por acaso, não foi por acaso que fui sequestrada, nem foi um "acaso" eu ter sido salva pelo Hakim, hoje acredito que nós estavamos destinados a nos encontrar, e não importava sob que circunstâncias. Eu devia encontra-lo e ele a mim.

Foi o nosso amor que fez-me superar os meus traumas, os meus medos, as minhas incertezas e as minhas fraquezas, tudo que fazia-me retroceder... Desde que nos conhecemos sempre deixamos claro os sentimentos que tínhamos um pelo outro, mesmo no início quando ele só me queria ajudar, não víamos, mas nós já estavamos ligados por um fio intransponível e inquebrável.

Acredito que o amor é desenhado na forma de círculos, nunca ninguém sabe exatamente como ou quando começa e quase nunca acaba. Já tinhamos dito várias vezes que nos amávamos com olhares, gestos, atitudes e até nas entrelinhas. Os gestos sempre disseram-me mais que as palavras, havia deixado de valorizar tanto a palavra amo-te depois de terem feito o meu coração em pedaços e tive de o reconstruir by myself*. Com o Hakim, foi tão fácil a verbalizar, tinha um significado fora do normal, e sempre que o ouvia dizer desde o primeiro dia até hoje faz-me sentir borboletas no baixo ventre, como se ativasse gatilhos para todos os meus sentimentos.

Não existia ninguém no mundo capaz de fazer-me sentir tão bem como ele.

Estava em frente ao espelho no quarto de hóspedes da casa da minha sogra, não acreditava que a mulher no espelho era eu. A Luana Tavares, de hoje em diante seria Luana Tavares Cavil, havia mudando tanto no último ano. Ganhei peso e conseguia ver o meu brilho interior, o brilho da cor da minha pele (eu reluzia). Sentia-me a mulher mais bonita do mundo.

- Uau Lú! Amiga tu estás lindissima! Nem pareces aquela menina confusa... - exclama a Katiana atrás de mim e nos rimos às três.

- Nossa... Pareces uma rainha! Tão linda, tão perfeita. - diz a Marlene, que se junta a nós, e ficamos as três em frente ao espelho. Eram as irmãs do coração que eu ganhei. E as duas eram as minhas damas de honor, usavam exuberantes vestidos nudes castanhos de decote fundo (estavam lindíssimas).

- Luana filha, o Hakim já ligou pra mim umas vinte vezes, você tá pronta? - a minha sogra entra no quarto perguntando, ela era minha mãe agora, incrível como as duas mudamos e descubrimos que não éramos tão diferentes como outrora achavamos.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora