"Nada melhor que a luz do Sol para iluminar onde a escuridão faz vez
Irradiar em todo tipo de dor
Aliviar o que nos rasga por dentro
Para dar esperança, a todo estado vegetativo e nos lembrar
Que se estamos vivos
Devemos nos permitir sentir
Não só a luz
Mas todo o brilho "Paula Quintela
Capítulo não revisado. Pode conter erros.
- Por Luana Tavares -
Estava de volta ao quarto úmido, sentei-me, abracei as minhas pernas e pousei a cabeça sobre os joelhos (não era uma tarefa fácil, com o tanto de feridas que tinha nas costas) cada vez que me dobrava sentia me dilacerar. O meu peito arfava como se tivesse estado a correr. Eu acabava de perder o Hakim, ele nunca mais vai olhar pra mim e porquê? Porque o Abul colocou uma situação totalmente fora do contexto e o Hakim não me quis ouvir, eu perdi o homem da minha vida e a única pessoa que me poderia ajudar. Ele acha que o menti, Meu Deus o que eu vou fazer?
Levanto-me e começo a andar pelo quarto minúsculo, estava desesperada. Comecei chorar e a gritar o mais alto que podia, a dor física que senti quando o Abul estava a chicotear-me não se compara a dor que estou a sentir agora, a dor e decepção que eu vi no olhar do Hakim foi pior que tudo que eu já passei aqui (ele me odeia) eu vou morrer aqui e ele nunca vai saber a verdade. Eu não consegui fazer com que ele me ouvisse, eu não sei o que aconteceu naquele dia o meu corpo me traiu eu não sei explicar... Ele nunca me entenderia... Eu precisava dizer que o amo. Deus como dói! Porque doi tanto Senhor?
Continuei chorando e gritando até não mais poder, já tinham desligado àquela lâmpada que parecia um Sol, estava escuro, não tinha água, eu estava desidratada, sentia a minha garganta seca e os meus lábios ressecados. Não percebi quando fui vencida pelo choro, pela dor e pelo cansaço, apenas apaguei.
Ouvia uma voz bem no fundo chamar por mim, quando despertei ainda atordoada conseguia ver a Sara.
- Menina Luana precisa levantar, tem o curativo sujo com sague. A menina quer matar-se? Se fizer isso nunca mais verá a sua menina! - Eu não conseguia falar, doia-me a garganta.
- Água... - Foi a única palavra que saiu da minha boca.
- Tome, beba. Não vais poder comer hoje! O menino Abul disse que a Luana está de castigo, e como ele não pode voltar a bater a menina vai ficar sem comer. Mas eu tentarei trazer mais tarde alguma coisa pra comeres. - Ela fala enquanto me ajuda a beber água.
- O...Hakim? - Pergunto sem ter nenhuma esperança que ela responda.
- Foi embora! Não sei o que a menina disse ou fez, o menino Hakim não voltou pra casa ontem. O menino Abul disse que ele voltou para os Estados Unidos. - O meu mundo acabava de se abrir ao meio, não havia mais nada do que eu podesse fazer. Estava tudo acabado. Ele sequer me ouvio, como ele diz estar apaixonado por mim e vai embora sem dar-me o benefício da dúvida? O que eu vou fazer? Como farei para sair daqui?
- Ajuda-me a levantar Sara... - A peço e ela segura a minha mão, estava sem as ligaduras então tinha os seios de fora. Queria sair daquele lugar, não conseguia sequer dar um passo. - O que vocês põe na água? - Pergunto começando a ficar tonta.
- Sonífero. O menino Abul não quer mais que a Luana fique circulando. Agora que o menino Hakim foi embora a menina vai voltar para mansão quando estiver melhor das costas. Mas vai ficar o tempo todo a dormir e sem comer.
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Luana, a Vendida (Concluída)
ChickLitQuanto de nós é exigido na vida? De certeza que será bastante. Até que ponto seríamos resistentes? Qual é realmente a nossa missão de vida, o nosso propósito? Qual era o nosso limite? O que resta no fim de tudo? O mundo pode ser cruel, arbitrário, b...