Coronel 🥷
Depois de comer eu sai pra área do churrasco que era perto da piscina e me sentei ali sozinho, liguei pro Gaspar e fiquei observando os bagulhos ali até ele atender.
"Gaspar: Qual b.o? - Falou assim que atendeu.
Coronel: A vó da tua mulher tá aqui falando que se tu não vim trocar uma ideia com ela em uma semana, ela vai atrás de tu e tu vai levar maior coro!
Gaspar: Tá maluco? O que eu fiz? - Falou rindo.
Coronel: Meteu filho na barriga da neta dela aqui.
Gaspar: Tô fudido então, papo reto.- Falou rindo e eu neguei sorrindo de lado.- Só vou final do mês filho, namoral.
Coronel: Ainda não entendi essa tua marola de não querer vim agora. Um dia a mais ou menos nessa busca do Fábio não vai achar ele assim, ele tá escondido bem pra caralho! A única pista que a gente tem é que tá na Paraguai, bagulho não é pequeno.
Gaspar: Eu tô ligado... Se o celular da Andressa não tivesse perdido o sinal, eu já teria fudido com a vida dele! - Falou bolado.
Coronel: Esquece por uns dias, vem pra cá pô! Tu tá ligado que nem eu queria vim, mas é importante pro teu próprio filho a gente tá aqui, tá fazendo bem pra Luana.
Gaspar: Jae cara, vou resolver uns bagulhos aqui."
Ele desligou na minha cara e eu coloquei o celular na bancada, vi a Luana saindo de casa e ela me olhou, sentando do meu lado.
Luana: Minha vó perguntou pela Alice...- Falou me olhando.- E eu também queria saber o que aconteceu com ela.
Coronel: No papo reto, até agora nada! Só tá presa naquela salinha, Orelha encheu cachola falando que se tu precisasse de sangue, ela é a única conhecida que poderia fazer esse bagulho de forma rápida.- Luana me encarou.
Luana: E porque vocês não colocam ela numa casa? Aquele lugar é podre. Se vão manter ela viva, mantenham de forma justa pelo menos...
Coronel: E o que ela fez contigo foi justo? - Luana sorriu fraco.
Luana: Eu não guardo rancor.- Olhou pro chão.- Eu cresci com ela, ainda é difícil pra mim colocar na mente que foi por causa dela que tudo isso aconteceu. Mas se não tivesse acontecido, eu estaria com vocês hoje?
Coronel: O que é pra acontecer, acontece de qualquer maneira. Só não vale fingir que a Alice não fudeu tua vida, tu não é mais otaria, Luana...
Luana: Ter bom coração não me faz de otaria.- Falou séria.
Coronel: Ela vai morrer, ela e o pai dela vão morrer juntos.- Falei certo disso.- E tu vai ter que aprender que as vezes alguém tem que morrer só pra tu e quem tu ama sobreviver.
Luana: Nunca foi assim e não vai precisar ser assim agora.- Falou chateada se levantando.
Olhei ela entrando em casa e me levantei fazendo o mermo, quando passei pela sala o Goiaba tava mexendo no celular sentado no sofá, fui subindo as escadas e o Orelha tava conversando com a velhinha, com toda certeza tava fofocando de algum bagulho porque ele tava falando na maior empolgação.
A Andressa tava lavando a louça e me olhou subindo as escadas, eu olhei pra ela mas virei o rosto subindo as escadas e indo tomar um banho pra dormir, tava morto de sono no papo dez.
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Química Bandida
RomanceHistória do Coronel e Andressa. Ele sempre foi fechado, na dele, odiava tudo aquilo que tirava ele do seu conforto. Já ela, sempre amou ser atenção, sempre amou se sentir visualizada. Talvez opostos demais para ficarem juntos e indecisos demais pa...