Química Bandida

16

Gaspar🕊

Fui o caminho todo conversando com os moleques até o aeroporto, Luana quis deixar o Orelha lá dentro como se fosse uma criança e eu so segui ela, quando ele pegou o voo a gente foi embora pra casa e ela ainda fez parar pra comprar lanche.

Quando chegamos em casa, nem sinal da Andressa e Coronel, Goiaba começou a rir quando escutou um gemido e eu cocei a cabeça.

Luana: Por isso deveríamos ter demorado mais, eu tentei avisar.- Falou me olhando.

Goiaba: Ou viado, tô mó cansadão. Vou dormir aqui mermo, é foda ser o único solteiro dessa casa.- Falou se jogando no sofá.

Gaspar: Tá solteiro porque quer, dona Fernanda tá aí.- Ele gargalhou e a Luana me bateu, olhei pra ela batendo na testa dela e ela segurou minha mão me puxando pra fora.

ela colocou uns bagulhos no chão que eram bem confortáveis de deitar, deitei do lado dela olhando a piscina e ela deitou de frente pra mim.

Luana: Gaspar, você me ama? - Questionou me fazendo soltar uma risada, confirmei com a cabeça fazendo ela me encarar e negar.- Por que você não fala?

Gaspar: Já te falei pô, não sou acostumado a a falar esses bagulhos, sei lá. Mas passaria o dia escutando tu falar.- Ela sorriu fraco.

Luana: As vezes te sinto distante.- Se sentou, olhando pro pé.- E queria entender, se o problema é comigo, se é algo que te incomoda...

Gaspar: Tu não é problema cara, é só bagulho meu.- Falei olhando ela.

Luana: Mas deveria ser "bagulho".- Me imitou.- Nosso.

Gaspar: E tu quer que eu faça o que? Se eu parar pra te contar cada marola que passa pela minha mente...

Luana: Eu te conto tudo, Gaspar...- Falou baixo.- E eu nem se quer sei o seu nome.

Gaspar: Te prometi que só ia te contar em um ano.- Brinquei vendo ela me encarar.

Luana: Eu amo quando você relembra algum momento nosso.- Falou me olhando.

Gaspar: Eu me lembro de tudo pô, desde a primeira vez, desde o bagulho menos importante. Só não sou de tá falando cara, a gente vive a mesma parada, na mesma intensidade.

Luana: Você me ama? - Falou me olhando nos olhos.

Gaspar: Eu amo você, cara! - Falei passando a mão no cabelo.

Luana: Me promete que vai tentar ser mais transparente comigo.- Falou baixo.- Minha vida você sabe toda, a sua eu sei o que você me deixa saber.

Gaspar: Eu nunca tive essa preocupação, nunca precisei tá dividindo nada da minha vida com ninguém. Nem com os moleques lá.- Apontei e ela ia falar.- Eu sei, você é diferente. Só não tô acostumado.

Luana: Eu sei.- Concordou.

Gaspar: Isso não quer dizer que eu não amo você, que eu tô feliz por tá tudo tranquilo entre nós dois, que não existe outra mulher que me deixaria tão tranquilo em ter filho, que você foi minha melhor escolhas nesses últimos meses.- Falei vendo abrir um sorriso.

Luana: Eu realmente te amo muito.- Falou segurando meu rosto e me beijando.

Gaspar: Meu nome é João Lucas.- Falei sentindo ela beijando minha bochecha.- Mas não tem pra que ficar falando atoa.

Luana: Eu só queria saber seu nome porque isso é o mínimo de uma relação.- Falou óbvia.- É como se você não confiasse em mim pra não me falar.

Gaspar: Eu divido uma vida contigo, tu tá ligada que eu confio! - Falei sério.

Luana deitou a cabeça pro lado me olhando como se procurasse algo. Fechei os olhos sentindo sua boca encostar na minha testa e abracei o corpo dela, aqui era o lugar que mais me deixar tranquilo, fazia parecer que qualquer b.o do mundo lá fora não valia nada.