30

35.4K 2.9K 1.6K
                                    

Andressa 🍭

Um mês havia se passado, foi um mês bem tranquilo, pode se dizer. Após o exame da Luana voltamos pra BH, passamos um longo mês aqui e hoje era dia de voltar pro Rio.

Nesse mês que passamos aqui nada de diferente aconteceu, continuei conversando com o Coronel alguns dias, outros nem tanto. Estava tudo bem na nossa não-relação, talvez só estivéssemos nos conhecendo melhor, pois eu não me via namorando ele.

Luana: Meu bebê não gosta de ficar indo e voltando do rio.- Falou sentada na sala.- Queria ficar lá.

Andressa: Aqui você não tem estresse nenhum.

Luana: Só quando você resolve comer o último pedaço da torta de morango.- Falou brava e minha vó sorriu.

Fernanda: Eu gosto de vocês aqui, a casa fica muito vazia quando estou sozinha.- Falou me ajudando a pegar a mala da Luana e fomos todas saindo.

Andressa: Tá vendo?! Você tem que dar valor a mim, porque se dependesse da Luana ela iria ficar lá e te deixava aqui.- Brinquei colocando a mala no carro.

Luana: Mentira. Eu te levaria junto comigo pro Rio.- Encarei ela, como se pedisse pra ela lembrar que ela namorava um bandido e morava em um morro no rio.

Fernanda: Nasci aqui é irei morrer aqui, na minha casa.- Negou segurando a mão da Luana e eu fechei a casa.- Mas quem sabe próximo mês eu vá junta pra ver esse bebê?!

Andressa: Espero, os meninos vão amar te ver.- Abracei ela.

Luana: Na verdade, dia 20 desse mês é o aniversário do Gaspar. Eles vêm pra cá comemorar aqui.- Falou sorrindo.- Tudo bem né?!

Fernanda: Só avise a eles que todos vão apanhar por não virem me visitar antes.- Luana gargalhou e entramos no carro.

Mandei beijos pra Fernanda e liguei o carro saindo dali, fui o caminho escutando a Luana falar sobre como tava ansiosa e eu também estava, era a primeira vez que poderíamos ver melhor o bebê.

Os seguranças vinham atrás seguindo a gente, quando chegamos no aeroporto eles nos deixaram a ponto de embarcar no avião e levaram o carro de volta. Passamos bela uma hora e meia dentro daquele avião, Luana dormiu o voo todo e eu só estava ansiosa pra chegar lá.

Quando chegamos, Goiaba que veio buscar a gente sozinho. Ao paramos na casa do Gaspar, Luana desceu ansiosa e eu fui ajudar o Goiaba a tirar a mala.

Andressa: O coronel tá ocupado? - Perguntei entrando na casa do Gaspar.

Goiaba: Não pô, só tá resolvendo uns b.o dele.- Confirmei com a cabeça até escutar o grito da Luana, de animação.

Sorri sabendo que era por ver o Gaspar e fui entrar no quarto de hóspedes, mandei mensagem pro Coronel perguntando por ele e sai indo pra sala.

Goiaba: E aí, cadê a janta? - Falou sentado no sofá.

Luana: Tô querendo comer strogonoff amor, e nem é brincadeira.- Falou beijando o rosto do Gaspar.

O Gaspar falou que a gente ia pra um restaurante daqui e eu só fiquei esperando eles, quando a gente ia sair o Coronel parou a moto na frente da casa, coloquei as mãos na cintura olhando pra ele e ele me encarou descendo da moto.

Gaspar: Subir lá pra Rosa, viado.- Falou batendo na cabeça dele.

Coronel: Tava jantando agora, vou nada.- Parou na minha frente.

Luana: Não vai por que não estava com saudades de uma grávida, não é? - Falou fazendo ele encarar e ir abraçar ela.

Coronel: Para de drama, loira. Tava comendo agora, mas eu subo pra lá.- Beijou a cabeça dela e olhou pra barriga, vendo ela sorrir.- Tá maior que nas fotos.

Luana: Antes reclamava que não crescia e agora me acho gorda.- Falou passando a mão na barriga.

Andressa: Isso tudo com três meses, imagina com os oitos meses.- Luana abriu maior olhão e eu revirei os olhos. 

Luana: Vamos, eu tô com fome.- Falou indo pro carro.

Goiaba: Vai com ele, né?! - Falou comigo e o Coronel confirmou por mim.

Eles entraram no carro saindo e o Coronel me olhou, abracei ele deitando a cabeça em seu peito e ele passou a mão pelo meu cabelo, beijando minha cabeça.

Andressa: Fiquei com saudades.- Admiti olhando pra ele que sorriu, me dando um beijo e segurando meu rosto com as duas mãos.

Coronel: Nem lembrava que tu tinha ido.- Falou em tom de brincadeira balançando a chave da moto e eu bati nele rindo. 

Ele subiu na moto e eu fui pra garupa, Coronel me levou pro restaurante e a gente entrou, sentou na mesa e eu passei meus olhos pelo local.

Andressa: O que aconteceu com o Orelha? - Questionei.

Goiaba: Viajou com a Carina pra casa da mãe dela, só volta daqui uns dez dias.- Concordei com a cabeça.

Luana: E quem vai me contar as fofocas? - Falou apoiando as duas mãos no rosto.

Goiaba: Teve nada de interessante cara, tu acredita?! - Enquanto ele falava eu olhei pra entrada do restaurante vendo algumas meninas entrando, porém uma delas me parecia familiar.- Só pro Coronel, foi não irmão?!

Andressa: Por acaso, aquela é a Beatriz? - Falei olhando pra menina, e os meninos todo se calaram.

Olhei pro Coronel esperando a resposta dele mas ele só me encarou calado, Goiaba tava com maior olhão aberto me encarando e o Gaspar era o único que tava tranquilo, enquanto a Luana questionava quem era Beatriz.

Com todo aquele silêncio e a cara do Goiaba, eu já tinha tirado que aquela era sim a Beatriz, ou melhor explicando, uma menina que o Coronel havia ficado algumas vezes, creio que a única depois das duas mulheres que ele realmente assumiu.

O fato é que eles ficaram algumas vezes, e ela sumiu levando uma boa grana dele. Porém o melhor de tudo isso foram todos os boatos que ela estava grávida quando foi embora. Na época, ela parecia ser importante pro Coronel, mas me parecia muito confuso ela estar aqui no morro vindo na nossa direção depois de tudo que aconteceu, depois dele dizer que se visse ela iria matar na primeira oportunidade.

Química Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora