Andressa 🍭
Quando estávamos voltando pra casa, as cinco da manhã do sábado após passar a noite bebendo e conversando, passamos pela porta de uma casa na qual a Beatriz saiu com várias bolsas e equilibrando a Clarinha no colo, mas a bebê tava dormindo e era quase impossível a Beatriz conseguir equilibrar aquilo tudo.
Eu não queria estragar minha noite de forma alguma, mas era impossível não ir ajudar a mulher. Ela nunca havia me feito nada, e tinha uma bebê no colo dela, independente de tudo, então eu soltei a mão do Coronel que olhou na pra mim e percebeu o que acontecia ali.
Andressa: Quer me dar ela ou as bolsas? - Beatriz tomou um susto enquanto tentava puxar uma bolsa com o pé.
Beatriz: Ela tá muito desconfortável.- Falou e eu estiquei as mãos, pegando a Clara com cuidado que resmungou mesmo dormindo.
Coronel: O que tá rolando, pô? - Falou parando do meu lado e tirando as coisas das mãos e costas da Beatriz.
Beatriz: Meu pai faleceu. O pai da Clara.- Falou revirando os olhos e eu soltei uma risada baixa, colocando o pano no rosto da bebê por causa da luz.- Tá lá embaixo, os meninos não deixaram ele subir e eu preciso descer com as coisas da gente.
Coronel: E por que tu não mandou falarem comigo? - Ela fechou a porta, pegando a bolsa do chão.
Beatriz: São cinco horas da manhã, não iria te acordar pra isso, dá pra descer.- Coronel me olhou.
Andressa: Eu desço com ela.- Falei balançando a Clara.
Coronel: Vou mandar um menor vim de carro.- Falou pegando o raidinho e Beatriz me olhou sorrindo.
Beatriz: Desculpa se eu atrapalhei algo entre vocês com ela.- Falou e eu encarei ela.- Não confio em babás, todo mundo desse morro me odeia até hoje, então só queria deixar ela segura.
Andressa: Não precisava mentir sobre a paternidade.
Beatriz: Por que ele ficaria com ela se não fosse por isso? Se eu não tivesse a Clara ele teria me matado, então é bom mentir um pouquinho.- Revirei os olhos sabendo que eu era exatamente assim.
Andressa: Ser uma bandida é a melhor parte da vida.- Dei os ombros vendo o Coronel olhando pra gente.- Achei que você iria querer pagar de louca e voltar pra ele.
Beatriz: Não mana, tá maluca?! - Falou rindo.- Ele realmente é a única pessoa que eu confio daqui, eu sou casada. Papel passado, igreja e tudo.- Falou mostrando a aliança.
Coronel: Vou nem te xingar essas horas filha, papo reto! -Eu soltei uma risada e o carro parou atrás de mim.
Andressa: Tchau, causadora de intrigas.- Beijei a testa dela olhando pra ela por uns segundos e sorri.
Coronel colocou as malas no carro e pegou ela do meu colo, Beatriz me abraçou me agradecendo e pedindo desculpas, mas eu achei graça. Olhei pro Coronel que beijou a cabeça da Clara e falou algo pra ela, Beatriz entrou no carro e colocou a bebê nos braços dela, olhando pra ela que ria perversa.
Coronel: Traz ela aqui algumas vezes, se quiser.- Falou sério.
Beatriz concordou com a cabeça e ele fechou a porta do carro vindo pro meu lado, abracei meu namorado e a gente deu as costas aquilo, enquanto caminhávamos finalmente pra casa dele e eu estava morta de sono.
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Química Bandida
RomanceHistória do Coronel e Andressa. Ele sempre foi fechado, na dele, odiava tudo aquilo que tirava ele do seu conforto. Já ela, sempre amou ser atenção, sempre amou se sentir visualizada. Talvez opostos demais para ficarem juntos e indecisos demais pa...