Andressa 🍭
O dia dos meninos irem pra casa chegou e o clima estava estranho, parecia até que a Luana havia brigado com o Gaspar também. Mas eu entendia ela, entendia todos os lados.
Todo mundo mal se falava, tava casa um quietinho no seu canto assim como eu. Eu iria com a Luana passar o sábado e domingo, voltaríamos na segunda. Hoje é sexta.
Alguém bateu na porta do quarto enquanto eu terminava de fechar a mochila, olhei pra porta vendo o Coronel e ele entrou fechando a porta, olhei pra sua mão que havia um bolo de dinheiro e encarei ele.
Coronel: Caso precise de algum bagulho.- Estendeu pra mim.
Andressa: Não vamos precisar de nada, tá tudo bem.- Neguei voltando a fechar a mochila.
Coronel: Toma cara, um agrado meu! - Insistiu e eu neguei.
Andressa: Eu sei que antes eu vivia pelo dinheiro, mas hoje eu me incomodo por isso. Não precisa, a gente se vira muito bem.- Ele soltou uma risada.
Coronel: Não tô nem aí pro teu passado, Andressa. Eu tô te dando porque eu quero cara, pra tu comprar algum bagulho pra tu, pra pagar algum médico caso a Luana precise e a gente não esteja por aqui pra bancar.- Colocou em cima da cama.
Andressa: Você não consegue de deixar de cuidar dela, né.- Sorri fraco, me sentando na sua frente.- Você entende o lado dela, não é?
Coronel: Se eu tento te matar, tu vai me perdoar só porque acha que eu mereço uma segunda chance? - Eu dei os ombros.
Andressa: Elas cresceram juntas, do primeiro passo, de todos os dias vivendo juntas, de duas vidas que se tornou uma só, entende? Também não é normal matar alguém pra Luana, ainda é tudo novo pra ela. Mas dá esse desconto, ela evoluiu muito, ela só tá triste.
Coronel: A escolha é dela pô, ela pode escolher ficar com raiva de mim, eu vou acatar maneiro, só nunca mais volto a olhar na cara dela.- Eu sorri cansada.
Andressa: Você precisa ser presente na vida do bebê, não fale assim.- Cutuquei ele e ele estendeu a mão pra mim.
Segurei vendo ele me puxar pra perto dele e me abraçou, deitei a cabeça no seu peito e alguém abriu a porta, me afastei dele olhando o Gaspar que tava com dinheiro em mãos também.
Andressa: Você também? - Joguei a cabeça pra trás.- Dá pra Luana, pra vó...
Gaspar: Já dei pra Luana, caso aconteça algum bagulho.- Jogou em cima de mim.
Andressa: Todo esse dinheiro será gasto com qualquer tipo de lanche que a Luana pedir.- Apontei colocando o dinheiro na gaveta.
Os dois soltaram uma risada e Gaspar chamou a gente pra descer, Coronel pegou minha mochila e fomos descendo. Minha vó falar com a Luana e quando me viu me abraçou também, fez maior drama e quando viu os meninos fez pior, fazendo eles tirem e escutarem uma bela bronca.
"Se vocês não voltarem aqui próximo mês, eu vou atrás de vocês."
Saímos rindo e todo mundo foi no carro dirigido pelo Gaspar, Luana foi na frente com ele e dois meninos numa moto estavam seguindo a gente. Coronel falou eu esses eram os seguranças, uns dos, e eu fiz careta. Não achava necessário.
Chegamos no aeroporto, os seguranças levaram o carro pra casa e fomos resolver tudo. Peguei o voo com a Luana do lado e o Gaspar do outro, foi tudo tranquilo até chegamos no rio.
Gaspar: Vai ficar lá em casa? - Falou quando a gente tava chegando no morro.
Andressa: Pode ser.- Falei olhando pro meu celular.
Luana: Que safada, não pergunta nem se eu vou estar! - Brincou me fazendo rir e olhar pra ela.
Coronel: Fica lá em casa, pô!? - Falou baixo, o suficiente só pra eu escutar.
Olhei pra ele negando e ele confirmou com a cabeça, talvez sem entender. Gaspar deixou Goiaba na casa dele, e descemos na casa do Coronel, já que o carro era dele.
Fomos descendo pra casa do Gaspar andando, mas eram só duas ruas depois então tava tranquilo. Quando chegamos eu fui tomar banho e quando sai Luana tava fazendo comida e estávamos sozinhas em casa, fui ajudar ela que tava toda manhosa o que me fez rir.
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Química Bandida
RomanceHistória do Coronel e Andressa. Ele sempre foi fechado, na dele, odiava tudo aquilo que tirava ele do seu conforto. Já ela, sempre amou ser atenção, sempre amou se sentir visualizada. Talvez opostos demais para ficarem juntos e indecisos demais pa...