25

36.1K 2.9K 1.8K
                                    

Gaspar 🕊

A gente invadiu a porra do condomínio parando o carro na porta da antiga casa da Luana, Orelha arrombou a porta que tava trancada e a gente entrou.

Luana: Para de fazer merda, que inferno. Abre a porta do quarto.- Escutei o grupo dela.

Coronel: Tu tirar a Luana daqui.- Apontou pro Orelha que concordou tirando a arma da cintura.- Silêncio máximo.

Geral subiu as escadas e eu tirei a arma da cintura, a gente saiu abrindo as portas e no escritório encontrou o Goiaba ajoelhado e o Luiz com a arma pra cabeça dele. Coronel me encarou e eu só olhei de lado, a gente foi pra sua frente fazendo ele dar as costas pra porta, assim ficaria mais fácil pro Orelha vim por trás.

Coronel: Solte ele cara, não testa minha paciência.- Apontou a arma e o Goiaba tava revirando os olhos pra o Coronel.

Luiz: Quem é você? - Falou olhando pro Coronel, percebi que a arma ainda tava travada nas mãos dele e dei o sinal pro Coronel.

Coronel: Coronel, já ouviu falar? - Abriu os braços.- O chefe dos bagulho, rei dos esquemas, ouviu?

Luiz sorriu vitorioso destravando a arma, nesse mesmo segundo vi a Luana entrando na sala e quando ia dizer pro Coronel não atirar, ele foi mais rápido.

O tiro atravessou a cabeça do Luiz fazendo ele cair no chão aos poucos, quando o Coronel viu que a Luana assistiu essa porra ele deu um passo pra trás baixando a arma e abrindo maior olhão, fui pra frente dela que tava com as mãos na boca e só não caiu porque o Orelha segurou ela.

Gaspar: Não era pra você ter visto isso.- Sussurrei abraçando ela que caiu no chão me puxando junto, ela chorava sem falar uma palavra ou fazer qualquer som.

Coronel: Eu falei pra tu tirar ela daqui.- Escutei ele falando com o Orelha.

Orelha: Ela veio correndo pra cá, cara.- Segurei o cabelo da Luana colocando seu rosto em meu ombro e ela finalmente fez barulho ao chorar.

Olhei pro Coronel fazendo sinal pra ele meter o pé junto com os moleques e trancar tudo lá embaixo.

Eu sabia que Luiz não era um pai pra ela, e teria matado ele igual em qualquer oportunidade, mas não na frente dela. Eu não sei se ela veio aqui pra perdoar ele e querer ele por perto, ou pra tirar ele de vida dela, mas ela não merecia ver isso.

Não assim, não sendo um choque de cara. Luana nunca gostou disso, nunca gostou de morte e sempre preferiu soluções práticas e talvez mais fáceis de lidar, ver alguém morrendo deve ter acabado com toda estrutura que ela tinha, e eu não sabia porra nenhuma do que fazer.

Foram longos minutos chorando, evitei de deixar ela olhar pro corpo ou pro sangue que se espalhava pelo chão. Ela se mexeu colocando a mão na barriga e desceu pro meio das pernas, ela abaixou a cabeça soluçando e me olhou.

Luana: Desculpa.- Falou chorando e negando com a cabeça.- Faz parar, minha cabeça tá gritando, eu preciso ficar calma, João...

Gaspar: A barriga tá doendo?

Luana: Está, eu tô com medo de começar a sangrar. Eu não quero perder o nosso filho, faz essa dor parar.- Falou me olhando e eu concordei.

Química Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora