Química Bandida

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Andressa 🍭

Senti as ondas batendo em mim e afundei jogando meu cabelo pra trás, quando levantei sentir braços em volta de mim e era a Luana deitando a cabeça nas minhas costas.

Luana: Tão feliz por você estar aqui.- Falou toda manhosa.

Andressa: Eu estou feliz por estar cuidado de você.- Falei segurando as mãos dela.

Luana: Só somos nós...- Falou beijando minhas costas.- Nós e a vó.

Andressa: Se você pensa tanto em perdoar a Alice, você deseja o mesmo com seu pai? - Ela ficou calada e eu virei de frente pra ela.

Luana: Tô com uma fome.- Falou me soltando.

Eu soltei uma risada vendo ela nadando em direção a areia e fui saindo também, Carina já estava sentada com os meninos. Fui em direção a eles enquanto passava a mão no meu cabelo e percebi o olhar fixado do Orelha em mim, desviei o olhar dele e me encontrei com o Coronel, que só me olhou quando eu estava na frente de todos.

Ele me encarou dos pés a cabeça, deixando claro que estava fazendo isso e eu continuei olhando pra ele, sem esboçar reação. Voltei a me deitar na cadeira pra me bronzear e ele me tocou, já que estava do meu lado.

Coronel: Quer pedir algum bagulho pra comer? - Neguei sem olhar pra ele, ate porque meus olhos estavam fechados.

Senti sua respiração próxima a minha e um beijo molhado sendo deixado no cantinho da minha boca, abri os olhos vendo ele próximo ainda e virei o rosto,

Se havia algo que me fazia ficar de péssimo humor era ignorância comigo. Eu sempre aceitei tudo tão fácil de qualquer pessoa, sempre me submeti em situações tão baixas e desnecessárias.

E era como se tudo, todas experiências ruins que eu havia passado só tinha uma grande e única culpada, de qualquer maneira, eu. E eu não estava errada, certo?! Quando me deixei levar por dinheiro, por ganância, por medo de ter que fazer algo e ser alguém.

E eu só queria ser diferente, só queria entender o meu lugar, estar com pessoas que me façam eu me sentir amada e não um fardo a se carregar, seja por pena ou por interesse. E eu não havia encontrando o meu lugar ainda, talvez a única pessoa me deixe bem e confortável hoje me dia seja a Luana, ela realmente me faz sentir que sou amada.

E eu tenho medo de ser tudo uma ilusão, de quando ela não precisar de mim pra mais nada, só se afaste e me deixe sozinha, como eu sempre tive medo de ficar.

Gaspar: Ei...- Senti seu toque no meu pescoço e abri os olhos saindo de todos os meus pensamentos, ele estava agachado do meu outro lado e eu olhei pra ele.- Quer alguma coisa?

Andressa: Não, valeu.- Gaspar deitou a cabeça pro lado ainda me olhando.

Gaspar: Vou comprar batata frita com carne pra Luana, trago pra você. Cerveja ou refrigerante? - Insistiu, me fazendo soltar uma careta.

Andressa: Refrigerante.- Gaspar soltou uma risada fraca.

Me sentei na cadeira e me levantei indo pra sombra, sentei na frente do Goiaba e olhei pra ele que analisava todas as pessoas que estavam na praia, provavelmente procurando por algo.

Eu fiquei ali quietinha na sombra porque havia cansado do sol, Coronel me observou por longos minutos mas quando tirou sua vista, não fez questão de me olhar novamente, e era mais tranquilo assim.