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Coronel 🥷

Hoje era sábado e tava tudo em paz pelo visto, Luana tinha ido embora com o Gaspar e soube que ela ficou felizona, meu mano mandou deixar o quarto dela como era o de antes, mas do jeito dele! E mermo assim bagulho ficou lindo, maior carinho pelos dois.

Eu era moleque fechado demais, sempre fui na minha e nunca gostei de tá de sorriso por aí pra ninguém. Mas os que andam comigo sabe que metade da postura eu deixo fora de casa quando tô com minha família, e com a Andressa não tá sendo diferente.

Boto fé que é um bagulho sincero, que vale a pena seguir em frente, ela me faz sentir que vai dar certo, no papo mais transparente que existe.

Cheguei em casa de noite, a Andressa tava deitada no sofá olhando pra televisão e a casa tava toda cheirosa, encarei ela tirando a pistola da cintura e coloquei em cima da mesa e ela me olhou.

Andressa: Pra onde você foi? - Falou brava comigo e eu encarei ela vendo ela revirar os olhos.

Coronel: Te falei, fui resolver uns bagulhos com milícia.- Me sentei no sofá.- O que foi?

Andressa: Você não me atendeu, passou o dia fora.- Falou ainda bolada.

Coronel: Preciso explicar mermo? - Questionei, tava cansadão e ela me encarou negando, mas me fez respirar fundo.- Eu não posso atender enquanto eu tô resolvendo minhas paradas.

Andressa: Tudo bem.- Sentou no sofá.

Coronel: Limpou a casa né?! - Ela fez careta.- Te falei pra deixar aí, amanhã de manhã a mulher vem limpar.

Andressa: Mas é tedioso ficar aqui, não tem nada pra fazer.- Levantou vindo pra cima de mim e sentou no meu colo, me fazendo sentir o cheiro dela na minha roupa que ela usava.

Coronel: Quer sair? - Falei com a cabeça deitada no ombro dela.

Andressa: Não.

Coronel: Ainda tá com neurose sobre sair comigo, Andressa? - Falei ficando bolado.

Andressa: Não, amor. Eu realmente tô cansada, fiquei com saudades. Se você quiser sair eu vou, só tô cansada.- Falou rápido baixando o rosto pra me olhar.

Coronel: Também tô cansadão.- Ela concordou com a cabeça.

Andressa: Você pode ir tomar banho e a gente pode dormir tranquilamente.- Me beijou.

Coronel: Ou tu vai tirar o estresse que eu tive hoje agora.- Falei apertando a bunda dela e levantando, ela soltou uma risada e antes mesmo de eu baixar a bermuda, bateram no portão.

Andressa: Amor, não aguento mais gente atrapalhando.- Falou me abraçando.

Coronel: Tá toda malandra me chamando de amor né.- Gastei levantando com ela no colo e ela deu um grito seguido de risada.

Andressa: Meu amor.- Falou sorrindo e beijando meu rosto.

Bateram na porta e eu já me liguei que deveria ser alguém conhecido, porque só entrava quem os moleques deixavam, e eles só deixavam entrar conhecido próximo. Devia ser o orelha ou o Goiaba.

Andressa era leve e eu fui com ela agarrada em mim no colo até a porta, abri vendo ela deitar a cabeça no meu ombro mas quando viu a Beatriz com a Clara no braço, descer do meu colo aos poucos.

Beatriz: Você pode ficar com ela hoje? Aconteceu algumas complicações no caso do meu pai.- Andressa continuou do meu lado, enquanto a Clara já abriu os braços pra mim.

Eu encarei a Beatriz e depois olhei pra Andressa, ela me olhou mas não fez nada, só me soltou e se jogou no sofá.

Coronel: Pô, dá não.- Falei encostado na porta.

Beatriz: Você não pode ficar com sua filha?

Coronel: Minha filha? - Repeti encarando ela, que na hora baixou a guarda e deu um passo pra trás.

Beatriz virou a cara e a Clara balançou os braços pra mim, pisquei pra ela vendo a Beatriz saindo e avisei pros moleques que não era pra deixar ela entrar assim. Fechei a porta vendo a Andressa de cabeça pra baixo no sofá e estranhei, trancando a porta.

Andressa: Vamos transar.- Levantou os braços animada e eu soltei uma risada, puxando ela pelo braço.

Coronel: Vou tomar banho.- Falei tentando levantar ela mas ela permaneceu sentada.- Vem?

Andressa: Te espero na cama. Tá com fome? - Falou dando um pulo pra se levantar.

Coronel: Não, e tu? - Ela tava parada na minha frente e negou.

Beijei a testa dela vendo ela fechar os olhos e eu soltei dela indo tomar meu banho, tava com maior peso nas costas e precisa descansar namoral mermo. Mas quando eu saí e vi a Andressa deitada olhando pro teto, deitei em cima dela só de toalha e ela soltou uma risada, fazendo carinho no meu cabelo enquanto eu deitei a cabeça na barriga dela.

Química Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora