Capítulo 1

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E agora começamos... Vamos de um pouquinho de Emilly.

 Vamos de um pouquinho de Emilly

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Emilly.

Dou uma última revisada no texto que traduzi e em seguida o envio para a minha cliente. A porta do meu quarto se abre e minha mãe entra sem se anunciar. Isso vem me irritando cada vez mais, pois não tenho liberdade em minha própria casa.

— Aqui, fiz um suco de manga pra você — diz e coloca a mão na minha testa. Lembro-me da minha mãe fazendo isso desde que era eu pequena. — Por que não descansa um pouco, está desde cedo nesse computador? — questiona.

Reviro os olhos e volto a olhar a tela do meu notebook.

— Mãe, eu estou trabalhando e longe de estar cansada — respondo, querendo que ela saia logo do meu quarto, pois o cheiro desse suco está me enjoando e se ela desconfiar disso minha vida se transformará num inferno.

Ela dá um sorriso e tem aquele olhar de piedade, que tanto odeio. Sinto sua mão passando em meu cabelo.

— Você não tem necessidade de trabalhar, filha. Sabe que seu pai faz questão de te dar tudo o que precisa — diz.

Respiro fundo. Não quero entrar numa discussão com a minha mãe, só para se fazer de desentendida e dizer que tudo está bem.

— Tudo bem, mãe. Só me deixe sozinha, vou tomar o suco e me deitar — minto, apenas para me livrar dela.

Minha mãe beija minha cabeça e dá um tapinha carinhoso em meu ombro.

— Se precisar de alguma coisa é só me chamar, minha querida — informa e sai do quarto.

Ponho os cotovelos em cima da mesa e levo as mãos ao rosto. Meus olhos lacrimejam, como tantas vezes acontece, quando me dou conta dessa vida que levo, se isso pode ser chamado de vida. Sei que posso estar sendo ingrata, mas não suporto mais viver desta maneira.

Eu me sinto sufocada.

Olho para o copo de suco e na mesma hora meu estomago se revira. Não sei o que está acontecendo comigo, faz três dias que venho me sentindo mal. E não posso nem cogitar comentar alguma coisa, ou meus pais irão surtar e querer me levar para o hospital. E a última coisa que quero é passar pela vergonha dos enfermeiros ficarem me olhando com olhar de pena.

Pego o copo de suco, me levanto e vou até a porta, a abro devagar e olho para os dois lados do pequeno corredor, não vejo ninguém e corro para o banheiro. Despejo o líquido na pia e lavo a mesma para não deixar vestígios do suco. Retorno para o meu quarto e deixo o copo vazio em cima da mesa.

Escuto meu celular tocar e já sei que é minha amiga Natália, pois apenas ela me liga, ou meus pais, quando não estou por perto.

— Alô! — atendo e me sento no chão encostando-me à cama.

Que voz é essa desanimada? — indaga.

Solto uma risada, seca.

— O mesmo de sempre — comento. Natália sabe bem o que passo em casa, ela foi a única amiga que consegui fazer, pois não tinha como ignorá-la, já que foi minha vizinha por anos.

Um Herdeiro para o MagnataOnde histórias criam vida. Descubra agora