Pensei que passaria a noite acordada, mas com cansaço do dia logo pego no sono e acordo no dia seguinte sentindo-me enjoada. Permaneço deitada até que o mal estar passe. Viro de barriga para cima, com olhos fechados jogo meu braço esquerdo em cima da testa, enquanto o outro repousa sobre meu estomago.
Escuto uma batida na porta e em seguida a mesma se abre.
— Emilly? Está tudo bem? — Abro os olhos e viro a cabeça para ver Natália parada me observando com uma das mãos segurando a maçaneta.
Seu olhar é preocupado e eu sorrio.
— Estou bem, apenas com um pouco de enjoo — exprimo.
Ela entra no quarto e senta-se no chão, ao lado do sofá-cama onde encontro-me deitada.
— Isso é bem normal, em algumas semanas passa — afirma com voz mansa. — Você vai dormir mais um pouco? — pergunta.
Eu respiro fundo, algumas vezes e me levanto. Jogo as pernas para fora da cama e ponho os meus pés no chão.
— Não — respondo olhando para os lados, um pouco perdida. — Você sabe que horas são?
— Quase dez — responde e eu me surpreendo.
— Dormi demais — comento soltando uma risada e olho para ela que me encara, de maneira estranha.
Logo fico séria.
— Por que está assim, tão sisuda? — questiono.
Ela suspira e se levanta do chão.
— Vamos comer alguma coisa, então conversamos — comenta e me puxa pela mão.
Eu a sigo, desconfiada, então vou ao banheiro e digo que logo me juntarei a ela na cozinha.
Não gosto do modo como Natália parece esconder algo. Tenho medo que a qualquer instante meus pais apareçam aqui e façam alguma confusão, tudo o que menos quero é arrumar problemas para minha amiga.
Depois de lavar o rosto, deixo o banho para depois e vou até a cozinha. Natália está sozinha, sentada, olhando sua xícara de café. Quando percebe minha presença ela levanta o olhar e sorri. Eu me sento de frente para ela, e como ainda me sinto enjoada, pego um biscoito para comer aos poucos.
— Maurício foi para o trabalho? — indago e ela afirma com um gesto de cabeça. — Natália, o que aconteceu? Você está esquisita — alego.
Ela revira os olhos.
— Desculpe-me, é que estou preocupada com você — confessa e cruza os braços. — Você decidiu se vai ficar com o pai do seu filho?
Estava tentando esquecer aquele assunto. Depois que William fez a proposta louca de ficar com ele, não consegui pensar com clareza. Aquele homem, assim como na primeira vez em que estivemos juntos, me deixou completamente perturbada. E sua oferta de morar com ele me pegou desprevenida.
Eu não o conheço, não sei nada sobre ele, embora Mauricio tenha revelado que o pai do meu filho é um homem importante e bastante conhecido nas mídias sociais por conta da sua paixão por carros. Estava com a cabeça tão confusa que não entendi bem o que o marido da minha amiga dizia.
A única coisa que pensava é que o William me deixava desestabilizada, e por mais que eu tente, não consigo deixar de pensar em seu toque e em tudo que ele foi capaz de fazer comigo naquela noite. Meu maior receio em viver com ele é que vejo nesse homem minha maior fraqueza. E eu não quero que ele se sinta obrigado a fazer nada por mim, só por ter sido o meu único homem e consequentemente o pai do bebê que carrego.
Encaro Natália, com seriedade.
— Eu não sei o que fazer — confesso.
Ela respira fundo.
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Um Herdeiro para o Magnata
RomanceWilliam Romanov é um magnata da engenharia automotiva. Um milionário aventureiro que adora sexo. Mas as festas da Mansão Eros já não despertam tanto o seu interesse, até que um dia, numa dessa festas ele se depara com uma ruiva misteriosa e tem com...