Saio da empresa e envio uma mensagem para Emilly informando que chegarei tarde e não vou poder acompanhá-la para o jantar, se fosse por minha vontade iria direto para casa, pois sei que alguma coisa está perturbando a ruiva, só não consegui descobri o quê.
Planejava dissuadi-la a falar durante o jantar, no entanto Alexander me ligou a tarde e pediu que fosse a Mansão Eros, informou que Caio e Heitor já confirmaram presença, pois ele precisa falar conosco, com urgência. Não sei o que vem acontecendo, mas é certo de que algo está errado com Alexander.
No caminho penso em Emilly e no meu filho que ela espera. Lembro-me do momento em que a doutora Bruna deixou que escutássemos o coração do bebê e no quanto fiquei mexido. Não esperava que a perspectiva de me tornar pai, fosse me deixar tão feliz e ansioso por sua chegada. Porém ainda tem alguns meses pela frente.
No estacionamento da Mansão reconheço os carros dos meus amigos, e sorrio, todas as vezes que marcamos alguma coisa sempre sou um dos primeiros a chegar, certamente terão alguma piadinha com meu atraso.
Como já sou conhecido por aqui, o segurança acena e permite minha entrada, sigo direto para o escritório do Alexander e entro sem bater. Os três riem de alguma coisa e Caio, é o primeiro a me ver e me encara com cinismo.
— Olha ele aí. Ainda nem é pai e já está se atrasando — caçoa.
Heitor e Alexander olham para trás.
— Imagino quando essa criança nascer — diz Heitor, exagerando um estremecimento.
Fecho a porta e sorrio para os três.
— Boa noite, meus amigos. Também estou feliz em vê-los — cumprimento em tom de deboche.
Alexander se aproxima e bate em meu ombro.
— Não ligue para esses dois, devem estar com inveja — comenta.
— Inveja? Olha meu amigo — começa Heitor com as palmas das mãos viradas para frente. — Para o governo de vocês, não gosto de crianças, bebês então me dão pavor — confessa e me olha, dando um sorriso. — Com todo o respeito meu amigo, juro que tratarei muito bem a sua prole.
— Melhor nem deixar esse bebê perto do Heitor, conselho de amigo — fala Caio dando uma risada irônica.
— Vocês só falam besteiras — resmunga Alexander.
— Devo concordar, nem sei quem é o pior — concordo.
— Como se o Alexander amasse crianças — Caio insinua.
Alexander me serve uma bebida, enquanto Caio e Heitor, dá cada um, um tapa em meu ombro, assim que me aproximo.
— Nunca menti sobre isso, a paternidade não é para mim, porém não tenho nada contra os bebês, desde que não sejam meus... — revela Alexander.
— Olha, não pretendia ser pai, mas aconteceu e não vou eximir-me das minhas responsabilidades — declaro.
— De qualquer forma, antes você do que eu — diz Caio, levantando seu copo.
— Ou eu, só de imaginar um filho fico me coçando, devo ser alérgico — Heitor complementa e Alexander revira os olhos, impaciente.
— Essa pequena reunião é para discutir minha paternidade? Por que se for, vocês devem estar entediados — reclamo, pois em alguns momentos eles me irritam.
Alexander ri.
— Pode ficar tranquilo, o meu pedido não tem nada a ver com você ser pai, esses dois maricas é que não sabem controlar a língua — comenta apontando Caio e Heitor com o queixo. — Chamei vocês aqui, afinal são meus amigos e precisam saber o que vem acontecendo.
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Um Herdeiro para o Magnata
RomanceWilliam Romanov é um magnata da engenharia automotiva. Um milionário aventureiro que adora sexo. Mas as festas da Mansão Eros já não despertam tanto o seu interesse, até que um dia, numa dessa festas ele se depara com uma ruiva misteriosa e tem com...