Emilly
Olho-me no espelho. O vestido longo, todo confeccionado em paetê fino prateado e com um extenso decote nas costas, me deixa com uma aparência soberba.
Meus cabelos estão presos no alto da cabeça com alguns fios soltos ao redor da cabeça. Eu sorrio para a minha imagem, satisfeita com o resultado e ansiosa pelo que a noite reserva.
Saio da suíte e entro no quarto do Théo. Na sua caminha, em forma de carro de corrida, ele dorme pacificamente. Fico assustada no quanto esse menino está grande, com apenas três anos parece ter cinco. Eu o observo e fico com o coração apertado em deixá-lo. Isso sempre acontece quando saio sem ele. Eu beijo sua cabecinha e inspiro seu cheirinho. Saio do quarto e encontro Ingrid, vindo em minha direção.
— Você está muito bonita, minha querida — ela diz sorrindo e me olhando dos pés a cabeça.
Ela e Natália são as únicas pessoas que confiamos para ficar com Théo, e sempre que preciso sair, eu posso contar com uma das duas. E Théo é um menino que não dá trabalho, é só não deixá-lo com fome. Nisso, puxou ao pai.
Eu abraço minha sogra e beijo sua bochecha, com delicadeza para não borrar a minha maquiagem.
— Obrigada, mais uma vez. Espero que o Fernando não se importe — digo.
Ela balança a cabeça.
— Vá e curta a noite, o Fernando virá manhã para me buscar — comenta e sai andando. — O motorista está te esperando.
Chego à garagem e o motorista abre a porta. Eu o saúdo e entro no carro. Ele sai da garagem e pega a via. Já sabe onde deve me levar. Ao meu lado, vejo uma caixinha comprida da cor preta e sabendo do que se trata a apego com um sorriso.
O carro avança e finalmente chegamos ao nosso destino, passamos pelo portão e enfrentamos uma pequena fila de outros carros luxuosos, até a entrada principal.
Finalmente abro a caixa e ali, como esperado, a minha máscara da cor prata, e a pulseira vermelha. Eu coloco pulseira no meu pulso, em seguida ajusto a máscara em meu rosto. O motorista abre a porta para eu sair. Desço do carro e alcanço as escadas que dão para o hall da oponente mansão. Entrego meu cartão ao funcionário, há poucas pessoas ali, pois a entrada para a festa já foi liberada. Deixo minha bolsa na recepção como exigido. Respiro fundo e entro.
O salão principal está cheio e as pessoas já estão interagindo. Alguém me serve champanhe e pego uma taça. Olho em volta. É um desfile de pessoas bem vestidas e elegantes. Eu sorrio e caminho para a minha direita.
De frente ao corredor rosa, sinto uma excitação passar pelo meu corpo. Assim, caminho devagar. À primeira porta aberta que vejo, eu entro. Ali uma cama no centro do quarto. Pronta para ser usada.
Ouço o clique da porta sendo fechada, e sinto alguém se aproximar.
— Ruiva... eu pensei que tivesse desistido — sopra em meu ouvido.
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Um Herdeiro para o Magnata
RomanceWilliam Romanov é um magnata da engenharia automotiva. Um milionário aventureiro que adora sexo. Mas as festas da Mansão Eros já não despertam tanto o seu interesse, até que um dia, numa dessa festas ele se depara com uma ruiva misteriosa e tem com...