Capítulo 7

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Passo o dia todo incomunicável e trabalhando nos detalhes do meu novo projeto. O dia está acabando e resolvo parar um pouco. Pego o telefone e vejo uma mensagem da Lene dizendo que precisa falar comigo pessoalmente para obter minha aprovação sobre um vídeo. Então, como preciso relaxar um pouco, envio uma resposta e marco de encontrá-la no restaurante de sempre, em algumas horas.

Logo ela responde que estará lá, a minha espera.

Assim, tomo um banho rápido e sigo para o lugar marcado. Chegando lá, vejo Lene sentada à mesa e tomando um suco. Aproximo-me dela e ela sorri ao me ver, eu beijo seu rosto e me acomodo a sua frente.

— Eu tenho certeza que não demorei. Você que chegou cedo — brinco e faço um pedido ao garçom.

Ele se afasta e olho para ela.

— Eu sei como você é para horários, e eu estava aqui perto — responde.

Alguns instantes depois de jogar conversa fora, ela me mostra o material que tem para o marketing digital e apesar de achar um pouco exagerado, aprovo, pois segundo Lene, é isso que o público gosta de ver.

Nós jantamos num clima leva até que seu telefone toca, quando ela vê quem é, faz uma expressão de desgosto e não atende a ligação.

Franzo a testa.

— Algum problema?

Ela revira os olhos.

— Minha mãe, está desesperada — diz com tanta tranquilidade que fico curioso.

— Por sua expressão não deve ser nada grave, acredito.

Ela ri.

— Você acredita que ela descobriu que minha irmãzinha querida fugiu de casa depois de contar que estava grávida? — pergunta e cai na gargalhada. — Eu sabia que aquela sonsa iria aprontar a qualquer momento. Queria estar lá para olhar na cara deles.

Lene sempre fala sobre sua irmã com desprezo. Acredito que a moça deva ser muito mimada, mas fugir assim, e grávida é muita loucura.

— Ela deve estar com o pai do filho dela, logo vai aparecer — comento.

Lene me olha e cruza os braços.

— Isso se ela souber quem é o pai — responde, sacudindo a cabeça. — Eu acho que ela quer chamar atenção, mais uma vez.

— E por que sua mãe está ligando? Ela quer que você vá para casa? — questiono, pois às vezes seus pais querem ajuda para procurar a moça.

— Não, ela acha que minha irmã poderia me procurar, pois um amigo do meu pai disse que a viu entrar no ônibus para o Rio de Janeiro nesta madrugada — conta dando de ombros.

— E ela estava sozinha? Já tentaram ligar para ela?

— Ela não levou seu telefone e segundo o amigo do meu pai não reparou se ela estava sozinha, ele nem tem certeza se era ela realmente, deveria estar bêbado — revela com uma risada.

Engraçado como Lene parece estar adorando tudo isso. Ela não se preocupa se a irmã pode ou não estar bem. Tudo bem que elas não se dão, mas mesmo assim a garota é sua irmã.

Quando vou falar, sinto meu telefone tocar em meu bolso e pego para ver quem é. Atendo de uma vez por tratar-se de Alexander, afinal para estar ligando a essa hora deve ter alguma informação importante para mim.

Faço sinal para que Lene espere eu atender, ela sorri e acena.

— Fala, meu amigo — atendo.

— Venha agora mesmo para a Mansão Eros — ordena e parece nervoso.

Um Herdeiro para o MagnataOnde histórias criam vida. Descubra agora