Capítulo 11

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Chegamos à cobertura e mostro os principais cômodos para Emilly, ela olha tudo com simplicidade e sua amiga a acompanha. Entendo que com Natália aqui ela se sente mais a vontade, por isso fiz questão de convidá-la a nos acompanhar, para saber onde a amiga está hospedada.

Por último levo Emilly até a sua suíte que é bem próxima da minha, pois quero estar por perto caso ela necessite de alguma coisa. Seus olhos viajam pelo ambiente, então ela finalmente me encara com um sorriso singelo.

— É muito bonito e parece confortável. Eu agradeço — declara com a voz doce.

Com meus olhos presos aos seus eu também sorrio para ela.

— Fico feliz que tenha gostado, e não hesite em pedir nada caso precise — atesto, ela balança a cabeça e desvia o olhar. Aproveito e olho para o relógio. — Nós precisamos ir, está quase na hora da consulta.

Deixo sua sacola em cima da cama e conduzo as duas para fora do quarto. Pergunto se elas querem alguma coisa antes de irmos e as duas declinam. Então para não atrasarmos muito, caminhamos até o elevador e aproveito para orientar Natália, caso ela queira visitar a amiga, pois o prédio tem um sistema de segurança eficaz e seu nome deverá constar tanto na portaria como na cabine de controle com os vigias.

Percebo que Emilly parece assustada, e tento de alguma forma abrandar suas dúvidas, pois é certo que ela não está acostumada ao meu mundo, onde devemos nos proteger de todas as formas.

— Todos os prédios desta região possuem uma forte segurança, não que tenha acontecido nada, mas é uma forma de prevenção — informo, quando o elevador chega à garagem.

— Não estou muito acostumada com isso — confessa, com sua voz baixa.

Voltamos para o carro e depois de sua amiga entrar na parte de trás, a ajudo a subir na SUV, e mais uma vez sinto como se uma carga elétrica passasse por meu corpo quando a toco na cintura. Em seguida fecho a porta e respiro fundo. O telefone toca em meu bolso e penso em não atender, mas como pode ser importante, vejo quem é. Enquanto dou a volta no carro, resolvo falar com ela de uma vez, notei que havia ligado na noite passada, mas como estava com a cabeça cheia, optei por ignorá-la.

— Oi Lene — atendo, ainda do lado de fora do carro.

William, estava preocupada. Você sumiu depois daquele telefonema. Você está bem? — pergunta com preocupação.

Até me sinto culpado, pois ela é uma amiga prestativa, está sempre disposta a me ajudar. Por isso não vou esconder dela o que me acontece, porém não contarei por telefone.

— Estou bem, apenas aconteceu um imprevisto — falo olhando um ponto qualquer da garagem. — Tenho um compromisso agora, mais tarde te ligo para combinarmos de nos encontrar. Se estiver tudo bem pra você — completo.

Claro, fico aguardando sua chamada e se precisar de alguma coisa... sabe como me encontrar.

— Obrigado, Lene — despeço-me e desligo.

Entro no carro, e antes de dar partida olho para Emilly, sei que ela está nervosa. Sua vida está mudando drasticamente. A minha também está, mas com ela é diferente, logo se vê que Emilly é uma garota ingênua, não sei como ela foi parar numa das festas da Mansão Eros, não sei o que ela esperava e fico aflito só de imaginar o que lhe teria acontecido caso não fosse eu a encontrá-la naquela suíte. Será que ela teria aceitado passar a noite com outro estranho? Estaria ela disposta a se deitar com o primeiro que aparecesse ali?

Ligo o motor do carro e dou partida, não quero julgar suas ações, eu nem tenho moral para isso, no entanto me incomoda pensar que outro poderia tê-la engravidado.

Um Herdeiro para o MagnataOnde histórias criam vida. Descubra agora