Um Herdeiro para o Magnata

Capítulo 13

Se passaram dois dias desde que trouxe Emilly comigo, e não pensei que seria tão difícil conviver com uma mulher. Não que a Emilly, seja uma intrometida, ou chata, ao contrário, ela procura ficar o mais distante de mim, e isso está me deixando puto, pois a ruiva é tentadora demais e quero fodê-la de todas as formas.

No fundo, ela está fugindo de mim, pois sempre que nos esbarramos, ou ficamos no mesmo ambiente, reparo em seu olhar tão cheio de desejo e em seu corpo e gestos mandando sinais de que me quer tanto quanto eu a quero. Mas, por algum motivo, ela não deixa sua ânsia vir à tona.

Sendo honesto comigo mesmo, não posso negar que nenhuma outra mulher conseguiu mexer tanto assim com o minha libido. Até quando estou fora, na empresa, trabalhando em algum projeto, eu penso nela e no quanto ela consegue ser sexy, sem nenhum esforço.

Agora mesmo, enquanto devo aperfeiçoar o projeto de um motor, a fim de enviar para a montadora da Alemanha, estou me lembrando dela em seu primeiro dia na cobertura. No quanto se apresentava nervosa.

Foi divertido, na verdade, pois a maneira que me perguntou sobre eu ser casado e ter doze filhos, foi cômico. Emilly, em sua inocência, é divertida e muito explícita sobre o que se passa por sua cabeça.

A única questão que me preocupou muito foi quando ela contou sobre a maneira como foi criada, e agora eu sei que sua inocência vai além do sexo. Afinal Emilly não sabe nada sobre a vida e as pessoas, e isso é muito nocivo para ela, pois está mais predisposta a ser enganada. Inclusive, tenho quase certeza de que até seus pais se aproveitaram, e usaram o problema que ela teve quando nasceu, para manipular a vida da filha.

Eu, por mim, nunca mais permitiriam que seus pais a vissem, e muito menos chegassem perto do meu filho, pois ambos pretendiam que a própria filha abortasse. Porém, não posso exigir tal coisa da Emilly, embora ela diga que não quer ver os pais, acredito que em algum momento isso será necessário. Entretanto, agora, não vou deixar que eles a manipulem. Vou proteger a ruiva desses dois lunáticos.

Posso até está cometendo uma injustiça, afinal não os conheço, todavia essa história de que queriam proteger a filha, é na realidade uma maneira de controlá-la. Mas isso acabou a partir do momento que Emilly carrega meu filho, e faço isso não apenas pelo bebê, mesmo que ela não estivesse grávida, e por alguma razão voltássemos a nos encontrar, eu iria ajudá-la no que fosse necessário.

Tento voltar a me concentrar no projeto e parar de pensar no que a ruiva pode estar fazendo agora, tão sozinha naquela cobertura. Sinto-me mal, pois a única pessoa que ela tem intimidade nesta cidade é a sua amiga Natália, porém, a mesma está com o filho resfriado e precisa cuidar dele. E deixar minha ruiva assim, enquanto fico fora, está dando a sensação de que a estou abandonando. Nem sair ela pode, afinal de contas não conhece nada.

Por fim, desisto de tentar fazer alguma coisa, posso fazer isso em outra hora, ainda tenho tempo sobrando até a finalização do projeto. Então me levanto da cadeira, desligo o monitor de desenho e guardo.

Tranco a minha sala, aciono o alarme e passo pela recepção, onde minha assistente digita um documento, concentrada.

— Não retorno hoje, Larissa. Se alguém me procurar anota o recado, e se for urgente você me liga — aviso alcançando o elevador.

— Sim, senhor. — Escuto antes das portas se fecharem.

Possuo uma empresa de engenharia automotiva, e além de ter sociedade em uma montadora de carros aqui no país, ainda presto serviços para diversas montadoras automobilísticas do mundo. Eu executo projetos tecnológicos para veículos, assim como os motores. Lembro que desde criança era apaixonado por carros, e essa paixão me transformou de um menino sonhador a um dos melhores engenheiros automotivos do mundo. A ponto de eu poder escolher os projetos que quero que a minha empresa execute.