Ando na sala de um lado para o outro, estou ansiosa, pois minha irmã está nesse exato momento subindo de elevador, e com ela estão meus pais. Não pensei que eles fossem concordar em vir tão rápido, mas quando liguei para Elaine e disse que eu e William tivemos um desentendimento, e que precisava aproveitar a ausência dele para falar com eles, na mesma hora ela assegurou que viria com nossos pais.
Eu já sabia que eles voltaram a se hospedar em sua casa, assim foi fácil fazer com que estivessem presentes.
A campainha toca e respiro fundo, e como os funcionários foram dispensados mais cedo, eu mesmo atendo a porta. Assim que abro minha mãe vem para cima de mim me abraçando.
— Oh minha querida, o que aquele homem fez com você? — Preciso me controlar e não me enfurecer, ou de nada valerá essa reunião.
Olho por cima dos ombros da minha mãe e observo Elaine que nos olha com expressão de tédio. Enquanto meu pai me dá um sorriso amistoso.
— Ficamos bastante preocupados com você, minha filha — diz ele se aproximando e dando um aperto em meu ombro.
— O que aconteceu? Você não disse — questiona Elaine.
Eu me afasto do aperto da minha mãe, que parece não querer me largar.
— Vamos para a sala e eu conto.
Caminho sendo seguida por eles e depois que se sentam, eu faço o mesmo.
— É seguro falarmos aqui? Ele não pode chegar a qualquer momento? — pergunta papai.
Eu nego.
— Não, ele foi para São Paulo, retorna apenas amanhã — respondo e olho de um para o outro, então me fixo em minha mãe. — Quero saber sobre o advogado que a senhora contratou, ele me passou uma mensagem, eu não respondi ainda, porém William viu aquele e-mail e fez um monte de acusações.
— Sério? — Elaine pergunta e olho para ela que tem um brilho de vitória no olhar, embora tente esconder isso. — Como foi isso? Temo que ele faça alguma coisa contra você.
Balanço os ombros.
— Não sei por que ele fez isso, eu não pensei em falar com o advogado, cheguei a brigar com nossa mãe — conto.
Meu pai então se senta ao meu lado.
— Ele disse alguma coisa sobre sustentar essa criança? Porque ele é bem rico e o mínimo que pode fazer é te dar muito dinheiro — atesta papai, alisando meu cabelo. — Sua irmã deu a ideia do advogado e concordamos com ela, afinal esse homem é um pervertido e já que ele a usou e ainda a engravidou deve pagar. Sem contar que ele se aproveitou da sua saúde frágil, minha filha.
Olho para ele sem acreditar que seja tão ambicioso.
— Minha filha, nós pensamos em tudo. Também sabemos que não gosta do doutor Horácio, mas ele é um bom médico e não iria se enganar em seu diagnóstico, e ele está disposto a nos fornecer um laudo para usar contra esse homem — diz e sorri com tristeza, então olha para Elaine. — Sua irmã nos orientou, ela está do seu lado. Vocês podem ter suas diferenças, mas nessas horas o sangue fala mais forte.
Não consigo nem expressar meus sentimentos, mas eu preciso ouvir da boca de Elaine o que quero ouvir, então olho para ela.
— Eu sempre te admirei Elaine, mas você parecia não gostar de mim, fico feliz em saber que me apoia. E eu preciso saber de você, minha irmã. Dependendo do que você falar, vou embora desta cobertura com vocês, e sigo direto para o advogado que nos indicou — declaro de maneira automática.
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Um Herdeiro para o Magnata
RomanceWilliam Romanov é um magnata da engenharia automotiva. Um milionário aventureiro que adora sexo. Mas as festas da Mansão Eros já não despertam tanto o seu interesse, até que um dia, numa dessa festas ele se depara com uma ruiva misteriosa e tem com...