Luís

- Sim Soraia, mas não foi por mal. Nenhum de nós queria que aquilo acontecesse.
- Não foi por mal? Estás a gozar comigo? - levanta-se.
- A serio que não foi.
- Querias o quê? Pagar-me na mesma moeda? Querias aproximar te de mim para me fazer o que eu te fiz quando éramos umas crianças e não sabíamos nada ?
- A minha intenção nunca foi essa. A serio que não.
- Sabes que mais? Mereceste ser enganado da maneira que nós te enganámos.
- Nós?
- Sim Luis, eu e toda a minha família. Eu não perdi o bebé quando fui atropelada, eu já não tinha bebé. Eu fiz um aborto porque não queria ter mais nada haver contigo.
Fiquei sem reação.
- Como é que foste capaz Soraia? Vocês não valem nada, não merecem nada. São uns nojentos.
Agarrei nas minhas coisas e fui me embora. Liguei ao Sérgio e ele como estava na casa da avó também no Porto veio logo ter comigo e trouxe o carro até casa.
O Sérgio levou me a casa e ajudou me a contar ao meu irmão tudo o que se tinha passado. O meu irmão limitou-se a abraçar-me. Mas eu não o queria a ele, eu queria a Joana e a minha cabeça só pensava que era que eu queria a consolar-me.
Era pouco antes das 2h da manhã quando peguei no carro e fui direto a casa dela. Toquei á campainha.

Pouca sorte ou.. pouco amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora